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Blog do Girotto: Sem candidatos improváveis, Paulinho Freire empata com Natália Bonavides
A pesquisa Brâmane/Blog do BG divulgou também os números de um cenário mais realista, sem as improváveis candidaturas de General Girão (PL), Rafael Motta (PSB) e Joana Guerra.
Neste cenário, aparecem apenas os três candidatos que realmente deverão constar na urna do eleitor, dia 6 de outubro: Carlos Eduardo (PSD), Natália Bonavides (PT) e Paulinho Freire (UB).
Os números abaixo comprovam o que este blog tem afirmado, que a incapacidade de a centro-esquerda natalense promover um diálogo adulto poderá representar a derrota do campo na capital potiguar.
Carlos Eduardo: 39%
Natália Bonavides: 17,3%
Paulinho Freire: 17,3%Paulinho Freire, que apenas há poucas semanas lançou sua pré-candidatura, já aparece com a mesma intenção de votos da petista Natália Bonavides.
Enquanto a esquerda brinca de ver quem tem o nariz maior, a direita se articula em torno de seu projeto de dirigir Natal pelos próximos 4 anos.
A pesquisa foi realizada pelo Instituto Brâmane em parceria com o Blog do BG. Foram entrevistados 800 pessoas com 16 anos ou mais, em todas as zonas da cidade de Natal, entre os dias 29 de fevereiro e 1º de março de 2024. A margem de erro é de 3,4 pontos percentuais para mais ou para menos, com nível de confiança de 95%.
A pesquisa foi registrada no TSE com o código RN-09709/2024.
Para saber mais sobre as eleições 2024, clique aqui.
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Blog do Girotto: Ação popular pede anulação da venda da refinaria Clara Camarão
Um ação popular na Justiça Federal do Rio de Janeiro pede a imediata anulação do processo que resultou na venda da refinaria Clara Camarão e de 20 campos de produção terrestres e de águas rasas para a 3R Petroleum.
À frente do processo, está o escritório Advocacia Garcez, o mesmo que entrou na justiça contra a venda da Petrosix no Paraná.
A venda do Polo Potiguar da Petrobras para a 3R Petroleum foi denunciada em uma série de reportagens produzida em parceria pelo Agora RN com o Blog do Girotto. Confira as denúncias nos links abaixo:
“Ilegal e imoral”: os fatos sobre a venda do Polo Macau da Petrobras à 3R Petroleum
3R alega ter direito sobre lucros de um ano das operações da Petrobras no Polo Potiguar
Para ler mais notícias do RN, clique aqui.
Fonte: Blog do Girotto
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Blog do Girotto: Falta um adulto na mesa da centro-esquerda natalense
Em 2022, a centro-esquerda potiguar se dividiu na eleição para o Senado e para deputado federal. O resultado foi o PL, principal partido de oposição a Lula, elegendo 1 senador e 4 federais.
Em 2024, a centro-esquerda natalense repete os erros de sempre, priorizando a política pequena (recheada de intrigas e rancores) em detrimento da unidade que a tornaria competitiva). O resultado disso poderá ser o mesmo de 2022.
Veja 3 momentos que provam que falta aos líderes da centro-esquerda natalense a maturidade que a direita vem mostrando.
Abandono a Carlos Eduardo
O primeiro passo da tragédia anunciada da centro-esquerda natalense em 2024 foi dado já nas últimas eleições.
Com a reeleição bem encaminhada, Fátima Bezerra decidiu dar o xeque-mate antes mesmo da abertura das urnas. Trouxe Carlos Eduardo para sua chapa como candidato ao Senado.
Escanteou Jean Paul, que segunda as pesquisas internas venceria a eleição com o apoio de Lula.
Não buscou em momento algum o apoio de Rafael Motta para Carlos Eduardo. Julgou que Rafael estava blefando e o ignorou.
Na campanha, mesmo sem adversário, Fátima preferiu o caminho mais fácil para a reeleição no 1º turno: ignorou seu candidato a senador, Carlos Eduardo, e fez campanha com os prefeitos que apoiaram Rogério Marinho. O resultado foi previsível: Fátima reeleita no 1º turno e Rogério eleito senador.
Logo após a eleição, o PT abandona Carlos, lança Natália para a prefeitura de Natal e força o então aliado a buscar outros caminhos.
A imaturidade de Natália
2023 começou marcado pelo rompimento público entre o prefeito de Natal, Álvaro Dias, e o senador eleito Rogério Marinho. O partido de Álvaro, Republicanos, faz parte da base do governo Lula. E Álvaro buscou aproximação com o PT para viabilizar as obras que deseja concluir em sua gestão.
Diante da sinalização pública de Álvaro de que poderia apoiar um candidato do PT para a sua sucessão, a resposta veio de forma infantil pela voz de Natália Bonavides e de seu vereador, Daniel Valença. Um deselegante “tranca” em Álvaro.
As declarações de Natália irritaram até mesmo alguns dos mais importantes dirigentes do petismo no RN. E afastou de vez as chances de unir a base do governo Lula em 2024, na capital.
As picuinhas entre os vereadores petistas e Rafael Motta
No último dia 5, o ex-deputado federal Rafael Motta deu entrevista ao Estadão. “Apesar da Natália ter uma intenção de voto maior, ela meio que chegou em um teto. E o problema é que ela tem muita rejeição. Em um provável segundo turno, é arriscado haver uma derrota, dependendo do adversário”, disse Rafael.
A declaração se deu no momento em que ele encerrou sua passagem relâmpago pela gestão de Álvaro Dias e se lançou pré-candidato à Prefeitura de Natal. Foi a quarta pré-candidatura na base aliada de Lula: Natália Bonavides (PT), Carlos Eduardo (PSD), Joana Guerra (REP) e o próprio Rafael.
As suposições eram de que a declaração sobre a rejeição de Natália e a saída da gestão de Álvaro fariam parte de um movimento de unir dois partidos da base de Lula em Natal, o PSB e o PSD de Carlos Eduardo e Zenaide.
Mas este blog confirmou com segurança junto a interlocutores do PSD que não houve qualquer diálogo nesse sentido. Tudo parece ter sido mais um movimento típico da centro-esquerda potiguar.
Para alegria dos blogueiros, o caso não ficou por isso.
Na tarde de ontem, em suas redes sociais, a vereadora petista Brisa Bracchi deu o troco em Rafael. “Quem chega diminuindo a adversária com críticas rasas é porque ainda está procurando seu lugar”, disse Brisa, que complementou: “É conveniente que Rafael Motta tenha saído da péssima gestão de Álvaro Dias e diga que Natália tem rejeição”.
O vereador de Natália, Daniel Valença, também deu sua resposta: “A companheira Natália Bonavides estará no segundo turno das eleições deste ano. E isso não depende do desejo de Rafael Motta”.
Resultado: portas fechadas para o o diálogo entre PT, PSB e Republicanos.
Resumo da novela
Enquanto a centro-direita avança na unidade em torno de Paulinho Freire (UB – também este da base de Lula), a centro-esquerda se esfarela, atolada em projetos pessoais, vaidades e rancores.
Falta um líder, falta um adulto na mesa.
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Petistas estudam abandonar Natália e apoiar Carlos Eduardo já no 1º turno
por Girotto
No próximo dia 15 de março, o PT do RN aguarda a visita de sua presidente nacional, Gleisi Hoffmann, para um evento de pré-lançamento da deputada federal Natália Bonavides à prefeitura de Natal. Contudo, o ambiente dentro da legenda é de mais incertezas que convicção.
O blog tem ouvido de petistas que após o carnaval, com uma definição mais clara dos contornos da disputa municipal, chegou a hora de rediscutir a candidatura de Natália.
Os defensores da mudança de posição no partido enxergam uma chance real de eleger Carlos Eduardo (PSD) já no 1º turno, caso os petistas embarquem desde já em sua campanha. Isso, segundo eles, evitaria o “vexame” de o PT ficar fora do 2º turno na eleição de outubro.
As movimentações pela desistência de lançar Natália envolvem ainda outros contornos, os quais analisaremos em novos artigos nesta semana.
por Angelo Girotto
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A pequenez do MDB de Walter Alves
Vice das estradas esburacadas impede candidatura do bacurau Leandro Varela em Canguaretama.
O cenário político de Canguaretama é marcado por reviravoltas e traições. Inclusive com o MDB vetando a candidatura do vereador Leandro Varela à prefeitura. Esta decisão é ainda mais intrigante devido ao compromisso inicial do presidente estadual da sigla, o vice-governador Walter Alves, que não honrou sua palavra e agora tenta impedir a candidatura de um bacurau.
Leandro obteve destaque na política local como principal líder da oposição, mas agora se vê confrontado com traições políticas que culminaram na decisão do MDB de não apoiar sua candidatura.
“A traição não foi comigo, mas com o povo. Os poderosos querem eleição com candidato único, sem debate de ideias e direito de escolha. Este simples professor tem incomodado. Mas o povo quer se libertar e está conosco. Nossa luta é pelo direito de representar aqueles que confiam no nosso trabalho, não aguentam mais o atraso que toma conta de Canguaretama há 30 anos e querem um prefeito de origem popular”, declarou.
Em live marcante na última sexta-feira (19), o pré-candidato “abriu o verbo”. Diante de uma audiência engajada, com mais de mil espectadores simultâneos, Varela não hesitou em expor os bastidores de todo esse imbróglio. Ao abordar o futuro eleitoral do município, ele assegurou que a oposição estará forte nas eleições de 2024, independentemente dos desafios.
A grande novidade foi a apresentação de seu filho, Luiz Fernando (SD), como um “plano B” para a disputa eleitoral, caso as circunstâncias legais impeçam sua candidatura.
“Luiz é sangue do meu sangue, também filho da terra e representa uma nova geração comprometida com o bem-estar de nossa cidade. Estamos preparados para qualquer cenário”, afirmou Varela.
Partido nanico
Nem mais a sombra das folhas de bananeira carregadas pelos bacuraus em tempo nem tão distantes. Como ocorre com certas empresas familiares, o MDB potiguar foi infeliz na sucessão. “Waltinho” é um vice-governador apagado que pouco ou nada opina sobre os grandes temas da política potiguar – e nisso tem muita companhia.
Em todo o estado, a direção medebista age para remover o partido do caminho, abrindo espaço para os planos da patroa, Fátima Bezerra. O outrora gigante MDB de Aluízio Alves hoje é o Emedebinho do Waltinho.
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Pesquisas mostram que Revolta da Engorda não alterou a preferência dos eleitores
Enquanto Paulinho vestiu a camisa do projeto da engorda da praia de Ponta Negra, Natália contra-atacou denunciando as “cenas horríveis” da manifestação. Carlos e Rafael ficaram “só na entoca” observando. Eleitorado – ao que parece – não reagiu ao drama do mundo político.
Foram publicadas duas pesquisas após a Revolta da Engorda, quando o prefeito de Natal Álvaro Dias liderou um protesto no Idema pela liberação do início das obras na praia de Ponta Negra. Ambas mantêm o que se tem verificado nas sondagens anteriores: uma divisão entre os institutos sobre a tendência (ou não) para que haja um 2º turno na capital.
A pesquisa marca, divulgada pelo Diário do Poder na segunda-feira (15) deu Carlos Eduardo com 38,41%, Paulinho Freire com 14,88%, Natália Bonavides com 13,66% e Rafael Motta com 6,1%. Somados, os três candidatos que aparecem na sequência do primeiro colocado têm 34,64% das intenções de voto. A distância entre eles e Carlos é de 3,77%. Se não considerarmos a margem de erro, a eleição seria definida já no 1º turno; já considerando a margem de erro da pesquisa, que é de 3,5% para mais ou para menos, existiria a possibilidade de 2º turno em Natal.
Divulgada no dia seguinte (16) pelo Blog do BG, a pesquisa Seta apresentou o seguinte resultado: Carlos Eduardo, 35,6%; Paulinho Freire, 20%; Natália Bonavides, 15,3%; Rafael Motta, 1,8%; demais nomes, 2,5%. Por estes números, excetuando o líder, todos os candidatos somam 39,6% – o que aponta para a necessidade de realização do 2º. Contudo, considerando a margem de erro de 2,5%, o resultado se torna novamente incerto.
A referida pesquisa Marca foi a primeira do instituto para Natal, portanto não há como avaliar a evolução dos candidatos. Já na pesquisa Seta, vemos que todos os candidatos tiveram pouca oscilação dentro da margem de erro.
Dito isso, ou a Revolta da Engorda – e toda a agitação que ela causou no meio político – não mereceu atenção do eleitorado mais amplo ou as pesquisas ainda não puderam captar o movimento da opinião pública. E há sempre uma terceira possibilidade: tiro de lá e canhão de cá, no fim das contas a Revolta da Engorda até pode ter chegado à preocupação dos eleitores, mas cada qual preferiu se manter onde já estava e se sentia seguro.
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Natália dá aula de como se faz uma boa guerrilha digital
A cada eleição que passa, mais os candidatos se dedicam às suas redes sociais, em busca de conquistar um público ao qual costumamos atribuir o voto de opinião, espécime resistente, muitas vezes sobrevivendo aos riscos de extinção.
Na verdade, a impressão que se tem é que – aparte o terrorismo midiático dos que propalam a crise da democracia, ameaçada por inimigos de todos os lados – o voto de opinião nunca esteve tão em voga.Ocorre que também nunca antes na história deste país se teve tanta opinião sobre tanta coisa. Temos batido, em nossos editoriais, na tecla dos danos que a polarização lulo-bolsonarista causa ao país. Mas há no cenário político contemporâneo ao menos uma novidade que me parece saudável: há mais pessoas debatendo política, ainda que estejam em processo de civilização.
Deve ser melhor que se debata mal em vez de que se cale. Mas as vozes ecoadas dos sentimentos populares incomodam àqueles que creem que a opinião é privilégio dos iluminados. E curiosamente, os mais elitistas dentre os elitistas vêm da esquerda.
Mas, entrando enfim no tópico da guerrilha digital, podemos reparar que Natal será um grande laboratório de estudo para quem se interessar pelo tema. O caso recente da Revolta da Engorda, com a ocupação do terreno do Idema por centenas de pessoas, deu uma pista do que está por vir.
No jogo pela atenção fugaz do eleitor e pela manipulação de suas emoções vale tudo. E restam poucos ingênuos em campo.
Vejamos o discurso da deputada federal Natália Bonavides, na sequência da ocupação do Idema. “Oi, pessoal. Hoje aconteceram cenas terríveis…” Terríveis, diz ela, quase marejada de tanto horror. Para uma militante da esquerda identitária, acostuma à ocupação de prédios públicos, trancamentos de vias e queima de pneus – sem falar em eventuais confrontos diretos com a polícia – não cai bem, né? Oras, cai sim.
O discurso consternado de petistas, até o momento, venceu a queda de braço na opinião público sobre a quem deve caber o papel de mocinho no roteiro. E ganha aquele de fixar primeiro a pecha de vilão no concorrente.
A guerra das milícias digitais veio pra ficar. E acho anacrônico acusá-la de antidemocrática, pois ela é hoje o meio pelo qual se exerce o que quer que a democracia seja.
Mais adiante, em seu vídeo no Instagram, Natália confessa seus temores “a gente não quer que aconteça aqui em Natal o que aconteceu, por exemplo, em balneário de Camboriú, que apareceu tubarão por causa da obra da engorda, pelo amor de Deus”.
Se nos parece tolo, é porque tolos somos nós. O medo é um dos sentimentos mais fortes que conhecemos, e na hora do engajamento político ele é um estimulante natural.
Lula venceu em 2022 com o discurso de “a esperança vai vencer o medo”. Mas logo aprendeu que o medo é mais forte que qualquer esperança e também é mais duradouro.
A campanha de 2022 foi a campanha do medo. Medo do comunismo de esquerda, do fascismo de direita, do genocídio etc e tal.
Natália sabe que suas hostes estão sempre carentes de motivação. E ela fornece a motivação que lhe exigem. Se nesta semana o estímulo vem do medo, na próxima poderá vir da coragem. Vejam o perfil da deputada em seu site oficial. Lá ela se orgulha de ter participado da Revolta do Busão e da “a histórica ocupação da Câmara Municipal do Natal realizada em 2011” no Fora Micarla.
Perto das ações da Revolta do Busão – da qual participei e não me arrependo – e da ocupação da Câmara de Natal – da qual não participei, mas Natália sim – o sacolejo de portão que vimos na Revolta da Engorda foi o equivalente a um chá de revelação de sexo, em matéria de emoção.
Você pode se perguntar como os apoiadores de Natália não percebem tais contradições, assim tão óbvias. “Cenas horríveis…” eles ouvem. Eles já têm seu lado. Tudo de que necessitam é de um motivo para entoar o hino do time. E isso sequer é privilégio da esquerda.
No vídeo, Natália cita com respeito o “companheiro Mineiro”, o mesmo deu uma voadora no blogueiro que o incomodava. Isso enquanto lamentava as “cenas horríveis” dos sacolejadores de portão.
“Desde de 2012, quando Paulinho Freire era o vice de Micarla”, ela cita de passagem. Ou capricha nas orações subordinadas: “essa elite política, que tem sempre ideias tão parecidas, e que está há vários anos à frente da prefeitura de Natal”. Até a redução da jornada de trabalho (bandeira da CUT) ela critica.
Acontece que Natália entende a linguagem digital. Ela sabe que precisa tocar uma bela canção, e toca.
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Por oportunismo eleitoreiro, Natália nega o próprio passado
“Oi, pessoal. Hoje aconteceram cenas terríveis…” Assim começa o vídeo que a deputada federal Natália Bonavides, pré-candidata do PT, postou em seu Instagram na tarde ontem, a pretexto do protesto do movimento “SOS Morro do Careca”, que ocupou a sede do Idema, em Natal, pedindo a liberação das obras da engorda de Ponta Negra.
As “cenas terríveis” são estas na sequência abaixo.
O que vemos nas imagens são centenas de pessoas ocupando os vastos terrenos do Idema para protestar democraticamente contra uma medida (ou a omissão da medida) proveniente do poder público.
“Cenas terríveis”, disse Natália. A deputada até hoje não comentou, para dizer se é terrível ou não, a manchete estampada na capa da edição de 9 de maio de O Potengi, que exibimos abaixo.
Mas Natália foi rápida em se dizer chocada com as “cenas terríveis” de ontem, no Idema.
No site oficial da petista (aqui, e a divulgação é grátis), Natália se orgulha de ter participado dos “movimentos Revolta do Busão e Fora Micarla, onde teve atuação destacada como militante e como estudante de Direito” e reforça o entusiasmo com os protestos estudantis daquele ano os descrevendo como “a histórica ocupação da Câmara Municipal do Natal realizada em 2011”.
Pessoalmente, não creio que os manifestantes de 2011 fossem terroristas. Eu mesmo participei de diversos atos naquele período. E como não subestimo a inteligência de meus leitores, deixarei a seu encargo a conclusão deste artigo, apenas resgatando algumas imagens da revolta do busão e da “histórica ocupação da Câmara Municipal do Natal realizada em 2011”.
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Álvaro tem razão: 2º turno será entre Paulinho e Natália
Vantagem de 15,6% sobre o 2º colocado dá a impressão de uma campanha fácil para Carlos Eduardo (PSD), mas Paulinho Freire (União) e Natália Bonavides (PT) têm a seu favor a tendência de uma disputa intensa até 6 de outubro
Faltando treze semanas para o 1º turno das eleições municipais, a pré-campanha na capital potiguar parece apática. Mas sob a aparência modorrenta, prepara-se uma das disputas mais acirradas pela prefeitura de Natal desde 2004, quando Carlos Eduardo e Micarla de Sousa derrotaram Luiz Almir no 2ª turno por apenas 14 mil votos.
Como aferido pela pesquisa O Potengi / Ranking de 30 de junho, o líder está a cerca de 5% de alcançar a vitória no 1º turno, mas sua jornada não será fácil.
Desconsiderando os votos da Zona Norte, a vantagem de Carlos Eduardo para o segundo colocado na pesquisa, o deputado federal Paulinho Freire, despenca de 15% para 8%. A concentração dos votos em Carlos na Zona Norte é tal que para cada dois votos nesta região ele tem apenas um nas demais três zonas da cidade.
O efeito das chuvas
As fortes chuvas que antecederam o inverno no RN levaram ao transbordamento de quatro lagoas de captação em Natal, três delas na Zona Norte (Santarém, Panatis e Jardim Primavera) A excessão foi a lagoa São Conrado, em Nazaré.
Não à toa, é também na margem setentrional do rio Potengi que se concentra a desaprovação ao prefeito Álvaro Dias. Caso o prefeito queira melhorar seus índices, uma boa pedida é reforçar a atenção dada às obras de ampliação da capacidade de drenagem das lagoas, que já estão em curso.
Carlos no caminho do Brasil contemporâneo
O Brasil viveu importantes mudanças no comportamento dos eleitores a partir dos protestos de junho de 2013. Já no ano seguinte, a onda conservadora que ali nasceu quase elege Aécio Neves e derrota Dilma Rousseff (arrisco dizer que, se o 2º turno de 2014 ocorresse uma semana antes ou depois, Aécio sairia vitorioso).
Da derrota da direita em 2014, e da incapacidade desta em canalizar a crescente revolta popular, emergiu o bolsonarismo. Por seu lado, o lulismo – que é ancorado nos votos dos grotões e nos segmentos de menor renda e escolaridade – avançou em sua rendição ao discurso identitário que (tal qual o bolsonarismo) faz dos costumes sua pauta central.
Natal enfrenta há décadas graves problemas que ainda carecem de solução, e isso certamente estará na mente dos eleitores em outubro. Contudo, a força da polarização ideológica também se fará sentir, e com força.
Durante toda a campanha, à direita de Carlos estará Paulinho Freire, que busca atrair o bolsonarismo e reforçar sua liderança nos setores mais moderados da direita e do centro. À sua esquerda, Natália e sua militância, que hegemonizam a esquerda identitária da capital, um segmento que tem grande influência no debate público, sobretudo a partir das redes sociais.
À medida que a campanha ganhe corpo, esses dois campos (que praticamente dividem hoje o país ao meio) só terão um mercado a explorar, o centro, onde Carlos tenta se equilibrar e resistir.
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