O futebol virou refém das torcidas organizadas


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Torcida organizada ou torcida uniformizada, é a associação de torcedores de um determinado clube esportivo no Brasil. Elas formam associações buscando a melhor maneira de apoiar o time.

A Gaviões da Fiel, do Corinthians, é a torcida organizada mais antiga, haja vista que foi fundada no dia 1° de julho de 1969. A partir de então, o movimento se espalhou pelo país, e quase todos os clubes possuem, pelo menos, uma torcida organizada.

Além de torcer, as torcidas organizadas passaram a participar da vida política de seus clubes, fiscalizando e pressionando as decisões dos dirigentes. Elas não se dedicam apenas ao futebol, pois adentraram no mundo da política. No estado de São Paulo, as torcidas organizadas também participam do carnaval.

Como uma maneira de preservação e proteção durante as viagens para outros estados, a torcidas organizadas formaram uma rede de parceiros com torcidas de diferentes clubes. Essa rede deixou os deslocamentos ainda mais perigosos, haja vista que os confrontos passaram a envolver torcidas que não estão envolvidas diretamente nas partidas de futebol a serem disputadas.

O Observatório Social do Futebol, projeto de pesquisa do Laboratório de Estudos em Mídia e Esporte (LEME), da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), fez um “Mapa das Alianças entre Torcidas Organizadas”. Foi traçado um inédito panorama das cinco maiores alianças do Brasil (além de Dedo Pro Alto e Punho Cruzado, Punho Colado, Lado A e Lado B), totalizando 52 torcidas organizadas.

União Dedo para o Alto

Mancha Verde (Palmeiras)

Força Verde (Vasco)

Torcida Jovem (Botafogo)

Mancha Azul (Avaí)

Mancha Verde (Juventude)

Império Alviverde (Coritiba)

Torcida Jovem (Grêmio)

Geral do Grêmio

Galoucura (Atlético Mineiro)

Torcida Bamor (Bahia)

Torcida Trovão Azul (Confiança)

Torcida Mancha Negra (ASA)

Mancha Azul (CSA)

Inferno Coral (Santa Cruz)

Torcida Jovem do Botafogo (Botafogo-PB)

Torcida Ira Jovem (Vasco)

Torcida Cearamor (Ceará)

Tubarões da Fiel (Sampaio Corrêa)

Terror Bicolor (Paysandu)

Ira Jovem (Gama)

Torcida Esporão do Galo (Atlético Mineiro)

Força Jovem Goiás

Lado A

Inferno Coral (Santa Cruz)

Mancha Azul (CSA)

Torcida Trovão Azul (Remo)

Torcida Jovem do Galo (Atlético Mineiro)

Fúria Jovem Baraúnas (Baraúnas-RN)

Leões da TUF (Fortaleza)

Torcida Máfia Vermelha (América-RN)

Lado B

Terror Tricolor (Bahia)

Terror Bicolor (Paysandu)

Torcida Garra Alvinegra (ABC)

Torcida Cearamor (Ceará)

Torcida Esporão do Galo (Atlético Mineiro)

Comando Alvinegro (Ceará)

Torcida Jovem do Botafogo (Botafogo-PB)

Tubarões da Fiel (Sampaio Corrêa)

Torcida Jovem Crato (Crato Esporte Clube-CE)

Torcida Jovem Fanáutico (Náutico)

Comando Alvi-Rubro (CRB)

Fúria Icasiana (Icasa-CE)

Torcida Império Vermelho (Potiguar-RN)

União Punho Cruzado

Torcida Jovem Fla (Flamengo)

Torcida Independente Tricolor (São Paulo)

Camisa 12 (Internacional)

Mafia Azul (Cruzeiro)

Dragões Atleticanos (Atlético Goianiense)

Torcida Guerrilha Jovem (Criciúma)

Pavilhão Jovem (Vitória)

Pavilhão Independente (Cruzeiro)

Torcida Jovem do Leão (Sport)

Torcida Uniformizada Piratas Azulinos (Remo)

Torcida Facção Jovem (Campinense-PB)

União Punho Colado

Torcida Fúria Independente (Guarani)

Torcida Pavilhão 6 (Remo)

Young Flu (Fluminense)

Fúria Independente (Paraná)

Falange Tricolor (Fluminense)

Raça Tricolor (Paulista de Jundiaí)

Torcida Máfia Vermelha (América-RN)

Fúria Marcilista (Marcílio Dias)

No início de novembro, o Observatório Social do Futebol, apresentou o Relatório Violências no Futebol Brasileiro reuniu dados de casos de violência noticiados pela imprensa ao longo de 2023. E o estudo confirmou esta tendência que já se observa no dia a dia do futebol brasileiro: a violência está cada vez mais longe dos estádios.

O relatório mapeou 138 casos de violência registrados em 2023 no futebol brasileiro. Desses 138 casos, 33% aconteceram a mais de 5 quilômetros dos estádios de futebol. Além disso, outros 37% foram no entorno do estádio. Apenas 22% dos casos aconteceram dentro da praça esportiva.

O Relatório sugere, entre outras recomendações, que os órgãos de segurança avaliem as alianças existentes entre torcidas organizadas.

80% dos casos de violência aconteceram antes ou após a realização da partida dos atores envolvidos nas ocorrências. Apenas 17% dos casos foi durante o jogo.

Por si só, os nomes das torcidas organizadas incitam a violência. No caso de Natal, as mais famosas são Máfia Vermelha e Gang Alvinegra. Quando integrantes dessas duas torcidas se encontram é confusão na certa. Alguns desses encontros são marcados por meio das redes sociais.

Enquanto o torcedor comum precisa adquirir seu ingresso para ter acesso aos jogos de seu clube, alguns dirigentes dos clubes distribuem ingressos para as torcidas organizadas, bancam viagens e até patrocinam festas das torcidas em questão.

Os dirigentes se tornaram reféns das torcidas organizadas dos seus clubes, pois existe o receio de serem vítimas da violência desse tipo de torcedor e de terem o seu patrimônio depredado por marginais que estão infiltrados nas torcidas organizadas.

Existe gente do bem envolvida nas torcidas organizadas, sendo que alguns acabam inocentemente se tornando vítima de alguma tragédia.

Em todo o país, são recorrentes os relatos de violência no futebol, seja em campo ou fora dele envolvendo membros de torcidas organizada, e isso está servindo para afastar as famílias dos estádios brasileiros.

De 1988 a 2023, de acordo com levantamento feito pelo jornalista especializado no assunto, Rodrigo Vessoni, pelo menos 384 pessoas morreram em confrontos envolvendo torcidas de futebol.

Segundo pesquisa realizada em 2023, pela CNN/Itatiaia/Quaest, a falta de segurança é o que mais afasta o torcedor dos estádios. 26% dos entrevistados consideram a violência como o principal motivo de afastamento dos estádios. Foram 6.507 entrevistas em 325 Para melhor controle desses casos de violência longe dos estádios, o Relatório sugere, entre outras recomendações, que os órgãos de segurança avaliem as alianças existentes entre torcidas organizadas, que também foram mapeadas pelo Observatório Social do Futebol.cidades brasileiras.

O segundo motivo mais apontado por eles foi a comodidade de ficar em casa ou ir ao bar (19%) e o valor dos ingressos ficou em terceiro com 14%.

A relação entre futebol e violência é uma problemática que se arrasta há anos e tornou-se como um verdadeiro desafio para os membros da segurança pública e do poder judiciário.

No último sábado (25), dia do clássico entre ABC e América, a sede social do América teve seus vidros da fachada quebrados após uma pessoa jogar um objeto contra o prédio, que aparentemente era uma bomba. O CT do Alvirrubro também foi vítima da ação de vândalos, assim como o Frasqueirão, estádio do ABC.

Enquanto não houver uma punição severa para quem pratica tais atos, nada mudará e as autoridades vão gastar muito dinheiro com os cafezinhos que são servidos nas reuniões que discutem o assunto.





O futebol virou refém das torcidas organizadas

Torcida organizada ou torcida uniformizada, é a associação de torcedores de um determinado clube esportivo no Brasil. Elas formam associações buscando a melhor maneira de apoiar o time.

A Gaviões da Fiel, do Corinthians, é a torcida organizada mais antiga, haja vista que foi fundada no dia 1° de julho de 1969. A partir de então, o movimento se espalhou pelo país, e quase todos os clubes possuem, pelo menos, uma torcida organizada.

Além de torcer, as torcidas organizadas passaram a participar da vida política de seus clubes, fiscalizando e pressionando as decisões dos dirigentes. Elas não se dedicam apenas ao futebol, pois adentraram no mundo da política. No estado de São Paulo, as torcidas organizadas também participam do carnaval.

Como uma maneira de preservação e proteção durante as viagens para outros estados, a torcidas organizadas formaram uma rede de parceiros com torcidas de diferentes clubes. Essa rede deixou os deslocamentos ainda mais perigosos, haja vista que os confrontos passaram a envolver torcidas que não estão envolvidas diretamente nas partidas de futebol a serem disputadas.

O Observatório Social do Futebol, projeto de pesquisa do Laboratório de Estudos em Mídia e Esporte (LEME), da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), fez um “Mapa das Alianças entre Torcidas Organizadas”. Foi traçado um inédito panorama das cinco maiores alianças do Brasil (além de Dedo Pro Alto e Punho Cruzado, Punho Colado, Lado A e Lado B), totalizando 52 torcidas organizadas.

União Dedo para o Alto

Mancha Verde (Palmeiras)

Força Verde (Vasco)

Torcida Jovem (Botafogo)

Mancha Azul (Avaí)

Mancha Verde (Juventude)

Império Alviverde (Coritiba)

Torcida Jovem (Grêmio)

Geral do Grêmio

Galoucura (Atlético Mineiro)

Torcida Bamor (Bahia)

Torcida Trovão Azul (Confiança)

Torcida Mancha Negra (ASA)

Mancha Azul (CSA)

Inferno Coral (Santa Cruz)

Torcida Jovem do Botafogo (Botafogo-PB)

Torcida Ira Jovem (Vasco)

Torcida Cearamor (Ceará)

Tubarões da Fiel (Sampaio Corrêa)

Terror Bicolor (Paysandu)

Ira Jovem (Gama)

Torcida Esporão do Galo (Atlético Mineiro)

Força Jovem Goiás

Lado A

Inferno Coral (Santa Cruz)

Mancha Azul (CSA)

Torcida Trovão Azul (Remo)

Torcida Jovem do Galo (Atlético Mineiro)

Fúria Jovem Baraúnas (Baraúnas-RN)

Leões da TUF (Fortaleza)

Torcida Máfia Vermelha (América-RN)

Lado B

Terror Tricolor (Bahia)

Terror Bicolor (Paysandu)

Torcida Garra Alvinegra (ABC)

Torcida Cearamor (Ceará)

Torcida Esporão do Galo (Atlético Mineiro)

Comando Alvinegro (Ceará)

Torcida Jovem do Botafogo (Botafogo-PB)

Tubarões da Fiel (Sampaio Corrêa)

Torcida Jovem Crato (Crato Esporte Clube-CE)

Torcida Jovem Fanáutico (Náutico)

Comando Alvi-Rubro (CRB)

Fúria Icasiana (Icasa-CE)

Torcida Império Vermelho (Potiguar-RN)

União Punho Cruzado

Torcida Jovem Fla (Flamengo)

Torcida Independente Tricolor (São Paulo)

Camisa 12 (Internacional)

Mafia Azul (Cruzeiro)

Dragões Atleticanos (Atlético Goianiense)

Torcida Guerrilha Jovem (Criciúma)

Pavilhão Jovem (Vitória)

Pavilhão Independente (Cruzeiro)

Torcida Jovem do Leão (Sport)

Torcida Uniformizada Piratas Azulinos (Remo)

Torcida Facção Jovem (Campinense-PB)

União Punho Colado

Torcida Fúria Independente (Guarani)

Torcida Pavilhão 6 (Remo)

Young Flu (Fluminense)

Fúria Independente (Paraná)

Falange Tricolor (Fluminense)

Raça Tricolor (Paulista de Jundiaí)

Torcida Máfia Vermelha (América-RN)

Fúria Marcilista (Marcílio Dias)

No início de novembro, o Observatório Social do Futebol, apresentou o Relatório Violências no Futebol Brasileiro reuniu dados de casos de violência noticiados pela imprensa ao longo de 2023. E o estudo confirmou esta tendência que já se observa no dia a dia do futebol brasileiro: a violência está cada vez mais longe dos estádios.

O relatório mapeou 138 casos de violência registrados em 2023 no futebol brasileiro. Desses 138 casos, 33% aconteceram a mais de 5 quilômetros dos estádios de futebol. Além disso, outros 37% foram no entorno do estádio. Apenas 22% dos casos aconteceram dentro da praça esportiva.

O Relatório sugere, entre outras recomendações, que os órgãos de segurança avaliem as alianças existentes entre torcidas organizadas.

80% dos casos de violência aconteceram antes ou após a realização da partida dos atores envolvidos nas ocorrências. Apenas 17% dos casos foi durante o jogo.

Por si só, os nomes das torcidas organizadas incitam a violência. No caso de Natal, as mais famosas são Máfia Vermelha e Gang Alvinegra. Quando integrantes dessas duas torcidas se encontram é confusão na certa. Alguns desses encontros são marcados por meio das redes sociais.

Enquanto o torcedor comum precisa adquirir seu ingresso para ter acesso aos jogos de seu clube, alguns dirigentes dos clubes distribuem ingressos para as torcidas organizadas, bancam viagens e até patrocinam festas das torcidas em questão.

Os dirigentes se tornaram reféns das torcidas organizadas dos seus clubes, pois existe o receio de serem vítimas da violência desse tipo de torcedor e de terem o seu patrimônio depredado por marginais que estão infiltrados nas torcidas organizadas.

Existe gente do bem envolvida nas torcidas organizadas, sendo que alguns acabam inocentemente se tornando vítima de alguma tragédia.

Em todo o país, são recorrentes os relatos de violência no futebol, seja em campo ou fora dele envolvendo membros de torcidas organizada, e isso está servindo para afastar as famílias dos estádios brasileiros.

De 1988 a 2023, de acordo com levantamento feito pelo jornalista especializado no assunto, Rodrigo Vessoni, pelo menos 384 pessoas morreram em confrontos envolvendo torcidas de futebol.

Segundo pesquisa realizada em 2023, pela CNN/Itatiaia/Quaest, a falta de segurança é o que mais afasta o torcedor dos estádios. 26% dos entrevistados consideram a violência como o principal motivo de afastamento dos estádios. Foram 6.507 entrevistas em 325 Para melhor controle desses casos de violência longe dos estádios, o Relatório sugere, entre outras recomendações, que os órgãos de segurança avaliem as alianças existentes entre torcidas organizadas, que também foram mapeadas pelo Observatório Social do Futebol.cidades brasileiras.

O segundo motivo mais apontado por eles foi a comodidade de ficar em casa ou ir ao bar (19%) e o valor dos ingressos ficou em terceiro com 14%.

A relação entre futebol e violência é uma problemática que se arrasta há anos e tornou-se como um verdadeiro desafio para os membros da segurança pública e do poder judiciário.

No último sábado (25), dia do clássico entre ABC e América, a sede social do América teve seus vidros da fachada quebrados após uma pessoa jogar um objeto contra o prédio, que aparentemente era uma bomba. O CT do Alvirrubro também foi vítima da ação de vândalos, assim como o Frasqueirão, estádio do ABC.

Enquanto não houver uma punição severa para quem pratica tais atos, nada mudará e as autoridades vão gastar muito dinheiro com os cafezinhos que são servidos nas reuniões que discutem o assunto.



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