Prefeitura de Natal nega pedido de reabertura do Mercado da Redinha e permissionários protestam



Em uma reunião realizada nesta sexta-feira (31), permissionários do Mercado da Redinha, em Natal, cobram a reabertura do espaço antes da conclusão de um novo processo licitatório. A reivindicação, no entanto, foi negada pela Prefeitura de Natal, que informou que o mercado só reabrirá de forma definitiva após a finalização do novo edital de concessão.

O mercado, que havia sido reaberto em 26 de dezembro de 2024 após mais de dois anos e meio de reforma, foi fechado novamente no dia 27 de janeiro. A concessão do espaço, que tem duração de 25 anos, não obteve propostas no primeiro edital lançado pela prefeitura. Embora 170 empresas tenham solicitado o edital, nenhuma delas apresentou proposta para assumir o local.

Ozeni Florêncio Silva, representante dos permissionários, lamentou a decisão da prefeitura, destacando que a medida deixaria 33 famílias sem trabalho e prejudicaria comerciantes que já haviam adquirido mercadorias para venda. “Os dois secretários falaram que vai ficar fechado. Vamos tentar outra reunião e ver a situação desse pessoal que vai ficar parado sem trabalhar. Não pode isso”, afirmou Silva. Ela também se mostrou frustrada, dizendo que, mais uma vez, não poderiam contar com a prefeitura. “Estamos saindo daqui muito tristes, mas infelizmente é isso. A realidade é essa”, completou.

Em contrapartida, Arthur Dutra, secretário de Concessões, Parcerias, Empreendedorismo e Inovações, explicou que o mercado precisa passar por mais ajustes antes de ser definitivamente concedido. “O mercado foi reaberto temporariamente para um período de 30 dias, com a intenção de realizar a concessão em seguida. Agora, estamos preparando a estrutura para avançar na publicação do novo edital. A reabertura só ocorrerá com a conclusão desse processo”, declarou Dutra. O novo edital, segundo ele, será lançado em fevereiro, e a expectativa é de que, após a licitação, o mercado seja reaberto de forma definitiva.

Felipe Alves, secretário de Serviços Urbanos de Natal, reforçou que o objetivo da prefeitura é garantir que a concessão do mercado seja feita da melhor maneira possível, tanto para os comerciantes quanto para a população. “Nosso objetivo é que o mercado seja utilizado da melhor forma possível para atender à população da Redinha e de Natal. Estamos fazendo ajustes no edital para torná-lo o mais atrativo possível para as empresas”, afirmou Alves.

Enquanto a concessão não é formalizada, a Prefeitura de Natal tem oferecido um auxílio financeiro aos permissionários afetados pelo fechamento temporário. “Esse auxílio está sendo repassado para garantir que os permissionários tenham algum suporte financeiro enquanto aguardam a solução definitiva”, explicou o secretário.

Após a reunião, os comerciantes realizaram um protesto na sede da Prefeitura de Natal, no Palácio Felipe Camarão. Ozeni Florêncio Silva expressou novamente o descontentamento dos permissionários: “Viemos após a reunião que achamos que ia dar certo, mas infelizmente a resposta que tivemos é de que permanecerá fechado. Nós não podemos nos calar diante de uma situação dessas, precisamos dar continuidade ao nosso trabalho. Estamos pedindo a Paulinho Freire que veja essa situação, só queremos mais um mês, até o Carnaval”, declarou.

A concessão do Complexo Turístico da Redinha

O Mercado da Redinha faz parte do Complexo Turístico da Redinha, que ocupa uma área de 16.580,60 m² e inclui o mercado público, deck, estacionamento, estação de tratamento de esgoto, prédio anexo e áreas de circulação. Em setembro de 2024, a Prefeitura de Natal sancionou uma lei que autoriza a concessão do complexo para a iniciativa privada, com um contrato de 25 anos.

A concessão visa garantir o retorno dos antigos ocupantes dos boxes do mercado e dos quiosques, com contratos de 4 anos, prorrogáveis por mais 4. O investimento total nas obras foi de R$ 25 milhões, e os valores de locação terão isenção no primeiro ano e descontos progressivos nos anos seguintes. A legislação também determina que o concessionário preserve a identidade cultural e gastronômica do local, garantindo a comercialização da ginga com tapioca, considerada patrimônio imaterial da cidade. Além disso, 10% das receitas líquidas acessórias devem ser aplicadas em melhorias no bairro da Redinha, e até 30% dos funcionários do complexo devem ser moradores da região.

A situação do Mercado da Redinha segue em aberto, com os permissionários aguardando uma solução definitiva para o funcionamento do espaço e a conclusão do processo de concessão.

Com informações do g1RN




Prefeitura de Natal nega pedido de reabertura do Mercado da Redinha e permissionários protestam






Em uma reunião realizada nesta sexta-feira (31), permissionários do Mercado da Redinha, em Natal, cobram a reabertura do espaço antes da conclusão de um novo processo licitatório. A reivindicação, no entanto, foi negada pela Prefeitura de Natal, que informou que o mercado só reabrirá de forma definitiva após a finalização do novo edital de concessão.

O mercado, que havia sido reaberto em 26 de dezembro de 2024 após mais de dois anos e meio de reforma, foi fechado novamente no dia 27 de janeiro. A concessão do espaço, que tem duração de 25 anos, não obteve propostas no primeiro edital lançado pela prefeitura. Embora 170 empresas tenham solicitado o edital, nenhuma delas apresentou proposta para assumir o local.

Ozeni Florêncio Silva, representante dos permissionários, lamentou a decisão da prefeitura, destacando que a medida deixaria 33 famílias sem trabalho e prejudicaria comerciantes que já haviam adquirido mercadorias para venda. “Os dois secretários falaram que vai ficar fechado. Vamos tentar outra reunião e ver a situação desse pessoal que vai ficar parado sem trabalhar. Não pode isso”, afirmou Silva. Ela também se mostrou frustrada, dizendo que, mais uma vez, não poderiam contar com a prefeitura. “Estamos saindo daqui muito tristes, mas infelizmente é isso. A realidade é essa”, completou.

Em contrapartida, Arthur Dutra, secretário de Concessões, Parcerias, Empreendedorismo e Inovações, explicou que o mercado precisa passar por mais ajustes antes de ser definitivamente concedido. “O mercado foi reaberto temporariamente para um período de 30 dias, com a intenção de realizar a concessão em seguida. Agora, estamos preparando a estrutura para avançar na publicação do novo edital. A reabertura só ocorrerá com a conclusão desse processo”, declarou Dutra. O novo edital, segundo ele, será lançado em fevereiro, e a expectativa é de que, após a licitação, o mercado seja reaberto de forma definitiva.

Felipe Alves, secretário de Serviços Urbanos de Natal, reforçou que o objetivo da prefeitura é garantir que a concessão do mercado seja feita da melhor maneira possível, tanto para os comerciantes quanto para a população. “Nosso objetivo é que o mercado seja utilizado da melhor forma possível para atender à população da Redinha e de Natal. Estamos fazendo ajustes no edital para torná-lo o mais atrativo possível para as empresas”, afirmou Alves.

Enquanto a concessão não é formalizada, a Prefeitura de Natal tem oferecido um auxílio financeiro aos permissionários afetados pelo fechamento temporário. “Esse auxílio está sendo repassado para garantir que os permissionários tenham algum suporte financeiro enquanto aguardam a solução definitiva”, explicou o secretário.

Após a reunião, os comerciantes realizaram um protesto na sede da Prefeitura de Natal, no Palácio Felipe Camarão. Ozeni Florêncio Silva expressou novamente o descontentamento dos permissionários: “Viemos após a reunião que achamos que ia dar certo, mas infelizmente a resposta que tivemos é de que permanecerá fechado. Nós não podemos nos calar diante de uma situação dessas, precisamos dar continuidade ao nosso trabalho. Estamos pedindo a Paulinho Freire que veja essa situação, só queremos mais um mês, até o Carnaval”, declarou.

A concessão do Complexo Turístico da Redinha

O Mercado da Redinha faz parte do Complexo Turístico da Redinha, que ocupa uma área de 16.580,60 m² e inclui o mercado público, deck, estacionamento, estação de tratamento de esgoto, prédio anexo e áreas de circulação. Em setembro de 2024, a Prefeitura de Natal sancionou uma lei que autoriza a concessão do complexo para a iniciativa privada, com um contrato de 25 anos.

A concessão visa garantir o retorno dos antigos ocupantes dos boxes do mercado e dos quiosques, com contratos de 4 anos, prorrogáveis por mais 4. O investimento total nas obras foi de R$ 25 milhões, e os valores de locação terão isenção no primeiro ano e descontos progressivos nos anos seguintes. A legislação também determina que o concessionário preserve a identidade cultural e gastronômica do local, garantindo a comercialização da ginga com tapioca, considerada patrimônio imaterial da cidade. Além disso, 10% das receitas líquidas acessórias devem ser aplicadas em melhorias no bairro da Redinha, e até 30% dos funcionários do complexo devem ser moradores da região.

A situação do Mercado da Redinha segue em aberto, com os permissionários aguardando uma solução definitiva para o funcionamento do espaço e a conclusão do processo de concessão.

Com informações do g1RN


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