Para fazer a boa gestão que prometeu na campanha eleitoral, o prefeito de Natal terá que sair da sombra de seu antecessor e deixá-lo no passado da política potiguar.
Paulinho Freire foi eleito prefeito com o indiscutível apoio de Álvaro Dias. E Paulinho tem se mostrado grato, até exageradamente grato. Ocorre que Álvaro ainda não assimilou completamente o que significa ser ex. Quer mandar mais do que pode, intervir mais do que deve.
Pra piorar a situação de Paulinho, Álvaro deixou a Prefeitura endividada, cheia de obras inacabadas e com centenas dos seus parceiros escorados em cargos públicos.
Por gratidão, o atual prefeito evita criticar o ex e expôr o real tamanho da herança maldita de Álvaro que encontrou quando assumiu a administração municipal. Prova disso é a discrição e demora ao se revelar o volume total das atuais dívidas do Executivo natalense.
Agora, Álvaro Dias (contados) parte pra cima do “aliado” a fim de novamente terceirizar a culpa por suas ações. Aliás, a terceirização é o forte de Álvaro Dias, como prova a ação à qual ele responde na Justiça Eleitoral.
Não à toa, o que mais se pergunta pelos mal iluminados corredores da gestão pública municipal é “quanto tempo ainda leva Paulinho Freire para se livrar do amigo da onça?”