MST ocupa mais duas áreas no RN



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Ocupação em Santa Maria - Foto: Reprodução/ MST Ocupação em Santa Maria – Foto: Reprodução/ MST

Durante a Jornada Nacional de Lutas em Defesa da Reforma Agrária, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) promoveu duas novas ocupações no estado do Rio Grande do Norte. A primeira aconteceu no último sábado (13), o acampamento José Alves da Silva foi estabelecido na fazenda Campos Novos, localizada no município de Santa Maria, com a participação de 80 famílias. Já na terça-feira (16), os sem-terra montaram o acampamento Vicente Alves em Ceará-Mirim, reunindo cerca de 300 famílias.

Tradicionalmente, o mês de abril é marcado por mobilizações de grande escala promovidas pelo MST, incluindo marchas, atos, protestos, atividades de formação, solidariedade e enfrentamento à concentração de terras no Brasil. Este ano, a Jornada tem como lema “Ocupar, para o Brasil Alimentar!” e celebra os 40 anos de trajetória do Movimento.

Durante todo o mês, estão programadas atividades em diversas regiões do país, nos territórios onde o Movimento Sem Terra está ativo, destacando os dias entre 15 e 19 de abril como os principais momentos de luta.

Ocupação do MST em área de antiga usina açucareira de Ceará-Mirim – Foto: Reprodução/ MST

A Jornada também rememora o dia 17 de abril, que marca 28 anos do massacre de Eldorado do Carajás, no Pará, onde 21 trabalhadores rurais foram mortos pela Polícia Militar, em ação motivada por fazendeiros, enquanto protestavam pela reforma agrária.

Segundo Morgana Souza, da direção estadual do movimento, a ocupação em Santa Maria, que teve início com 80 famílias, está em crescimento. “É numa fazenda que já está passando por vistoria do Incra [Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária], então o Incra já está vendo qual a forma de desapropriar essa terra que é uma fazenda improdutiva, uma fazenda ociosa que está parada há muitos anos”, explica.

O acampamento foi nomeado em homenagem a José Alves da Silva, um dos militantes que faleceram no massacre de Eldorado dos Carajás, e reivindica as terras da fazenda, que possui aproximadamente 2 mil hectares e estava inativa por muitos anos, de acordo com o grupo.

O que é o Abril Vermelho

As iniciativas do MST acontecem dentro do contexto do Abril Vermelho, tradicional mês de lutas realizado anualmente pela organização. Em 2024, o lema escolhido para organizar o mês de atividades foi ‘Ocupar para o Brasil alimentar’.

A escolha do momento decorre do 17 de abril, o Dia Internacional de Luta Camponesa. Nesta data, em 1996, foram assassinados 21 trabalhadores rurais assassinados pela polícia militar no Massacre de Eldorado do Carajás, no estado do Pará.




O Potengi

Portal de Notícias e Conteúdos do Rio Grande do Norte



MST ocupa mais duas áreas no RN



Ocupação em Santa Maria - Foto: Reprodução/ MST Ocupação em Santa Maria – Foto: Reprodução/ MST




Durante a Jornada Nacional de Lutas em Defesa da Reforma Agrária, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) promoveu duas novas ocupações no estado do Rio Grande do Norte. A primeira aconteceu no último sábado (13), o acampamento José Alves da Silva foi estabelecido na fazenda Campos Novos, localizada no município de Santa Maria, com a participação de 80 famílias. Já na terça-feira (16), os sem-terra montaram o acampamento Vicente Alves em Ceará-Mirim, reunindo cerca de 300 famílias.

Tradicionalmente, o mês de abril é marcado por mobilizações de grande escala promovidas pelo MST, incluindo marchas, atos, protestos, atividades de formação, solidariedade e enfrentamento à concentração de terras no Brasil. Este ano, a Jornada tem como lema “Ocupar, para o Brasil Alimentar!” e celebra os 40 anos de trajetória do Movimento.

Durante todo o mês, estão programadas atividades em diversas regiões do país, nos territórios onde o Movimento Sem Terra está ativo, destacando os dias entre 15 e 19 de abril como os principais momentos de luta.

Ocupação do MST em área de antiga usina açucareira de Ceará-Mirim – Foto: Reprodução/ MST

A Jornada também rememora o dia 17 de abril, que marca 28 anos do massacre de Eldorado do Carajás, no Pará, onde 21 trabalhadores rurais foram mortos pela Polícia Militar, em ação motivada por fazendeiros, enquanto protestavam pela reforma agrária.

Segundo Morgana Souza, da direção estadual do movimento, a ocupação em Santa Maria, que teve início com 80 famílias, está em crescimento. “É numa fazenda que já está passando por vistoria do Incra [Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária], então o Incra já está vendo qual a forma de desapropriar essa terra que é uma fazenda improdutiva, uma fazenda ociosa que está parada há muitos anos”, explica.

O acampamento foi nomeado em homenagem a José Alves da Silva, um dos militantes que faleceram no massacre de Eldorado dos Carajás, e reivindica as terras da fazenda, que possui aproximadamente 2 mil hectares e estava inativa por muitos anos, de acordo com o grupo.

O que é o Abril Vermelho

As iniciativas do MST acontecem dentro do contexto do Abril Vermelho, tradicional mês de lutas realizado anualmente pela organização. Em 2024, o lema escolhido para organizar o mês de atividades foi ‘Ocupar para o Brasil alimentar’.

A escolha do momento decorre do 17 de abril, o Dia Internacional de Luta Camponesa. Nesta data, em 1996, foram assassinados 21 trabalhadores rurais assassinados pela polícia militar no Massacre de Eldorado do Carajás, no estado do Pará.


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