Há anos o descaso com as rodovias no Rio Grande do Norte seguem causando prejuízos para o estado e para milhares de motoristas. Atualmente, a situação do trecho das rodovias RN-269 e RN-093 na Região Agreste do estado, um dos principais destinos turísticos que liga aos municípios de Serra de São Bento, Monte das Gameleiras e Passa e Fica.
Próximo da temporada de inverno que ocorre nos meses junho e julho , as serras ficam em alta entre os destinos mais procurados. Os municípios chegam a receber milhares de turistas e visitantes. Para se ter ideia, apenas em 2023 estima-se que cerca de 90 mil pessoas passaram por essa parte fria do estado.
Entre os trechos mais críticos está a rodovia a RN-093, que liga Santo Antônio, Lagoa D’anta ao município de Passa e Fica. O trecho faz parte de um dos mais buscados destinos turísticos que liga ao Parque Estadual Pedra da Boca, no município vizinho de Araruna, no Estado da Paraíba.
O trecho têm tantos buracos que os motoristas ficam sem escolha. No entanto, o acesso às cidades tem sido bastante criticados. Com frequentes denúncias sobre a situação das péssimas rodovias. Em alguns trechos é necessário que seja feito um malabarismo para poder chegar ao destino.
No trecho entre Santo Antônio e Passa e Fica, em menos de 50 metros, é possível contar cerca de 60 buracos.
Além disso, o acostamento quase não existe e a sinalização de trânsito também está precária. “Tem que estar muito atento, já tive que trocar os amortecedores em questão de meio ano que passei por aqui, é prejuízo é alto”, conta o engenheiro José Medeiros.
São 20 quilômetros praticamente intransitáveis. A agricultora Maria Serafim, que mora às margens da rodovia, diz que todo dia tem gente pedindo ajuda na casa dela.
“Não tem hora do dia e da noite. É pneu estourado… Ontem mesmo um rapaz aqui teve uma peça do carro dele quebrada em buraco perguntou onde encontraria um mecânico e se foi”, lembra. “Faz muito tempo, não se vê nada de trabalhos para arrumar, mas é o que dizem, que se fosse chão batido, seria melhor”, completa.
Anunciado pelo governo no mês de março, a expectativa é que os serviços de recuperação das estradas iniciassem no primeiro semestre de 2024 e fossem concluídos até o final do ano, mas até o momento nada foi feito.
O portal O Potengi entrou em contato com a assessoria de imprensa do Governo do Estado, que afirmou que a Secretaria de Infraestrutura está se esforçando para agilizar os editais e a obtenção das licenças necessárias para o início das obras, disse.
