A VoePass Linhas Aéreas, parceira da Latam, vem causando transtornos aos passageiros na rota Mossoró-Natal com cancelamentos frequentes de voos. Na última semana e neste fim de semana, diversos passageiros foram informados sobre o cancelamento dos voos no momento do embarque, sem comunicação prévia e sem oferecer alternativas adequadas.
Em nota oficial, a VoePass alega que os cancelamentos foram “pontuais” e ocorreram por “motivos técnicos”, sem entrar em detalhes. A companhia afirma ter cumprido as normas da ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil), oferecendo aos passageiros opções de remarcação, reembolso ou viagem por outros meios de transporte, incluindo vans e carros de aplicativo.
No entanto, passageiros que tiveram seus voos cancelados relatam, em contato com a imprensa local, uma realidade diferente. Segundo eles, a VoePass vendeu mais passagens do que o número de assentos disponíveis no avião, prática conhecida como overbooking, o que resultou na recusa de embarque de diversos passageiros. A companhia aérea nega a prática de overbooking, mas passageiros afirmam ter sido informados no aeroporto que a prioridade para embarcar foi dada àqueles que realizaram o check-in com antecedência.
A falta de comunicação prévia sobre os cancelamentos e a desorganização no momento do reembarque geraram grande transtorno aos passageiros. Muitos tiveram que esperar horas por vans ou carros de aplicativo, sem receber alimentação ou qualquer tipo de assistência da companhia aérea. Passageiros também relatam ter sido pressionados a aceitar a opção de viagem por aplicativo, mesmo quando essa não era a sua preferência.
OAB pede esclarecimentos e defesa dos passageiros
Diante da situação, a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) no Rio Grande do Norte solicitou aos órgãos de defesa do consumidor, como o Procon, que notifiquem a VoePass para prestar esclarecimentos sobre os problemas e garantir os direitos dos passageiros. O advogado Pedro Petta, presidente da Comissão de Consumo da OAB-RN, orienta os passageiros a buscarem seus direitos, seja através dos órgãos de defesa do consumidor ou através de um advogado especializado.