Servidores da saúde de Parnamirim iniciam greve. Natal também tem indicativo







Os servidores da saúde de Parnamirim iniciam a partir desta terça-feira (9) uma greve municipal por tempo indeterminado. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do Rio Grande do Norte (Sindsaúde), o movimento é resultado da falta de diálogo entre os servidores e o prefeito Rosano Taveira (Republicanos). 

São três as pautas principais: progressão, Previne Brasil e produtividade. A categoria municipal denuncia que está com as progressões atrasadas desde 2019. Uma mobilização começou a ser feita na Maternidade Divino Amor a partir das 9h.

“De 2019 para cá não houve muito avanço nas progressões. As pessoas foram enquadradas, só que a cada dois anos tem que ter uma progressão de 3% no seu vencimento e isso está parado desde 2019”, diz Paulo Martins, coordenador do Sindsaúde.

Martins também reclama do incentivo à qualificação que, segundo ele, foi implantado para algumas pessoas e para outras ainda não.

Em relação ao Previne, o Sindsaúde exige que a Minuta do programa seja avaliada pelos sindicatos e pela categoria antes do envio para a Câmara Municipal, que deve ocorrer nos próximos dias. Até o momento, a gestão ainda não enviou o documento para o Sindsaúde. 

Já sobre a produtividade, o sindicato diz que, atualmente, a gestão de Taveira paga os valores da produtividade somente aos médicos, deixando outros servidores da área da saúde de fora.

“O prefeito negociou uma produtividade apenas para médicos, onde eles pagam R$ 2000 para 20 horas e R$ 4000 para 40 horas, mas apenas para médicos, deixando todo o restante do corpo dos servidores efetivos de fora, como o pessoal da urgência e emergência que trabalha diretamente com os médicos. Como é que você bota produtividade apenas para uma categoria deixando de fora toda uma cadeia de servidores?”

Outras pautas da greve contemplam a luta por melhores condições de trabalho e denúncias sobre sobrecarga, déficit de profissionais e a falta de insumos e materiais de trabalho.

Natal

Já na capital potiguar, uma assembleia da saúde municipal com indicativo de greve está marcada para às 9h desta quarta (10), no Auditório do Sindicato dos Bancários.

Na ocasião, o Sindsaúde vai repassar à categoria o que foi discutido na audiência pública que ocorreu no último dia 5 de abril, na Câmara Municipal de Natal, que tratou sobre a data base dos servidores municipais. O sindicato diz que a última data base concedida aos trabalhadores foi em 2022 e só ocorreu por força e pressão de uma greve.

“São muitos direitos negados. Piso da enfermagem é desrespeitado mês a mês. Temos servidores que têm direito mas não recebem por insalubridade, licença-prêmio ou licença médica. E o pior é que há decisão judicial que exige o pagamento dessas remunerações, mas não é cumprida”, apontou outro coordenador do Sindsaúde, Flávio Gomes, na audiência pública do dia 5.


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Os servidores da saúde de Parnamirim iniciam a partir desta terça-feira (9) uma greve municipal por tempo indeterminado. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do Rio Grande do Norte (Sindsaúde), o movimento é resultado da falta de diálogo entre os servidores e o prefeito Rosano Taveira (Republicanos). 

São três as pautas principais: progressão, Previne Brasil e produtividade. A categoria municipal denuncia que está com as progressões atrasadas desde 2019. Uma mobilização começou a ser feita na Maternidade Divino Amor a partir das 9h.

“De 2019 para cá não houve muito avanço nas progressões. As pessoas foram enquadradas, só que a cada dois anos tem que ter uma progressão de 3% no seu vencimento e isso está parado desde 2019”, diz Paulo Martins, coordenador do Sindsaúde.

Martins também reclama do incentivo à qualificação que, segundo ele, foi implantado para algumas pessoas e para outras ainda não.

Em relação ao Previne, o Sindsaúde exige que a Minuta do programa seja avaliada pelos sindicatos e pela categoria antes do envio para a Câmara Municipal, que deve ocorrer nos próximos dias. Até o momento, a gestão ainda não enviou o documento para o Sindsaúde. 

Já sobre a produtividade, o sindicato diz que, atualmente, a gestão de Taveira paga os valores da produtividade somente aos médicos, deixando outros servidores da área da saúde de fora.

“O prefeito negociou uma produtividade apenas para médicos, onde eles pagam R$ 2000 para 20 horas e R$ 4000 para 40 horas, mas apenas para médicos, deixando todo o restante do corpo dos servidores efetivos de fora, como o pessoal da urgência e emergência que trabalha diretamente com os médicos. Como é que você bota produtividade apenas para uma categoria deixando de fora toda uma cadeia de servidores?”

Outras pautas da greve contemplam a luta por melhores condições de trabalho e denúncias sobre sobrecarga, déficit de profissionais e a falta de insumos e materiais de trabalho.

Natal

Já na capital potiguar, uma assembleia da saúde municipal com indicativo de greve está marcada para às 9h desta quarta (10), no Auditório do Sindicato dos Bancários.

Na ocasião, o Sindsaúde vai repassar à categoria o que foi discutido na audiência pública que ocorreu no último dia 5 de abril, na Câmara Municipal de Natal, que tratou sobre a data base dos servidores municipais. O sindicato diz que a última data base concedida aos trabalhadores foi em 2022 e só ocorreu por força e pressão de uma greve.

“São muitos direitos negados. Piso da enfermagem é desrespeitado mês a mês. Temos servidores que têm direito mas não recebem por insalubridade, licença-prêmio ou licença médica. E o pior é que há decisão judicial que exige o pagamento dessas remunerações, mas não é cumprida”, apontou outro coordenador do Sindsaúde, Flávio Gomes, na audiência pública do dia 5.




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