O projeto cultural Ribeira Boêmia, um dos maiores símbolos da valorização do samba no Rio Grande do Norte, acaba de conquistar um importante marco: foi oficialmente reconhecido como Patrimônio Cultural Imaterial do Estado. A Lei nº 12.129, de autoria do presidente da Assembleia Legislativa do RN, deputado Ezequiel Ferreira (PSDB), foi sancionada pelo Governo do Estado e publicada na edição do Diário Oficial em 16 de abril de 2025.

Criado em 2012, o Ribeira Boêmia é um projeto cultural sem fins lucrativos que se tornou um ícone na revitalização do bairro da Ribeira, em Natal. O projeto promove rodas de samba mensais, grandes eventos como o Baile e a Feijoada Ribeira Boêmia, e, especialmente, o Festival de Samba Ribeira Boêmia, considerado o maior do gênero no estado. Este reconhecimento valoriza o papel do projeto como um agente transformador da cultura e da economia criativa potiguar.

“Reconhecer o Ribeira Boêmia como patrimônio cultural é uma forma de reafirmar a importância de preservar nossas raízes e valorizar iniciativas que promovem arte, inclusão e identidade cultural”, comentou o deputado Ezequiel Ferreira, destacando a relevância da iniciativa.

Mais do que uma celebração musical, o projeto tem um impacto significativo nas esferas social e ambiental. Ele integra artistas locais e nacionais, fomenta a economia criativa e impulsiona o turismo cultural. Durante a pandemia de Covid-19, o Ribeira Boêmia se destacou com ações solidárias, arrecadando 12 toneladas de alimentos em lives online.

O reconhecimento do projeto como patrimônio cultural imaterial chega como uma coroação de uma trajetória de resistência e pertencimento, que vai além da música. O Ribeira Boêmia, com seus pandeiros e violões, mantém viva a alma da Ribeira e da Natal que dança, canta e resiste em cada batuque.