A governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra, sancionou um conjunto de leis que estabelece uma política permanente de valorização salarial para servidores estaduais, beneficiando mais de 63 mil profissionais, entre ativos, aposentados e pensionistas. As novas regras, que incluem reajustes anuais baseados no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), representam um avanço significativo tanto para o funcionalismo público quanto para a gestão fiscal do estado.
Reconhecimento e justiça aos servidores
O uso do IPCA como referência para os reajustes é uma medida justa que assegura a preservação do poder de compra dos servidores diante da inflação. Essa política corrige distorções históricas, como as perdas acumuladas em anos de ausência de recomposição salarial, e reconhece a relevância dos trabalhadores para o funcionamento da máquina pública. Além disso, a reorganização de carreiras e a inclusão de benefícios como o auxílio-alimentação para militares reforçam o compromisso do governo com a valorização das categorias.
Compatibilidade com a responsabilidade fiscal
A vinculação dos reajustes ao IPCA foi elaborada com rigor fiscal, demonstrando que a medida não se trata de um ônus financeiro descontrolado. A aplicação da política está condicionada a limites claros: o crescimento das despesas com pessoal não poderá ultrapassar 80% do aumento da receita corrente líquida. Essa regra assegura que os reajustes sejam realizados de forma sustentável, preservando o equilíbrio orçamentário do estado.
O modelo proposto também traz previsibilidade para as finanças públicas. Ao atrelar os reajustes a índices amplamente aceitos e à condição da receita estadual, o governo mantém a estabilidade fiscal enquanto proporciona segurança jurídica para os servidores.
Benefícios econômicos e sociais
Além de promover justiça salarial, a medida tem impactos positivos na economia local. O aumento no poder aquisitivo dos servidores tende a estimular o consumo e o setor produtivo, contribuindo para o desenvolvimento econômico do estado. Em paralelo, a valorização do funcionalismo público ajuda a reter talentos no setor estatal, garantindo a qualidade dos serviços prestados à população.
Exemplo de boa gestão
A iniciativa adotada no Rio Grande do Norte reflete uma prática que pode servir de exemplo para outros estados. Combinar valorização do funcionalismo com responsabilidade fiscal é essencial para manter a credibilidade das contas públicas enquanto se atende às demandas legítimas dos trabalhadores.
Em suma, a política salarial permanente sancionada no estado é mais do que uma ação justa: é uma demonstração de que é possível alinhar interesses sociais e financeiros de forma equilibrada. Ao corrigir distorções e garantir previsibilidade, o Rio Grande do Norte dá um passo relevante para o fortalecimento da administração pública e da economia estadual.