O publicitário Rafael Moreno Souza Santos foi o alvo da nova fase da Operação Lesa Pátria no Rio Grande do Norte, deflagrada nesta terça-feira (16). Além do RN, agentes da Polícia Federal cumpriram mandados em outros sete estados.
A ação foi divulgada pelo investigado em suas redes sociais, onde disse ter sido acordado às 6h pela Polícia Federal, e mostrou a primeira página da decisão assinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que resultou na ação policial na casa do publicitário, que é paulista mas mora em Natal.
O documento diz que as medidas cautelares buscadas com a ação são “de busca e apreensão, sequestro e bloqueio de bens, afastamento de sigilo bancário e bloqueio de contas e proibição de propagação de ideias e atos antidemocráticos”, completando que a medida está relacionada “com o financiamento do(s) acampamentos em frente ao quartel do Exército, que, com reivindicações ilegais, atentaram contra o Estado Democrático de Direito e desempenharam papel crucial nos eventos de invasão e na depredação dos edifícios-sedes dos Poderes da República, ocorridos no 08 de janeiro de 2023”.
Nas redes sociais, Rafael Moreno se defendeu dizendo que “não estive no 8 de janeiro! Somente participei até dezembro do acampamento nos quartéis! Nunca incentivei ninguém a invadir os prédios e nem mesmo a irem à praça dos 3 poderes e estou sendo perseguido por ter ajudado a alimentar as pessoas no acampamento através de uma vakinha!”.
Ana Moreno, esposa do investigado, também se manifestou nas redes sociais. “Seis horas da manhã e a gente é acordado pela Polícia Federal como criminosos, na nossa casa, busca e apreensão, mandado do supremo né, que é o supremo do supremo. Está aí, mais uma busca e apreensão contra o meu marido, que não é um criminoso, mas no país que vivemos hoje, infelizmente a democracia existe desde que você concorde com o governo atual. Hoje sim vivemos uma ditadura nesse país, onde falar o certo é errado”, disse ela.
Em outro vídeo, Ana Moreno mostra o mandado apontando para o nome do ministro Alexandre de Moraes, e segue demostrando sua insatisfação com o ocorrido. “Cinco horas da manhã e a gente acordado pela PF. Busca e apreensão, levaram o celular né, de praxe, a mandado de Alexandre de Moraes. Mais um, já teve um em 2020, a gente abriu a casa, sem problema algum. Mas está aí, e ainda querem falar que a gente não vive em uma ditadura”, finalizou Ana Moreno.