Um vídeo gravado durante uma aula do curso de Medicina Veterinária da Universidade Potiguar (UnP) em Mossoró, no Rio Grande do Norte, tem gerado grande repercussão nas redes sociais neste domingo, 27. As imagens mostram um professor convidado provocando uma parada respiratória em um cachorro, o que desencadeou uma série de denúncias de maus-tratos e críticas públicas.

No vídeo, o professor, que não faz parte do quadro permanente da universidade, mas foi convidado especificamente para ministrar aquela aula, aparece afirmando: “Eu apliquei uma medicação, eu provoquei uma parada respiratória nele só para poder mostrar para vocês”. A ação do docente gerou revolta e indignação de diversas pessoas nas redes sociais, que acusaram a prática de maus-tratos aos animais.

Entre as primeiras reações, o vereador de Natal, Robson Carvalho, e o ex-deputado federal Rafael Motta divulgaram o caso em suas redes, condenando a atitude do professor e exigindo providências. O deputado federal pelo Paraná, Delegado Matheus Laiola, também se manifestou, destacando que maltratar animais não pode ser aceito como método de ensino. “Não podemos normalizar a dor como método de ensino! Maltratar animais não é aprendizado, é crime! Estamos entrando em contato com a Polícia Civil, Ministério Público, Universidade Potiguar (UnP), e Conselho Federal e Regional de Medicina Veterinária para que tomem as providências cabíveis”, afirmou Laiola em postagem.

Em nota, a Universidade Potiguar (UnP) informou que repudia veementemente qualquer prática que configure maus-tratos aos animais. A instituição ressaltou que já iniciou a apuração rigorosa dos fatos relacionados ao procedimento realizado por um especialista convidado, que, segundo a nota, não integra o quadro docente da Universidade, durante evento do curso de Medicina Veterinária ocorrido no dia 25 de abril.

A UnP afirmou ainda que, ao término da análise, adotará todas as medidas cabíveis, e que permanece à disposição das autoridades competentes. A Universidade reforçou também seu compromisso com a ética, o respeito à vida animal e a formação responsável de seus alunos.

O caso gerou uma onda de apoio à causa animal e preocupação com a formação ética dos futuros profissionais de Medicina Veterinária. A prática de causar sofrimento a um animal, mesmo que para fins de demonstração em uma aula, foi vista por muitos como um ato desumano e injustificável. Além disso, questionamentos sobre o papel da universidade em supervisionar o conteúdo e a conduta de aulas ministradas por professores convidados começaram a ganhar força nas discussões.

De acordo com o Blog do BG, o professor envolvido, embora convidado pela universidade, não é parte do corpo docente da UnP, o que levanta questionamentos sobre a responsabilidade da instituição no caso.

As autoridades competentes, como a Polícia Civil e o Ministério Público, foram acionadas para investigar o caso, e os Conselhos de Medicina Veterinária Federal e Regional também foram notificados, com o objetivo de apurar eventuais infrações éticas e legais.

Confira a nota na íntegra

Nota de esclarecimento

A Universidade Potiguar (UnP) informa que repudia veementemente qualquer prática que configure maus-tratos aos animais.

A Instituição reforça que já iniciou a apuração rigorosa dos fatos relacionados ao procedimento realizado por um especialista convidado que, registre-se, não integra o quadro docente da Instituição, durante um evento do curso de Medicina Veterinária, no dia 25/4. Ao término da análise, a Universidade adotará todas as medidas cabíveis.

A UnP permanece à disposição das autoridades competentes e reforça seu compromisso com a ética, o respeito à vida animal e a formação responsável dos seus alunos.