Allyson Bezerra (UB) está muito bem avaliado pelos mossoroenses. Até aqui, nada de novo, já que popularidade do alcaide está espalhada pelas regiões do estado.
O cuidado que o Palácio da Resistência, sede da municipalidade, deveria ter é de não subestimar a oposição. Que o oposicionismo está acuado, disso já se tem ciência, contudo, não se pode desmerecer o flanco.
Pensar que Allyson pode ser reeleito com 70%, 80% dos votos, como se pensa no Palácio, é um cálculo que pode sair fora da geometria traçada.
Encarar Isolda Dantas (PT), ou Rosalba Ciarlini (PP), é um presente dado à Bezerra. A primeira carrega uma alta rejeição, a segunda carrega o estorvo da oligarquia expurgada pelos mossoroenses. No entanto, pensar que elas podem não conseguir atingir ao menos um terço dos votos, é subestimar a capacidade que a oposição venha a ter de arregimentar a minoria insatisfeita com a gestão municipal.
O único que poderia conseguir imprimir um certo grau de competitividade na disputa à prefeitura é o vereador Tony Fernandes (SDD), que com pouca estrutura de campanha tirou boa votação nas urnas da cidade em 2022. Porém, o edil não está apresentando um trabalho que o gabarite a competitividade eleitoral que poderia dar ao prefeito. Nas palavras de alguns da cidade, “Tony está apagado”.
Subestimar a oposição pode fazer com que Allyson consiga uma reeleição abaixo da expectativa percentil calculada nos corredores do Palácio. É bom o estafe do alcaide abrir os olhos, já que a votação de Allyson é um dos indicadores do fôlego que ele poderá ter para vir a disputar o governo do Estado em 2026.