Natália vence primeiro debate entre candidatos a prefeito de Natal



Reprodução Reprodução




Desorganizado e improdutivo, o debate promovido na noite de ontem pela Band Natal foi marcado pelo vazio de ideias que tomou conta da política potiguar

Natália Bonavides foi a única candidata a conseguir se comunicar de forma clara e demonstrar preparo no debate de ontem entre os candidatos a prefeito da capital. Com linguagem e se saindo bem de algumas investidas mal elaboradas de seus adversários, a petista usou o espaço para se apresentar como uma candidata madura e empenhada nos principais temas de interesse do eleitor.

Já Paulinho Freire levantou questões e dados da maior importância, mas não soube como apresentá-los de forma clara e contundente para o eleitor. Foi, sobretudo, prejudicado pela estratégia de avançar sobre o candidato ausente no debate, Carlos Eduardo. Não conseguiu imprimir sua própria voz no debate como tem feito em outras ocasiões.

Tanto Natália quanto Paulinho foram prejudicados pelo formato atabalhoado do debate. Há dias que a Band sabia da ausência de Carlos Eduardo, que comunicou que estaria na data em evento pré-agendado de seu partido, em Fortaleza. Ainda assim, a emissora desperdiçou tempo precioso mantendo o candidato no sorteio. A pirraça levou a que Rafael Motta tivesse que repetir um bloco. “O imprevisível aconteceu”, disse a competente mediadora do debate. Mas o imprevisível era mais que previsível, era óbvio.

As perguntas e réplicas de 30 segundos parecem ter ocupado no debate menos tempo que a explicação das regras e os muitos comentários repetitivos sobre terem convidado o candidato ausente. Tanto que ao final a mediadora se sentiu obrigada a defender a relevância do debate.

Sim, Rafael Motta. O ex-deputado federal tem muito a apresentar e grande potencial de crescimento nesta eleição. Mas ontem não disse a que veio, tentando soluções fáceis para um debate no qual parecia não estar preparado.

Embora Natália tenha demonstrado grande competência comunicativa diante do formato improdutivo do debate, mesmo seu desempenho não foi suficiente para salvar a noite. Os três candidatos presentes mostraram que – até agora – ninguém tem nada de relevante a dizer para os eleitores. Talvez Carlos Eduardo tenha feito bem em arrumar outra ocupação para sua noite de quinta-feira.


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Já Paulinho Freire levantou questões e dados da maior importância, mas não soube como apresentá-los de forma clara e contundente para o eleitor. Foi, sobretudo, prejudicado pela estratégia de avançar sobre o candidato ausente no debate, Carlos Eduardo. Não conseguiu imprimir sua própria voz no debate como tem feito em outras ocasiões.

Tanto Natália quanto Paulinho foram prejudicados pelo formato atabalhoado do debate. Há dias que a Band sabia da ausência de Carlos Eduardo, que comunicou que estaria na data em evento pré-agendado de seu partido, em Fortaleza. Ainda assim, a emissora desperdiçou tempo precioso mantendo o candidato no sorteio. A pirraça levou a que Rafael Motta tivesse que repetir um bloco. “O imprevisível aconteceu”, disse a competente mediadora do debate. Mas o imprevisível era mais que previsível, era óbvio.

As perguntas e réplicas de 30 segundos parecem ter ocupado no debate menos tempo que a explicação das regras e os muitos comentários repetitivos sobre terem convidado o candidato ausente. Tanto que ao final a mediadora se sentiu obrigada a defender a relevância do debate.

Sim, Rafael Motta. O ex-deputado federal tem muito a apresentar e grande potencial de crescimento nesta eleição. Mas ontem não disse a que veio, tentando soluções fáceis para um debate no qual parecia não estar preparado.

Embora Natália tenha demonstrado grande competência comunicativa diante do formato improdutivo do debate, mesmo seu desempenho não foi suficiente para salvar a noite. Os três candidatos presentes mostraram que – até agora – ninguém tem nada de relevante a dizer para os eleitores. Talvez Carlos Eduardo tenha feito bem em arrumar outra ocupação para sua noite de quinta-feira.




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