Não acredito em superstições, mas que existem, existem!

Olá, queridos! Como vão? Sexta-feira-treze, nessa reta final do ano, e a gente não consegue desassociar da superstição em torno desse dia específico. Existem várias teorias, e nenhuma certeza, ao redor do mundo, sobre como teria surgido a ideia de que o dia 13 numa sexta-feira seria algo de má sorte. Mas o que é…


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Olá, queridos! Como vão?

Sexta-feira-treze, nessa reta final do ano, e a gente não consegue desassociar da superstição em torno desse dia específico. Existem várias teorias, e nenhuma certeza, ao redor do mundo, sobre como teria surgido a ideia de que o dia 13 numa sexta-feira seria algo de má sorte.

Mas o que é certo é que essa história é algo que foi repassado e repetido de geração em geração, ano após ano, cultura a cultura. E aqueles que creem nessa má sorte, independente de comprovação, sempre a tiveram como verdade incontestável.

Se você que está lendo isso é alguém mais racional, já imagino que esteja pensando algo como “eu jamais acreditaria em algo assim, só porque alguém falou que era assim, sem ao menos questionar, não me permitiria ser controlado por crenças que não são minhas”.

E se eu te disser que, por mais racional e descrente que você seja, você se permite, sim, ser controlado por crenças alheias? Duvida? Então eu vou te provar. Não só você ou eu, mas todos nós, ao menos em algum momento da vida, somos aprisionados por uma crença que não é nossa.

Eu estou falando das famosas crenças limitantes. Essas que, até certo ponto, são muito parecidas com as superstições, pois as temos como algo que sempre foi verdade, ao ponto de sequer questionarmos. E quando as questionamos é que entendemos que mal sabemos de onde vieram.

A diferença entre as crenças limitantes e as superstições é que as primeiras podem muito bem ter suas origens identificadas, depois desvendadas, medidas, avaliadas e devidamente excluídas das nossas vidas sem deixar rastro de susto para trás.

Crenças limitantes são verdades que foram plantadas dentro de nós, seja pela fala ou pelo comportamento de alguém, seja pela observação do nosso entorno, por uma experiência de vida que tivemos. Independentemente de como surgiu essa crença, ela habita nosso ser como algo inquestionável e muitas vezes pode nos aprisionar e manter afastados do que mais desejamos, apenas porque acreditamos nas coisas erradas.

Essas crenças podem ser sobre qualquer coisa, não há exclusividade de temas onde elas possam operar. Normalmente surgem quando é mais fácil de se instalarem em nosso cérebro, como na infância e na adolescência. Mas podem muito bem surgir na vida adulta também, vai depender do quanto estamos atentos a nós mesmos, do quanto estamos investidos na tarefa de nos conhecer e identificar que tipo de pensamento nos pertence ou não.

Eu mesma já identifiquei várias crenças dessas em mim, algumas já consegui desconstruir, outras ainda luto para me livrar. Outras, desconfio que ainda vou me deparar com elas pelo caminho.

Uma, em especial, desconstruí literalmente aos socos e chutes. Falo da minha habilidade na prática de artes marciais. Aos 13, 14 anos eu resolvi praticar judô. Nessa época eu já tinha os 1,78m que tenho hoje. Meu pai, bastante protetor, me aconselhou que não me envolvesse com esse tipo de esporte. Pelo meu tamanho e por eu ser, na época, muito desastrada (outra crença limitante que já, já conto), eu poderia me machucar. Que aquele tipo de atividade não era para mim.

Com um mês de aula me machuquei, por falta de jeito meu, sem interferência de ninguém. Rompi o ligamento do meu tornozelo que nunca mais foi o mesmo. Acreditei que lutas não eram mesmo a minha praia e desisti. Por anos.

Corta para 2019. Resolvi me arriscar nas aulas de muay thai da academia. Toda aquela crença de que esse tipo de esporte não daria certo para mim morreu no primeiro jeb-direto que dei no saco de pancadas. Uma sensação maravilhosa de me sentir no controle do meu corpo, que até então eu acreditava que era desengonçado e despreparado para aquilo. Até hoje pratico a luta. Do meu jeito, no meu tempo, mais para me divertir do que para aprimorar minha técnica. Mas faço questão de continuar, por tamanho bem que me faz.

Agora, deixemos claro que quando falei da minha habilidade, estou meramente falando sobre a capacidade de desempenhar tal prática. Não se iludam em achar que sou uma exímia lutadora, pois expliquei que me livrei de uma crença limitante, mas limitações reais, e bom senso, eu ainda tenho.

A crença sobre ser desastrada eu quebrei quando entendi que nunca fui, de verdade. Eu sempre fui ansiosa. E isso me levava a fazer coisas no impulso, na pressa. Eu era motivo de piada na família pelos meus episódios de menina desastrada. Mas depois que aprendi a identificar minha ansiedade e lidar com ela, percebi que estou longe de ser desastrada, sou é bastante cuidadosa e meticulosa, especialmente quando me concentro e consigo reduzir os efeitos da minha ansiedade.

Esses são apenas dois pequenos exemplos de crenças limitantes que consegui quebrar e ressignificar. Tenho outras mais complexas e difíceis também. Assim como todo ser humano tem. Mas por que, então, demorei tantos anos para quebrar uma crença limitante que eu mesma identifiquei como pequena?

Bom, primeiro porque para quebrar algo é preciso antes ver esse algo. Se eu não olhava para mim mesma com essa atenção, eu não teria como identificar o que era preciso. Segundo, e esse motivo eu achei fascinante quando descobri, é porque nosso cérebro tem dificuldade de pensar diferente, como quando queremos nos educar a pensar de forma diversa dessas crenças, porque o que já somos acostumados nos mantém viciados.

Isso quem explicou de forma brilhante foi o neurocientista Joe Dispenza, em seu livro “Quebrando o hábito de ser você mesmo” (super recomendo esse livro). Basicamente, ele explica que tudo que fazemos, o que pensamos, as reações que temos, geram uma química específica no cérebro. Essa química é jogada no sangue e se espalha pelo corpo todo. Isso causa uma reação específica e o nosso corpo vicia em toda essa mistura.

Imagine, por exemplo, que que você quer criar o hábito de acordar mais cedo que o normal. Quando seu despertador toca no novo horário, naqueles segundos cruciais antes de levantar da cama, seu cérebro vai resistir porque a reação química causada pelo fato de continuar na cama já é algo no qual ele está viciado. Para que você se sinta com vontade de levantar da cama sem titubear, seu cérebro precisa viciar nessa nova sensação que terá ao levantar mais cedo. Para isso, sua atitude em levantar, mesmo sem coragem, deve ser persistente até que seu corpo se vicie na nova química gerada por acordar mais cedo.

É complexo? Sim! Mas no fim, é o mesmo que dizer: mudar de hábito, mudar a forma de pensar, mudar nosso foco, mudar como vemos a nós mesmos começa com a nossa insistência em praticar aquilo até que fiquemos confortáveis (viciados) naquela nossa nova versão.

Esse é um considerável obstáculo ao quebrar as crenças limitantes, especialmente as que nos fazem pensar diferente sobre quem somos de verdade. Que nos fazem crer que não somos capazes, merecedores, dignos, aptos, preparados. O que precisamos é fazer com que nossos cérebros fiquem viciados em nossos pensamentos positivos e encorajadores sobre nós mesmos.

Talvez a parte mais difícil de lidar com as crenças limitantes, ao menos na minha opinião, seja identificar cada uma delas. Eu percebi que, para mim, é mais fácil perceber se algo é uma crença limitante, se é uma ideia ou um pensamento alheio que não se aplica a mim, quando eu percebo que se eu acreditar naquela verdade ela vai me impedir de seguir.

Quando somos sinceros com nós mesmos, sabemos do que somos capazes, sabemos das nossas habilidades e talentos. Então, sempre que algo pareça impedir seu desenvolvimento ou crescimento numa área que você sabe que tem capacidade, ou algo que te faça sentir desconfortável por ser um julgamento errado sobre quem você é, é bem possível que exista aí uma crença limitante.

Então agora, pegue seu telescópio especial, aquele feito para analisar esse universo que tem dentro de você, e comece a explorar todas as suas verdades e separar o que não é seu. Tudo que te limita pode mandar embora. Aproveita a data propícia e joga essa crença errada por debaixo de uma escada, ou alimenta ela com manga e leite. Permita que todas as suas crenças limitantes tenham o mesmo destino que têm as superstições na cabeça de alguém bastante racional: que se tornem meras alegorias e histórias divertidas que não possuem controle algum sobre você.

Até a próxima!





O Potengi

Portal de Notícias e Conteúdos do Rio Grande do Norte



Não acredito em superstições, mas que existem, existem!

Olá, queridos! Como vão?

Sexta-feira-treze, nessa reta final do ano, e a gente não consegue desassociar da superstição em torno desse dia específico. Existem várias teorias, e nenhuma certeza, ao redor do mundo, sobre como teria surgido a ideia de que o dia 13 numa sexta-feira seria algo de má sorte.

Mas o que é certo é que essa história é algo que foi repassado e repetido de geração em geração, ano após ano, cultura a cultura. E aqueles que creem nessa má sorte, independente de comprovação, sempre a tiveram como verdade incontestável.

Se você que está lendo isso é alguém mais racional, já imagino que esteja pensando algo como “eu jamais acreditaria em algo assim, só porque alguém falou que era assim, sem ao menos questionar, não me permitiria ser controlado por crenças que não são minhas”.

E se eu te disser que, por mais racional e descrente que você seja, você se permite, sim, ser controlado por crenças alheias? Duvida? Então eu vou te provar. Não só você ou eu, mas todos nós, ao menos em algum momento da vida, somos aprisionados por uma crença que não é nossa.

Eu estou falando das famosas crenças limitantes. Essas que, até certo ponto, são muito parecidas com as superstições, pois as temos como algo que sempre foi verdade, ao ponto de sequer questionarmos. E quando as questionamos é que entendemos que mal sabemos de onde vieram.

A diferença entre as crenças limitantes e as superstições é que as primeiras podem muito bem ter suas origens identificadas, depois desvendadas, medidas, avaliadas e devidamente excluídas das nossas vidas sem deixar rastro de susto para trás.

Crenças limitantes são verdades que foram plantadas dentro de nós, seja pela fala ou pelo comportamento de alguém, seja pela observação do nosso entorno, por uma experiência de vida que tivemos. Independentemente de como surgiu essa crença, ela habita nosso ser como algo inquestionável e muitas vezes pode nos aprisionar e manter afastados do que mais desejamos, apenas porque acreditamos nas coisas erradas.

Essas crenças podem ser sobre qualquer coisa, não há exclusividade de temas onde elas possam operar. Normalmente surgem quando é mais fácil de se instalarem em nosso cérebro, como na infância e na adolescência. Mas podem muito bem surgir na vida adulta também, vai depender do quanto estamos atentos a nós mesmos, do quanto estamos investidos na tarefa de nos conhecer e identificar que tipo de pensamento nos pertence ou não.

Eu mesma já identifiquei várias crenças dessas em mim, algumas já consegui desconstruir, outras ainda luto para me livrar. Outras, desconfio que ainda vou me deparar com elas pelo caminho.

Uma, em especial, desconstruí literalmente aos socos e chutes. Falo da minha habilidade na prática de artes marciais. Aos 13, 14 anos eu resolvi praticar judô. Nessa época eu já tinha os 1,78m que tenho hoje. Meu pai, bastante protetor, me aconselhou que não me envolvesse com esse tipo de esporte. Pelo meu tamanho e por eu ser, na época, muito desastrada (outra crença limitante que já, já conto), eu poderia me machucar. Que aquele tipo de atividade não era para mim.

Com um mês de aula me machuquei, por falta de jeito meu, sem interferência de ninguém. Rompi o ligamento do meu tornozelo que nunca mais foi o mesmo. Acreditei que lutas não eram mesmo a minha praia e desisti. Por anos.

Corta para 2019. Resolvi me arriscar nas aulas de muay thai da academia. Toda aquela crença de que esse tipo de esporte não daria certo para mim morreu no primeiro jeb-direto que dei no saco de pancadas. Uma sensação maravilhosa de me sentir no controle do meu corpo, que até então eu acreditava que era desengonçado e despreparado para aquilo. Até hoje pratico a luta. Do meu jeito, no meu tempo, mais para me divertir do que para aprimorar minha técnica. Mas faço questão de continuar, por tamanho bem que me faz.

Agora, deixemos claro que quando falei da minha habilidade, estou meramente falando sobre a capacidade de desempenhar tal prática. Não se iludam em achar que sou uma exímia lutadora, pois expliquei que me livrei de uma crença limitante, mas limitações reais, e bom senso, eu ainda tenho.

A crença sobre ser desastrada eu quebrei quando entendi que nunca fui, de verdade. Eu sempre fui ansiosa. E isso me levava a fazer coisas no impulso, na pressa. Eu era motivo de piada na família pelos meus episódios de menina desastrada. Mas depois que aprendi a identificar minha ansiedade e lidar com ela, percebi que estou longe de ser desastrada, sou é bastante cuidadosa e meticulosa, especialmente quando me concentro e consigo reduzir os efeitos da minha ansiedade.

Esses são apenas dois pequenos exemplos de crenças limitantes que consegui quebrar e ressignificar. Tenho outras mais complexas e difíceis também. Assim como todo ser humano tem. Mas por que, então, demorei tantos anos para quebrar uma crença limitante que eu mesma identifiquei como pequena?

Bom, primeiro porque para quebrar algo é preciso antes ver esse algo. Se eu não olhava para mim mesma com essa atenção, eu não teria como identificar o que era preciso. Segundo, e esse motivo eu achei fascinante quando descobri, é porque nosso cérebro tem dificuldade de pensar diferente, como quando queremos nos educar a pensar de forma diversa dessas crenças, porque o que já somos acostumados nos mantém viciados.

Isso quem explicou de forma brilhante foi o neurocientista Joe Dispenza, em seu livro “Quebrando o hábito de ser você mesmo” (super recomendo esse livro). Basicamente, ele explica que tudo que fazemos, o que pensamos, as reações que temos, geram uma química específica no cérebro. Essa química é jogada no sangue e se espalha pelo corpo todo. Isso causa uma reação específica e o nosso corpo vicia em toda essa mistura.

Imagine, por exemplo, que que você quer criar o hábito de acordar mais cedo que o normal. Quando seu despertador toca no novo horário, naqueles segundos cruciais antes de levantar da cama, seu cérebro vai resistir porque a reação química causada pelo fato de continuar na cama já é algo no qual ele está viciado. Para que você se sinta com vontade de levantar da cama sem titubear, seu cérebro precisa viciar nessa nova sensação que terá ao levantar mais cedo. Para isso, sua atitude em levantar, mesmo sem coragem, deve ser persistente até que seu corpo se vicie na nova química gerada por acordar mais cedo.

É complexo? Sim! Mas no fim, é o mesmo que dizer: mudar de hábito, mudar a forma de pensar, mudar nosso foco, mudar como vemos a nós mesmos começa com a nossa insistência em praticar aquilo até que fiquemos confortáveis (viciados) naquela nossa nova versão.

Esse é um considerável obstáculo ao quebrar as crenças limitantes, especialmente as que nos fazem pensar diferente sobre quem somos de verdade. Que nos fazem crer que não somos capazes, merecedores, dignos, aptos, preparados. O que precisamos é fazer com que nossos cérebros fiquem viciados em nossos pensamentos positivos e encorajadores sobre nós mesmos.

Talvez a parte mais difícil de lidar com as crenças limitantes, ao menos na minha opinião, seja identificar cada uma delas. Eu percebi que, para mim, é mais fácil perceber se algo é uma crença limitante, se é uma ideia ou um pensamento alheio que não se aplica a mim, quando eu percebo que se eu acreditar naquela verdade ela vai me impedir de seguir.

Quando somos sinceros com nós mesmos, sabemos do que somos capazes, sabemos das nossas habilidades e talentos. Então, sempre que algo pareça impedir seu desenvolvimento ou crescimento numa área que você sabe que tem capacidade, ou algo que te faça sentir desconfortável por ser um julgamento errado sobre quem você é, é bem possível que exista aí uma crença limitante.

Então agora, pegue seu telescópio especial, aquele feito para analisar esse universo que tem dentro de você, e comece a explorar todas as suas verdades e separar o que não é seu. Tudo que te limita pode mandar embora. Aproveita a data propícia e joga essa crença errada por debaixo de uma escada, ou alimenta ela com manga e leite. Permita que todas as suas crenças limitantes tenham o mesmo destino que têm as superstições na cabeça de alguém bastante racional: que se tornem meras alegorias e histórias divertidas que não possuem controle algum sobre você.

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