A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) criticou a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra Jair Bolsonaro e outras 33 pessoas, classificando-a como um “pau de arara do século XXI”. Em entrevista ao site O Antagonista, Michelle sugeriu que a investigação tem como objetivo desviar a atenção dos problemas enfrentados pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Críticas ao Judiciário

Michelle Bolsonaro afirmou que o sistema judiciário brasileiro está fragilizado e que nunca houve tanta violação dos direitos fundamentais no país. Ela questionou a credibilidade da PGR, sugerindo que as denúncias contra seu marido são tentativas de encobrir questões polêmicas do atual governo.

“Essas coisas parecem surgir para tentar disfarçar as trapalhadas do governo”, declarou Michelle. Ela também afirmou que não há provas contra Bolsonaro e que “as ilegalidades cometidas estão sendo escancaradas ao mundo e podem trazer consequências”.

Possível candidatura ao Senado

A ex-primeira-dama também falou sobre uma possível candidatura em 2026, mas afirmou que ainda não tomou uma decisão definitiva. “Tem muita coisa para acontecer até lá. Ainda tenho tempo para decidir se serei candidata e, se for, para qual cargo eventualmente me lançarei”, disse.

Michelle destacou o crescimento do PL Mulher e a mobilização feminina dentro do partido. “Nos estabelecemos como o maior movimento feminino partidário do país. Tivemos vitórias expressivas nos municípios e um aumento de 45% no número de mulheres eleitas”, afirmou.

Denúncia contra Bolsonaro

A Procuradoria-Geral da República denunciou Jair Bolsonaro pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado contra o patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado. O relatório, com 272 páginas, aponta Bolsonaro como o líder do suposto plano golpista após sua derrota na eleição de 2022.

Michelle Bolsonaro questionou a validade da investigação e sugeriu que as delações foram obtidas sob pressão. “Tentam justificar tudo em cima de uma delação que, aparentemente, foi obtida na base de ameaças e de práticas que mais parecem uma ‘tortura psicológica’, um ‘pau de arara do século XXI’”, declarou.

A ex-primeira-dama encerrou afirmando que acredita na justiça divina e que a verdade prevalecerá: “Meu marido é inocente. Não há e nem haverá nenhuma prova contra ele, porque elas não existem”.

*Com informações de “O Antagonista”