A licitação para o novo sistema de transportes públicos de Natal, que está em consulta pública, prevê um investimento total de R$ 5,119 bilhões ao longo de 20 anos. Esse valor cobre todos os custos necessários para a manutenção e operação do sistema, conforme estimado no termo de referência disponível para consulta.

O contrato está dividido em dois lotes: o Lote Norte, com um valor estimado de R$ 2,526 bilhões, e o Lote Sul, com R$ 2,592 bilhões. Esses montantes correspondem à remuneração que as concessionárias vencedoras receberão ao longo do período de concessão. No primeiro ano, as remunerações serão de R$ 95,953 milhões para o Lote Norte e R$ 98,465 milhões para o Lote Sul, valores que aumentarão a partir do segundo ano.

Além dos custos operacionais, as concessionárias deverão investir R$ 796,198 milhões em infraestrutura, frota, tecnologia embarcada e veículos auxiliares. Esse investimento inicial é essencial para modernizar o sistema de transportes, incluindo a compra de ônibus novos, com capacidade para até 78 passageiros, ar-condicionado e Wi-Fi.

O contrato de 20 anos poderá ser prorrogado por mais cinco anos, caso as condições estipuladas sejam atendidas. Durante esse período, o subsídio do Executivo de Natal, estimado em R$ 59,61 milhões anuais, será necessário para manter a tarifa em R$ 4,50, sem reajustes.

A divisão da licitação em dois lotes, ao invés de um único, foi justificada pelo estudo da Secretaria de Mobilidade de Natal (STTU) para evitar os riscos de monopólio e promover a eficiência e competitividade. Cada lote foi estruturado com base em bacias de atendimento, agrupando linhas que atendem demandas similares, o que otimiza a operação e a administração do sistema.