Greves e paralisações no RN dificultam a vida dos potiguares



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Diante dos inúmeros indicativos de greve que o estado do RN vem sofrendo, a população potiguar sente na pele os impactos causados pela falta dos serviços essenciais: Atividades de investigação de crimes, o registro de ocorrências policiais, as aulas na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte (IFRN), assim como diversos serviços hospitalares. Além disso, os servidores do Departamento Estadual de Trânsito (Detran/RN) ameaçam interromper os serviços e planejam realizar uma assembleia nesta quarta-feira (24).

Durante a paralisação dos policiais civis, realizada nesta terça-feira (23), aproximadamente 400 agentes de diferentes delegacias se reuniram na Central de Flagrantes da zona Sul de Natal, onde os serviços também foram suspensos, assim como em todo o Estado, de acordo com o Sindicato dos Policiais Civis do Rio Grande do Norte (Sinpol RN). Pessoas que foram vítimas de crimes em várias partes da Grande Natal procuraram as delegacias, mas não foram atendidas. O Governo do RN anunciou que a Delegacia de Plantão da Zona Sul de Natal retomaria suas atividades na terça-feira (23).

No entanto, isso não ocorreu durante esta terça-feira. Um entregador chamado Kevin Emanuel relatou que foi à delegacia porque foi roubado em um assalto no domingo (21) enquanto transitava pelo bairro de Nova Parnamirim. Ele acionou a Polícia Militar e o veículo foi recuperado horas depois, na zona Leste de Natal. No entanto, os criminosos cometeram infrações de trânsito, resultando em uma multa para o entregador. Ele foi à delegacia para tentar provar, por meio do boletim de ocorrência, que não foi responsável pela infração.

“Agora, vou ter que contratar um advogado para resolver isso. Os policiais permitiram que eu levasse a moto na mesma hora em que a encontrei. Mas a multa levou à suspensão da minha carteira de motorista. Não culpo os policiais pelo movimento, pois estão lutando pelos seus direitos. O governo local não valoriza seus servidores”, afirmou Kevin.

Na tarde de 22 de maio, houve outra rodada de negociações entre os policiais civis e a equipe do Governo. Na ocasião, o Sinpol e outras entidades aguardavam uma resposta em relação à proposta de 10% que havia sido aprovada pelos policiais civis e seria avaliada pelo Comitê Gestor do Estado. A proposta do Estado foi de 5%.

Na área da educação, a greve dos servidores dos institutos federais resultou na suspensão de aulas e cerimônias de formatura, exceto aquelas que foram agendadas antes da greve. Apenas serviços considerados essenciais, como pagamento de salários de servidores ativos, aposentados e pensionistas, estão sendo mantidos. Estima-se que a suspensão afete cerca de 57,2 mil estudantes de graduação, pós-graduação e cursos técnicos oferecidos pela universidade.

Conforme informado pelo Sindicato dos Docentes da UFRN (Adurn-Sindicato), o Governo Federal apresentou uma contraproposta aos professores da universidade na sexta-feira passada (19). A contraproposta será discutida em uma assembleia da categoria nesta quarta-feira (24), às 14h, no auditório da reitoria.

Enquanto outras categorias interrompem seus serviços devido à falta de consenso nas negociações salariais com o Governo do RN, os policiais militares e bombeiros chegaram a um acordo com o Estado na segunda-feira (22) e receberão um aumento salarial de 8%. Este aumento será implementado em janeiro de 2025, com base na estimativa do IPCA de abril do próximo ano, além de um segundo aumento de 5% em janeiro de 2026, mais a reposição do IPCA a cada mês de abril.

Outro ponto aprovado pela categoria foi o encaminhamento de um projeto de lei que reestrutura a carreira dos militares estaduais, permitindo a promoção automática de soldados (ingressantes após 2015) a cabos após 4 anos e 6 meses.

O Projeto de Lei será enviado à Assembleia Legislativa em 15 de maio. A mesa de negociação permanece aberta para discussões sobre outras questões pendentes de interesse da categoria.








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Greves e paralisações no RN dificultam a vida dos potiguares





Diante dos inúmeros indicativos de greve que o estado do RN vem sofrendo, a população potiguar sente na pele os impactos causados pela falta dos serviços essenciais: Atividades de investigação de crimes, o registro de ocorrências policiais, as aulas na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte (IFRN), assim como diversos serviços hospitalares. Além disso, os servidores do Departamento Estadual de Trânsito (Detran/RN) ameaçam interromper os serviços e planejam realizar uma assembleia nesta quarta-feira (24).

Durante a paralisação dos policiais civis, realizada nesta terça-feira (23), aproximadamente 400 agentes de diferentes delegacias se reuniram na Central de Flagrantes da zona Sul de Natal, onde os serviços também foram suspensos, assim como em todo o Estado, de acordo com o Sindicato dos Policiais Civis do Rio Grande do Norte (Sinpol RN). Pessoas que foram vítimas de crimes em várias partes da Grande Natal procuraram as delegacias, mas não foram atendidas. O Governo do RN anunciou que a Delegacia de Plantão da Zona Sul de Natal retomaria suas atividades na terça-feira (23).

No entanto, isso não ocorreu durante esta terça-feira. Um entregador chamado Kevin Emanuel relatou que foi à delegacia porque foi roubado em um assalto no domingo (21) enquanto transitava pelo bairro de Nova Parnamirim. Ele acionou a Polícia Militar e o veículo foi recuperado horas depois, na zona Leste de Natal. No entanto, os criminosos cometeram infrações de trânsito, resultando em uma multa para o entregador. Ele foi à delegacia para tentar provar, por meio do boletim de ocorrência, que não foi responsável pela infração.

“Agora, vou ter que contratar um advogado para resolver isso. Os policiais permitiram que eu levasse a moto na mesma hora em que a encontrei. Mas a multa levou à suspensão da minha carteira de motorista. Não culpo os policiais pelo movimento, pois estão lutando pelos seus direitos. O governo local não valoriza seus servidores”, afirmou Kevin.

Na tarde de 22 de maio, houve outra rodada de negociações entre os policiais civis e a equipe do Governo. Na ocasião, o Sinpol e outras entidades aguardavam uma resposta em relação à proposta de 10% que havia sido aprovada pelos policiais civis e seria avaliada pelo Comitê Gestor do Estado. A proposta do Estado foi de 5%.

Na área da educação, a greve dos servidores dos institutos federais resultou na suspensão de aulas e cerimônias de formatura, exceto aquelas que foram agendadas antes da greve. Apenas serviços considerados essenciais, como pagamento de salários de servidores ativos, aposentados e pensionistas, estão sendo mantidos. Estima-se que a suspensão afete cerca de 57,2 mil estudantes de graduação, pós-graduação e cursos técnicos oferecidos pela universidade.

Conforme informado pelo Sindicato dos Docentes da UFRN (Adurn-Sindicato), o Governo Federal apresentou uma contraproposta aos professores da universidade na sexta-feira passada (19). A contraproposta será discutida em uma assembleia da categoria nesta quarta-feira (24), às 14h, no auditório da reitoria.

Enquanto outras categorias interrompem seus serviços devido à falta de consenso nas negociações salariais com o Governo do RN, os policiais militares e bombeiros chegaram a um acordo com o Estado na segunda-feira (22) e receberão um aumento salarial de 8%. Este aumento será implementado em janeiro de 2025, com base na estimativa do IPCA de abril do próximo ano, além de um segundo aumento de 5% em janeiro de 2026, mais a reposição do IPCA a cada mês de abril.

Outro ponto aprovado pela categoria foi o encaminhamento de um projeto de lei que reestrutura a carreira dos militares estaduais, permitindo a promoção automática de soldados (ingressantes após 2015) a cabos após 4 anos e 6 meses.

O Projeto de Lei será enviado à Assembleia Legislativa em 15 de maio. A mesa de negociação permanece aberta para discussões sobre outras questões pendentes de interesse da categoria.


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