Cinco anos após o assassinato da enfermeira e socorrista do Samu, Dayana Deyse Oliveira de Lima, de 29 anos, os ex-policiais militares Luiz Galdino da Silva e Jairo Queiroz da Silva foram condenados nesta quinta-feira (29) pelo crime. O julgamento aconteceu no Fórum Desembargador Miguel Seabra Fagundes, no bairro Lagoa Nova, em Natal, e teve início por volta das 8h30.
O crime ocorreu em 11 de novembro de 2019, quando Dayana estava na casa da mãe, no conjunto Parque das Dunas, Zona Norte de Natal. Segundo a investigação, a vítima foi chamada para fora da residência e, ao atender ao chamado, foi atingida por disparos de arma de fogo, morrendo ainda no local.
De acordo com o Ministério Público, Luiz Galdino, ex-companheiro da vítima, foi apontado como o mandante do crime. Ele não teria aceitado o término do relacionamento. Já Jairo Queiroz foi acusado de ser o autor dos disparos que tiraram a vida de Dayana. Ambos negaram envolvimento no assassinato.
O promotor Augusto Azevedo classificou o caso como feminicídio, destacando que a vítima já havia obtido medidas protetivas contra Luiz Galdino e relatado ameaças contra ela e o namorado da época. “Ela teria sido morta a mando do seu companheiro, contra o qual já tinha medidas protetivas. Ela vinha sinalizando que estava sendo ameaçada, não só ela, mas também o namorado dela na época, e isso acabou nessa tragédia”, afirmou o promotor durante o julgamento.
O Tribunal do Júri considerou as provas apresentadas suficientes para condenar Luiz Galdino como mandante e Jairo Queiroz como executor do crime. A condenação reforça o entendimento do caso como feminicídio, motivado pela inconformidade de Luiz com o fim da relação.