O primeiro dia de greve na rede estadual de ensino do Rio Grande do Norte, iniciado nesta quarta-feira (26), foi marcado por um processo de avaliação por parte dos professores, que discutiram como seria a adesão ao movimento. A greve, deflagrada na terça-feira (25), visa exigir do Governo do Estado o reajuste do Piso Salarial para 6,27% em março, além do pagamento do retroativo acumulado entre fevereiro e março. Os profissionais da educação rejeitaram a proposta do governo, que ofereceu um aumento de 2% em março e 4,27% em dezembro de 2025.

Algumas unidades mantiveram as aulas normalmente, enquanto outras paralisaram as atividades. O movimento é por tempo indeterminado e, até o momento, a SEEC (Secretaria de Estado da Educação, do Esporte e do Lazer) e o Sinte-RN informaram que ainda não têm um panorama detalhado sobre o número de escolas e professores afetados, pois a adesão continua sendo discutida.

Para os próximos dias, estão previstas reuniões de comando de greve e uma assembleia para a avaliação do andamento do movimento. As negociações entre o governo e os educadores seguem em aberto, com os professores aguardando um posicionamento do estado sobre as reivindicações.

O Sindicato dos Trabalhadores em Educação do RN (Sinte-RN) convocou os professores a irem às escolas para discutir os rumos da paralisação e a participação no movimento. E a greve segue por tempo indeterminado.

em nota, a SEEC reafirmou que o Governo do Estado tem tratado com prioridade a questão do reajuste do Piso Salarial, por meio de diálogo com o Ministério Público e o Sindicato dos Professores. O governo destaca que já foram realizadas diversas reuniões e apresentadas propostas que garantem o reajuste de 6,27%, o que, ao final de 2025, resultará em um ganho acumulado de 98,25% para a categoria, considerando o período de 2019 a 2025. A Secretaria também ressaltou que o reajuste, com base na Lei 11.738, representa uma importante conquista para os educadores e o compromisso do governo com a valorização da profissão.