BNa manhã desta quinta-feira (14), o ex-presidente Jair Bolsonaro e o Partido Liberal (PL) manifestaram repúdio ao atentado a bomba ocorrido na área central de Brasília na noite anterior, em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF). Francisco Wanderley Luiz, conhecido como Tiu França e ex-candidato a vereador pelo PL em Rio do Sul (SC), foi identificado como o autor dos explosivos. Ele morreu no local após detonar os artefatos, em um episódio que chocou o país e mobilizou as forças de segurança.
Bolsonaro classificou o incidente como um “triste episódio” e um “fato isolado”, e lamentou que ações como essa ocorram em um ambiente que deveria ser de paz e diálogo. “Esse acontecimento nos deve levar à reflexão”, disse Bolsonaro em sua nota, defendendo que o Brasil precisa retomar o caminho da convivência pacífica entre as diferentes correntes políticas. O ex-presidente enfatizou que é essencial que as instituições democráticas mantenham um ambiente onde o diálogo seja valorizado acima de qualquer confronto violento. “A defesa da democracia e da liberdade não será consequente enquanto não se restaurar no nosso país a possibilidade de diálogo entre todas as forças da nação”, concluiu Bolsonaro, que também pediu que líderes políticos de todas as vertentes promovam a pacificação nacional.
O PL também emitiu uma nota oficial, com manifestações tanto do diretório nacional quanto do diretório regional de Santa Catarina. O partido foi firme ao repudiar a ação violenta e reafirmar seu compromisso com a democracia e o respeito às instituições públicas. “Reiteramos que o PL repudia veementemente qualquer tipo de violência e reafirma seu compromisso com os valores democráticos”, destacou a nota do diretório nacional, reforçando sua confiança nas investigações conduzidas pelas autoridades.
O diretório regional do PL em Santa Catarina também condenou a ação de Tiu França, afirmando que o partido é contrário “a qualquer ato de violência que fira pessoas ou ameace as instituições democráticas”. Na nota, o partido reforçou seu compromisso com o equilíbrio entre os poderes e defendeu que a democracia seja o pilar central de suas bandeiras.
O atentado ocorreu por volta das 19h30 de quarta-feira, quando Tiu França detonou um explosivo instalado em um carro estacionado no anexo 4 da Câmara dos Deputados, bem próximo ao STF. Em seguida, o autor do ataque acionou outros artefatos nas imediações do Supremo, em um dos quais tirou a própria vida. Durante a madrugada, o esquadrão antibombas da Polícia Militar realizou uma varredura no local e encontrou mais três dispositivos, que foram desativados para garantir a segurança de agentes e da população.
