Banco Central adota postura diante de expectativas de inflação e mercado global



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Imagem Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), realizada na semana passada, foi discutido o cenário macroeconômico do país e as perspectivas para a política monetária. O Copom mostrou preocupação com as expectativas de inflação acima da meta e decidiu não indicar novos cortes na taxa Selic, os juros básicos da economia.

A decisão do Copom foi motivada pela conjuntura atual, que apresenta desafios mais significativos do que o previsto anteriormente. Segundo a ata da reunião divulgada nesta terça-feira (14), o comitê destacou a importância do firme compromisso de convergência da inflação à meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 3%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.

A redução da Selic em 0,25 ponto percentual na última reunião foi a sétima consecutiva, porém, a velocidade do corte diminuiu. De acordo com o BC, a cautela se deve à desancoragem das expectativas de inflação, que, embora em queda, ainda se encontram acima da meta. Além disso, o cenário global incerto e a resiliência na atividade econômica também foram considerados pelo Copom.

Entre os motivos apontados para a desancoragem das expectativas de inflação, o BC destacou a piora do cenário externo, os anúncios de política fiscal e a percepção dos agentes econômicos sobre o compromisso da autoridade monetária com o atingimento da meta ao longo dos anos.

A desaceleração da economia americana e a persistência da inflação em diversos países também contribuíram para a decisão do Copom de reduzir o ritmo do corte de juros. Apesar dos desafios, o comitê reconheceu o desempenho mais dinâmico do mercado de trabalho e da atividade econômica brasileira no primeiro trimestre de 2024.

A próxima divulgação do Relatório de Inflação do BC, prevista para o fim de junho, poderá trazer revisões nas projeções para a inflação em 2024. Enquanto isso, o Copom reforçou a importância da disciplina fiscal e do compromisso com a sustentabilidade da dívida para a estabilidade econômica do país.

A decisão do Copom foi tomada após uma reunião marcada por divergências entre os membros do comitê em relação ao nível de corte de juros. O presidente do BC, Roberto Campos Neto, desempatou a decisão ao votar por um corte de 0,25 ponto percentual. Os membros que defenderam uma redução maior destacaram o custo reputacional de não seguir o guidance anterior, enquanto os que optaram pelo corte menor ressaltaram o risco de perda de credibilidade no combate à inflação.

A taxa Selic é o principal instrumento do Banco Central para controlar a inflação oficial medida pelo IPCA. A decisão do Copom reflete a preocupação com a convergência da inflação à meta, ao mesmo tempo em que considera os desafios econômicos e o cenário global adverso.








O Potengi

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Banco Central adota postura diante de expectativas de inflação e mercado global



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Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), realizada na semana passada, foi discutido o cenário macroeconômico do país e as perspectivas para a política monetária. O Copom mostrou preocupação com as expectativas de inflação acima da meta e decidiu não indicar novos cortes na taxa Selic, os juros básicos da economia.

A decisão do Copom foi motivada pela conjuntura atual, que apresenta desafios mais significativos do que o previsto anteriormente. Segundo a ata da reunião divulgada nesta terça-feira (14), o comitê destacou a importância do firme compromisso de convergência da inflação à meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 3%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.

A redução da Selic em 0,25 ponto percentual na última reunião foi a sétima consecutiva, porém, a velocidade do corte diminuiu. De acordo com o BC, a cautela se deve à desancoragem das expectativas de inflação, que, embora em queda, ainda se encontram acima da meta. Além disso, o cenário global incerto e a resiliência na atividade econômica também foram considerados pelo Copom.

Entre os motivos apontados para a desancoragem das expectativas de inflação, o BC destacou a piora do cenário externo, os anúncios de política fiscal e a percepção dos agentes econômicos sobre o compromisso da autoridade monetária com o atingimento da meta ao longo dos anos.

A desaceleração da economia americana e a persistência da inflação em diversos países também contribuíram para a decisão do Copom de reduzir o ritmo do corte de juros. Apesar dos desafios, o comitê reconheceu o desempenho mais dinâmico do mercado de trabalho e da atividade econômica brasileira no primeiro trimestre de 2024.

A próxima divulgação do Relatório de Inflação do BC, prevista para o fim de junho, poderá trazer revisões nas projeções para a inflação em 2024. Enquanto isso, o Copom reforçou a importância da disciplina fiscal e do compromisso com a sustentabilidade da dívida para a estabilidade econômica do país.

A decisão do Copom foi tomada após uma reunião marcada por divergências entre os membros do comitê em relação ao nível de corte de juros. O presidente do BC, Roberto Campos Neto, desempatou a decisão ao votar por um corte de 0,25 ponto percentual. Os membros que defenderam uma redução maior destacaram o custo reputacional de não seguir o guidance anterior, enquanto os que optaram pelo corte menor ressaltaram o risco de perda de credibilidade no combate à inflação.

A taxa Selic é o principal instrumento do Banco Central para controlar a inflação oficial medida pelo IPCA. A decisão do Copom reflete a preocupação com a convergência da inflação à meta, ao mesmo tempo em que considera os desafios econômicos e o cenário global adverso.


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