Após semanas de impasse e protestos populares, a Câmara Municipal de Santa Cruz aprovou, em dois turnos, o crédito suplementar de R$ 38 milhões solicitado pela prefeitura. O projeto, que havia sido travado pela oposição, foi votado no último dia 22, com 11 votos a favor, uma abstenção e um voto contrário.
Os recursos serão destinados a obras prioritárias, como a conclusão do teleférico da cidade – paralisado há cerca de dez anos –, a construção do Canal do Maracujá, a ampliação da Estação de Tratamento de Água (ETA) e a licitação de novas unidades básicas de saúde e de uma escola modelo. Além disso, parte do valor será usada na compra de duas ambulâncias para reforçar o atendimento de urgência.
A demora na votação havia gerado revolta na população, que ocupou as galerias da Câmara na semana passada exigindo agilidade. A prefeitura alegava que a falta de aprovação do crédito suplementar prejudicava o andamento de obras e o planejamento orçamentário.
“A aprovação desse crédito adicional de mais de R$ 38 milhões foi, na minha opinião, necessária para o momento, pois permitirá dar continuidade a projetos importantes da administração municipal e atender demandas urgentes da população. Com esses recursos, esperamos que seja possível destravar obras paradas, como a do Canal do Maracujá, que há anos causa transtornos com alagamentos e problemas de mobilidade”, disse o vereador Jackson Renê (MDB).
O parlamentar também destacou o compromisso da prefeita Aninha de Cleide (MDB) em investir na construção de uma nova creche, uma escola e duas UBS, além de concluir o teleférico. “A prefeita também assumiu o compromisso de investir parte desse crédito na construção de uma nova creche, uma nova escola e duas Unidades Básicas de Saúde, ampliando o acesso à educação e à saúde em comunidades que precisam de atenção. Além disso, a aquisição de duas novas ambulâncias vai fortalecer o atendimento de urgência e emergência, uma necessidade real do nosso povo., afirmou.
A crise política em Santa Cruz se intensificou desde o início do ano, quando a prefeitura decretou estado de emergência administrativa, alegando irregularidades deixadas pela gestão anterior, ligada ao deputado estadual Tomba Farias (PL). Em fevereiro, uma operação da Polícia Civil investigou suspeitas de adulteração e ocultação de documentos públicos por ex-servidores da administração passada.
Com a aprovação do crédito, a expectativa agora é que as obras sejam retomadas e os serviços essenciais sejam fortalecidos. O vereador Jackson Renê, no entanto, reforçou que fiscalizará a aplicação dos recursos. “Vou acompanhar de perto cada etapa para garantir que tudo que foi prometido seja cumprido e que esses recursos se convertam em benefícios reais para Santa Cruz”, afirmou.
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