A memória de Arisson Brito, professor de 38 anos que morreu em Ponta Negra no último sábado (24) em Ponta Negra, em Natal, deve ser respeitada, é claro. Ele é natural de Santa Maria e o episódio deixou familiares e amigos consternados. Mas por que tantas indefinições a respeito das circunstâncias em que aconteceu?
As primeiras versões davam conta de que Arisson havia sido espancado e assassinado com facadas devido a supostas “múltiplas perfurações” presentes em seu corpo quando foi encontrado. Sendo conhecido por sua militância política e por seu comportamento contestador, a primeira suspeita foi de homofobia.
Outras versões, no entanto, foram sendo levantadas no correr desses dois dias. Algumas sugerem uma morte natural, causada por um mal súbito quando ele estava em um bar. Outras apontaram que ele teria quebrado o espelho e se cortado. As versões já não sugerem que o corpo foi encontrado com “múltiplas perfurações”, e sim com “ferimentos leves”. Também já se levantou a tese de que houve um quebra-quebra em um bar, a partir do qual Arisson teria sido espancado.
Importante frisar que o bar Maré Mansa, de Ponta Negra, publicou um comunicado afirmando não ter nada a ver com o caso, e incluiu imagens de câmera que demonstravam que Arisson esteve, de fato, no local, porém apenas consumiu alguns itens, pagou a conta e foi embora calmamente.
Um exame toxicológico foi solicitado e isso pode apontar ainda outras versões. Será que chegaremos, afinal, a uma resposta?