No mês de conscientização sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA), o Aeroporto Internacional de Natal deu um passo significativo em direção à inclusão e sustentabilidade. Nesta segunda-feira (28), foi inaugurada uma sala multissensorial destinada ao acolhimento de pessoas neurodivergentes, como autistas, indivíduos com TDAH e dislexia. A iniciativa integra o novo pacote de ações ESG (Ambiental, Social e de Governança) da Zurich Airport Brasil, concessionária que administra o terminal aéreo.

Localizada na área de embarque, a sala foi projetada para oferecer um ambiente sensorialmente controlado, com iluminação suave, estímulos reduzidos, puffs para descanso, poltrona simuladora de aeronave e atendimento especializado. O espaço visa proporcionar conforto e tranquilidade a passageiros que enfrentam desafios em ambientes com excesso de estímulos.

Durante a solenidade, a secretária estadual de Habitação, Trabalho e Assistência Social, Iris Oliveira, representou a governadora Fátima Bezerra e destacou a importância do projeto. “Sabemos o quanto esses ambientes são acolhedores para pessoas com transtornos, sejam crianças ou adultos. Isso é muito importante para tornar o RN um estado mais acessível, inclusivo e sustentável”, afirmou.

O CEO da Zurich Airport Brasil, Ricardo Gesse, explicou que o modelo da sala já funciona com sucesso em outros terminais administrados pela empresa. “Não é uma brinquedoteca. É um espaço silencioso, com estímulos controlados, pensado para o bem-estar dessas pessoas”, disse. O projeto teve início no aeroporto de Florianópolis (SC) e agora integra uma política nacional do Ministério dos Portos e Aeroportos, que prevê a implantação de 20 salas semelhantes até 2025.

Além da sala multissensorial, a Zurich anunciou um robusto pacote de investimentos sustentáveis no Aeroporto de Natal, totalizando R$ 32 milhões. Entre as novidades está a futura Usina Solar do aeroporto, com aporte de R$ 25 milhões, que irá gerar energia limpa para as operações em solo, reduzindo significativamente as emissões de carbono.

Outra inovação em curso é o novo sistema de fornecimento de energia às aeronaves enquanto estão no pátio. Por meio de equipamentos instalados nas pontes de embarque, os aviões poderão utilizar eletricidade do próprio aeroporto para manter a parte elétrica e os sistemas de climatização em funcionamento, evitando o uso de geradores a combustíveis fósseis. A expectativa é de reduzir a emissão de 2.200 toneladas de CO₂ por ano — o equivalente ao plantio de 18 mil árvores.

A empresa também celebrou a evolução na destinação correta de resíduos sólidos, que passou de 25% para 90% desde que assumiu a gestão do terminal. “Esse é um dos maiores investimentos voluntários que fazemos, fora dos compromissos regulatórios da concessão. Isso demonstra o quanto acreditamos no Rio Grande do Norte e na parceria com o estado pelos próximos 30 anos”, declarou Ricardo Gesse.

*Com informações da Tribuna do Norte