O ministro do Turismo, Celso Sabino (União), comunicou ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em conversa telefônica nesta quinta-feira (18), sua decisão de deixar o governo federal. O anúncio ocorreu após pressão da cúpula do União, partido ao qual Sabino é filiado, que exigiu sua saída diante de alegações de que o ministro teria sido exposto por vazamentos de informações sobre uma investigação da Polícia Federal envolvendo suposta infiltração do PCC no setor financeiro e de combustíveis.

A conversa entre Lula e Sabino durou quase uma hora e resultou no agendamento de uma reunião presencial no Palácio do Alvorada nesta sexta-feira (19) para discutir os termos da saída. Ainda na quinta-feira, Sabino se reunirá com o presidente do União, Antonio Rueda, e outras lideranças partidárias.

Embora Sabino tenha resistido ao ultimato de 24 horas dado pelo partido e buscado permanecer no cargo até após a COP30, marcada para 2025, a cúpula do União manteve-se irredutível. Fontes próximas a Lula indicaram que o presidente explorou alternativas para manter Sabino no governo, incluindo a possibilidade de licença ou mudança de partido, mas essas opções foram rejeitadas pela legenda. O desfecho oficial da saída deve ser definido nas reuniões desta sexta-feira.