O senador Rogério Marinho (PL) afirmou nesta sexta-feira (11) que, caso dispute e vença as eleições para o Governo do Rio Grande do Norte em 2026, adotará um pacote de medidas duras, incluindo o congelamento de salários do funcionalismo público e a privatização da Companhia de Águas e Esgotos do Estado (Caern). A declaração foi feita em entrevista à rádio 98 FM, em Natal.

“Eu não vou dar aumento real. Não é possível dar aumento real a servidores no Estado do Rio Grande do Norte”, afirmou o senador. Segundo ele, o Estado está em situação fiscal crítica e não tem condições de arcar com reajustes acima da inflação. “O Estado está quebrado, que não tem capacidade, por exemplo, de comprar esparadrapo para quem está buscando o serviço de saúde pública”, disparou.

Pré-candidato ao governo, Rogério indicou que pretende adotar medidas impopulares para, segundo ele, reequilibrar as contas públicas. “O diagnóstico é muito ruim do Estado do Rio Grande do Norte. E a forma de se reverter, me parece que haverá a necessidade de tomar medidas inclusive impopulares”, declarou. “Ou você tem responsabilidade com o Estado, ou você vai ser mais do mesmo”, completou.

Entre as medidas consideradas prioritárias, o senador voltou a defender a privatização da Caern. “Quando eu falo da venda da Caern, não é porque eu quero vender um ativo do Estado para colocar recursos no cofre. É porque a Caern é ineficiente”, afirmou, alegando que metade da água captada pela companhia não chega à população.

Marinho também atacou diretamente a gestão da governadora Fátima Bezerra (PT), afirmando que a administração petista “fez muito mal ao Rio Grande do Norte” e colocou o Estado em “último lugar em diversos indicadores”. “O Rio Grande do Norte precisa focar no que é essencial. O Estado precisa ser um Estado eficiente, que serve à população. Não se serve da população”, disse.

*Com informações do Portal 98FM