Operação Argento: liderança do PCC e mais 17 pessoas tornam-se réus por lavagem de ativos



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A Justiça do Rio Grande do Norte aceitou a denúncia apresentada pelo Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) contra 18 pessoas acusadas de lavagem de dinheiro e de integrar organização criminosa. A ação faz parte da operação Argento, deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), deflagrada no dia 14 de novembro, com participação da Receita Federal e da Polícia Militar. A operação ocorreu simultaneamente no Rio Grande do Norte, São Paulo, Bahia e Pará.

O esquema criminoso investigado utilizava estratégias sofisticadas para lavar dinheiro oriundo do tráfico de drogas. Entre as práticas identificadas, destacam-se a criação de empresas de fachada, a compra e venda de imóveis de luxo, operações financeiras em postos de combustíveis e até mesmo a aquisição de cavalos de raça. No dia da operação, foi determinado o bloqueio de mais de R$ 2 bilhões da organização criminosa, além da indisponibilidade de bens de 101 pessoas.

De acordo com a denúncia, aceita pela Justiça, os 18 acusados atuavam em núcleos organizados em torno de Valdeci Alves dos Santos, conhecido como Pintado, Vermelho, Prateado, Colorido ou Tio, apontado como um dos líderes do PCC fora das prisões, até o ano de 2022. Os núcleos foram nomeados pelo MPRN como Pará, Calafiore, Valdeci e o Grupo dos Depositantes.

O núcleo Pará, composto por Ronilso Sousa Rodrigues e Thelcia Kelly Coelho Oliveira, era responsável pela criação de empresas de fachada destinadas a ocultar a origem e a propriedade de recursos ilícitos, realizando principalmente a atividade de triangulação financeira e ocultação.

O núcleo Calafiore, liderado por Sérgio Calafiore e também integrado por Francisco Gilmar da Silva Junior, concentrava-se em operações imobiliárias e empresariais para integrar os recursos lavados à economia formal, utilizando os valores oriundos dos outros núcleos para atividades econômicas aparentemente legítimas.

O núcleo Valdeci, composto por familiares e associados próximos de Valdeci Alves dos Santos, como Natacha Horana Silva, Janiely Kelly da Silva Medeiros, Tamiris Andrade Silva Alves e Elias Estevão da Silva, era responsável por movimentar valores por meio de contas bancárias de terceiros e recrutar outros indivíduos, com foco na ocultação de ativos ilícitos.

O núcleo dos Depositantes, formado por pessoas de baixo perfil socioeconômico, realizava a atividade de colocar os recursos ilícitos no sistema financeiro. Entre os membros identificados estão Ana Paula Cardoso Ramos, Amélia Deodato da Silva, André Santos de Almeida, João Inácio Tavares da Silva, José Jefferson Matos Rodrigues, Marcus Vinícius Veloso da Silva, Nilson da Silva, Paulo Eugênio de Carvalho Terto e Paulo Henrique Oliveira Malheiro. Esses indivíduos realizavam depósitos em espécie em nome de terceiros, desviando grandes somas para beneficiar os outros núcleos da organização.

A investigação revelou que os recursos provenientes do tráfico de drogas e da organização criminosa ingressavam no sistema financeiro principalmente por meio desses intermediários. Após complexas movimentações financeiras, os valores eram utilizados na construção, reforma e comercialização de imóveis de luxo, na abertura de novas empresas de fachada, postos de combustíveis e outras atividades.

Durante a investigação, o MPRN analisou 468 contas bancárias utilizadas no esquema, nas quais foram movimentados R$ 1,6 bilhão entre 2014 e 2024. A operação Argento evidenciou estrutura organizada própria do grupo, destinada à lavagem de ativos, com funções claramente definidas entre seus membros.




O Potengi

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Operação Argento: liderança do PCC e mais 17 pessoas tornam-se réus por lavagem de ativos







A Justiça do Rio Grande do Norte aceitou a denúncia apresentada pelo Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) contra 18 pessoas acusadas de lavagem de dinheiro e de integrar organização criminosa. A ação faz parte da operação Argento, deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), deflagrada no dia 14 de novembro, com participação da Receita Federal e da Polícia Militar. A operação ocorreu simultaneamente no Rio Grande do Norte, São Paulo, Bahia e Pará.

O esquema criminoso investigado utilizava estratégias sofisticadas para lavar dinheiro oriundo do tráfico de drogas. Entre as práticas identificadas, destacam-se a criação de empresas de fachada, a compra e venda de imóveis de luxo, operações financeiras em postos de combustíveis e até mesmo a aquisição de cavalos de raça. No dia da operação, foi determinado o bloqueio de mais de R$ 2 bilhões da organização criminosa, além da indisponibilidade de bens de 101 pessoas.

De acordo com a denúncia, aceita pela Justiça, os 18 acusados atuavam em núcleos organizados em torno de Valdeci Alves dos Santos, conhecido como Pintado, Vermelho, Prateado, Colorido ou Tio, apontado como um dos líderes do PCC fora das prisões, até o ano de 2022. Os núcleos foram nomeados pelo MPRN como Pará, Calafiore, Valdeci e o Grupo dos Depositantes.

O núcleo Pará, composto por Ronilso Sousa Rodrigues e Thelcia Kelly Coelho Oliveira, era responsável pela criação de empresas de fachada destinadas a ocultar a origem e a propriedade de recursos ilícitos, realizando principalmente a atividade de triangulação financeira e ocultação.

O núcleo Calafiore, liderado por Sérgio Calafiore e também integrado por Francisco Gilmar da Silva Junior, concentrava-se em operações imobiliárias e empresariais para integrar os recursos lavados à economia formal, utilizando os valores oriundos dos outros núcleos para atividades econômicas aparentemente legítimas.

O núcleo Valdeci, composto por familiares e associados próximos de Valdeci Alves dos Santos, como Natacha Horana Silva, Janiely Kelly da Silva Medeiros, Tamiris Andrade Silva Alves e Elias Estevão da Silva, era responsável por movimentar valores por meio de contas bancárias de terceiros e recrutar outros indivíduos, com foco na ocultação de ativos ilícitos.

O núcleo dos Depositantes, formado por pessoas de baixo perfil socioeconômico, realizava a atividade de colocar os recursos ilícitos no sistema financeiro. Entre os membros identificados estão Ana Paula Cardoso Ramos, Amélia Deodato da Silva, André Santos de Almeida, João Inácio Tavares da Silva, José Jefferson Matos Rodrigues, Marcus Vinícius Veloso da Silva, Nilson da Silva, Paulo Eugênio de Carvalho Terto e Paulo Henrique Oliveira Malheiro. Esses indivíduos realizavam depósitos em espécie em nome de terceiros, desviando grandes somas para beneficiar os outros núcleos da organização.

A investigação revelou que os recursos provenientes do tráfico de drogas e da organização criminosa ingressavam no sistema financeiro principalmente por meio desses intermediários. Após complexas movimentações financeiras, os valores eram utilizados na construção, reforma e comercialização de imóveis de luxo, na abertura de novas empresas de fachada, postos de combustíveis e outras atividades.

Durante a investigação, o MPRN analisou 468 contas bancárias utilizadas no esquema, nas quais foram movimentados R$ 1,6 bilhão entre 2014 e 2024. A operação Argento evidenciou estrutura organizada própria do grupo, destinada à lavagem de ativos, com funções claramente definidas entre seus membros.


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