Troca de farpas entre Thabatta Pimenta e Subtenente Eliabe marca sessão da Câmara

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Ícone de crédito Foto: Reprodução

A sessão desta quarta-feira (23) da Câmara Municipal de Natal foi marcada por um intenso desentendimento entre a vereadora Thabatta Pimenta (PSOL) e o vereador Subtenente Eliabe (PL), durante o debate sobre a nomeação da coordenadora do programa TransCidadania, voltado à população LGBTQIA+ da capital potiguar.

Thabatta iniciou sua fala questionando a escolha de Leila Maia, uma mulher cisgênero, para a coordenação do programa TransCidadania. A vereadora afirmou que a nomeação não seguiu o que está previsto no edital do programa, que exige que a função seja ocupada por uma pessoa travesti, transexual ou transgênero, com experiência na defesa dos direitos humanos. Ela destacou que essa escolha poderia desrespeitar os princípios de representatividade, fundamentais para a execução do programa, e cobrou a revisão da decisão. “A população trans espera que o edital seja seguido, pois essa é uma das poucas oportunidades de garantir um trabalho digno”, declarou Thabatta.

A vereadora também mencionou que havia pelo menos duas pessoas trans aprovadas no processo seletivo, aguardando convocação para o cargo. Ela enfatizou que é necessário garantir a representatividade adequada à população que o programa visa beneficiar.

Foi quando o Subtenente Eliabe pediu a palavra para se manifestar e interrompeu a fala de Thabatta. O vereador afirmou: “Presidente, vamos seguir o regimento? É um minuto, presidente”, cobrando o cumprimento do tempo regimental. Eliabe disse que a vereadora precisava “ler o regimento e interpretar corretamente”.

A intervenção de Eliabe gerou tensão no plenário, e Thabatta reagiu. Em seguida, Eliabe retomou a palavra e se posicionou: “Para um bom entendedor, meia palavra basta, mas para um mau entendedor, meia palavra não basta”, iniciou, antes de defender sua posição sobre o edital do programa. Ele argumentou que a palavra “preferencialmente” no edital não impõe a obrigatoriedade de que a coordenação do programa seja ocupada por alguém da comunidade LGBTQIA+. “O mérito aqui é do edital. A gestão do prefeito Paulinho Freire e a secretária não têm a obrigação de colocar alguém da comunidade LGBTQIA+, apenas isso”, explicou Eliabe.

Ele ainda afirmou que não estava entrando no mérito do programa em si, mas sim no entendimento correto do que está escrito no edital, e encerrou: “Por mim, o assunto está encerrado, e aqueles que não concordam, que continuem chorando”.

Thabatta não deixou de responder. Com um tom firme, ela afirmou: “A gente já pode perceber que tem vereador nessa casa que não sabe escutar uma mulher que está falando. Quando uma mulher fala, ele não interrompe. Mas quando é a mulher que ele não quer ouvir, aí ele interrompe. Mas vai ter que me escutar, porque eu fui eleita, eleita até quase com o dobro dos votos desse vereador. Então, nesses anos, tudo em que eu estiver aqui, vai ter que me escutar. E é a voz do povo de Natal que me colocou aqui”. A vereadora ressaltou que a comunidade LGBT só quer que o edital seja seguido e reforçou que, caso o edital tenha sido respeitado, deveria haver a convocação das duas pessoas trans aprovadas no processo seletivo. “Mas a gente precisa ser ater que está colocado. Quer seguir o edital”.

Em tom irônico, a vereadora finalizou: “E se quer falar sobre o regimento, sobre o tempo, tem que ser para todo mundo. Quando uma mulher aqui fala um tanto, ele se mete, outra não se mete. Então, qual é o problema desse senhor? É para chorar? Chora, bonequinha, chora“, disparou, deixando claro seu descontentamento com a postura do vereador.



Troca de farpas entre Thabatta Pimenta e Subtenente Eliabe marca sessão da Câmara

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A sessão desta quarta-feira (23) da Câmara Municipal de Natal foi marcada por um intenso desentendimento entre a vereadora Thabatta Pimenta (PSOL) e o vereador Subtenente Eliabe (PL), durante o debate sobre a nomeação da coordenadora do programa TransCidadania, voltado à população LGBTQIA+ da capital potiguar.

Thabatta iniciou sua fala questionando a escolha de Leila Maia, uma mulher cisgênero, para a coordenação do programa TransCidadania. A vereadora afirmou que a nomeação não seguiu o que está previsto no edital do programa, que exige que a função seja ocupada por uma pessoa travesti, transexual ou transgênero, com experiência na defesa dos direitos humanos. Ela destacou que essa escolha poderia desrespeitar os princípios de representatividade, fundamentais para a execução do programa, e cobrou a revisão da decisão. “A população trans espera que o edital seja seguido, pois essa é uma das poucas oportunidades de garantir um trabalho digno”, declarou Thabatta.

A vereadora também mencionou que havia pelo menos duas pessoas trans aprovadas no processo seletivo, aguardando convocação para o cargo. Ela enfatizou que é necessário garantir a representatividade adequada à população que o programa visa beneficiar.

Foi quando o Subtenente Eliabe pediu a palavra para se manifestar e interrompeu a fala de Thabatta. O vereador afirmou: “Presidente, vamos seguir o regimento? É um minuto, presidente”, cobrando o cumprimento do tempo regimental. Eliabe disse que a vereadora precisava “ler o regimento e interpretar corretamente”.

A intervenção de Eliabe gerou tensão no plenário, e Thabatta reagiu. Em seguida, Eliabe retomou a palavra e se posicionou: “Para um bom entendedor, meia palavra basta, mas para um mau entendedor, meia palavra não basta”, iniciou, antes de defender sua posição sobre o edital do programa. Ele argumentou que a palavra “preferencialmente” no edital não impõe a obrigatoriedade de que a coordenação do programa seja ocupada por alguém da comunidade LGBTQIA+. “O mérito aqui é do edital. A gestão do prefeito Paulinho Freire e a secretária não têm a obrigação de colocar alguém da comunidade LGBTQIA+, apenas isso”, explicou Eliabe.

Ele ainda afirmou que não estava entrando no mérito do programa em si, mas sim no entendimento correto do que está escrito no edital, e encerrou: “Por mim, o assunto está encerrado, e aqueles que não concordam, que continuem chorando”.

Thabatta não deixou de responder. Com um tom firme, ela afirmou: “A gente já pode perceber que tem vereador nessa casa que não sabe escutar uma mulher que está falando. Quando uma mulher fala, ele não interrompe. Mas quando é a mulher que ele não quer ouvir, aí ele interrompe. Mas vai ter que me escutar, porque eu fui eleita, eleita até quase com o dobro dos votos desse vereador. Então, nesses anos, tudo em que eu estiver aqui, vai ter que me escutar. E é a voz do povo de Natal que me colocou aqui”. A vereadora ressaltou que a comunidade LGBT só quer que o edital seja seguido e reforçou que, caso o edital tenha sido respeitado, deveria haver a convocação das duas pessoas trans aprovadas no processo seletivo. “Mas a gente precisa ser ater que está colocado. Quer seguir o edital”.

Em tom irônico, a vereadora finalizou: “E se quer falar sobre o regimento, sobre o tempo, tem que ser para todo mundo. Quando uma mulher aqui fala um tanto, ele se mete, outra não se mete. Então, qual é o problema desse senhor? É para chorar? Chora, bonequinha, chora“, disparou, deixando claro seu descontentamento com a postura do vereador.


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