As condições de acesso à saúde são das situações mais angustiantes para as comunidades, especialmente as periféricas de nossa Natal. Entre as filas, a falta de atendimento e de profissionais e as dificuldades de se conseguir medicamentos, as pessoas beiram perder fé em obter o atendimento humanizado e de qualidade que lhes é de direito.
Tenho testemunhado toda essa situação e ouvido relatos nos anos em que o Mais Saúde tem entrado na vida de tantas pessoas.
Em cinco anos de projeto e com tantas cirurgias encaminhadas e atendimentos realizados, meu sentimento é em parte alegria, por poder vivenciar isto de perto. Por outro lado, não posso deixar de pensar no quanto a democratização do acesso à saúde poderia ser benéfica para nosso povo. Como defensor incansável do acesso igualitário aos cuidados de saúde, gostaria de destacar a importância fundamental da participação ativa das gestões na promoção de uma saúde mais justa e acessível para todos.
Assim como no Mais Saúde, as políticas públicas elaboradas e firmemente colocadas em prática, poderiam ir muito além de oferecer serviços de saúde universais e gratuitos. Elas poderiam criar vínculos com as comunidades, saber de suas preocupações, compreender suas necessidades específicas e, com isso, atuar de forma mais solidária e eficiente.
Ao testemunhar em primeira mão as dificuldades enfrentadas por aqueles que lutam para acessar os cuidados de saúde e o alívio nas soluções apresentadas, somos inspirados a defender políticas e iniciativas que promovam a equidade e a justiça na saúde.
No Mais Saúde tem sido assim: a cada oportunidade de fazer a diferença na vida de outras pessoas, mais sinto o desejo de contribuir ativamente para a ampliação dos serviços de saúde a todos os que necessitam. Não posso deixar de sonhar com o dia em que o atendimento prestado no Mais Saúde, por toda uma equipe que vive e se inspira naquilo que faz, estará ao alcance de todos os natalenses.