O deputado federal Sargento Gonçalves (PL-RN) rebateu nesta segunda-feira (15) as acusações feitas pela vereadora de Natal, Thabatta Pimenta (Psol), que o acusa de homofobia e transfobia após um discurso na tribuna da Câmara Municipal. O parlamentar afirmou que irá apresentar uma queixa-crime contra a vereadora, alegando calúnia e difamação.
Segundo Gonçalves, a polêmica começou após ele se referir a Thabatta como “vereador”, utilizando o pronome masculino em sua fala. O deputado argumenta que estava exercendo sua liberdade de expressão e prerrogativa parlamentar durante um discurso em defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro e do vereador Subtenente Eliabe (PL), também alvo de críticas nas redes sociais.
O parlamentar criticou o que chamou de “instrumentalização da pauta identitária” por parte da vereadora e afirmou que ela estaria utilizando o episódio como plataforma política, com vistas às eleições de 2026. “Ao invés de defender a população LGBTQIA+, Thabatta antecipou a campanha eleitoral e usou minha imagem para isso”, afirmou.
Durante o vídeo divulgado em suas redes sociais, Gonçalves também atacou a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que equipara homofobia e transfobia ao crime de injúria racial, afirmando que a corte “atua como um puxadinho da esquerda”.
O deputado negou qualquer comportamento discriminatório e desafiou Thabatta a apresentar provas de que ele tenha desrespeitado pessoas LGBTQIA+.
“Tenho amigos homossexuais desde o tempo da faculdade e sempre os respeitei. Nunca tratei disso de forma ofensiva ou preconceituosa”, pontuou.
Gonçalves reiterou que sua atuação parlamentar está pautada em princípios cristãos e conservadores e que foi eleito para representar essa parcela da população.
“Fui eleito para defender os cristãos, os valores da família e a liberdade religiosa. Isso está garantido na Constituição”, disse.
Ele ainda citou o artigo 53 da Constituição Federal, que garante inviolabilidade a deputados e senadores por suas opiniões, palavras e votos, como base para sua defesa.
“Se eu, como deputado, não posso exercer esse direito, o que resta ao cidadão comum?”, questionou o parlamentar.
Por fim, Gonçalves acusou partidos de esquerda, como PT, PSOL e PCdoB, de agirem de forma autoritária quando confrontados com opiniões divergentes.