A vereadora Samanda (PT) utilizou a tribuna da Câmara Municipal para abordar questões que, segundo ela, têm preocupado na gestão do prefeito Paulinho Freire. Em um discurso direto, Samanda fez duras críticas sobre o que ela chamou de “trem da alegria” envolvendo parte da administração municipal e a atuação de alguns secretários adjuntos, que, na sua visão, estariam deixando de cumprir suas funções para atuar como assessores políticos.
Em sua fala, Samanda mencionou o caso do secretário adjunto de Gestão Escolar, Adson Soares, que, de acordo com a vereadora, foi flagrado em uma agenda política ao lado do ex-prefeito Álvaro Dias, em pleno horário de expediente. “Parte da imprensa, porque não é toda imprensa que tem coragem de fazer isso, denunciou há uns dez dias que ele estava acompanhando o ex-prefeito durante o expediente”, afirmou.
A vereadora também trouxe à tona outro episódio envolvendo Rocínio Oliveira, presidente da Agência Reguladora, nomeado pelo ex-prefeito Álvaro Dias. Segundo Samanda, o secretário, que já foi afastado de seu cargo por polêmicas na campanha, também foi visto acompanhando agenda política durante o horário de trabalho.
Um dos momentos mais contundentes de seu discurso foi sobre o secretário adjunto de Política para as Mulheres, Saulo Spinelly, que, segundo Samanda, não assume sua função publicamente e sequer se identifica como responsável pela pasta em suas redes sociais. “Ele tem vergonha de ser secretário adjunto de Política para as Mulheres”, disparou a vereadora. Samanda apontou que a nomeação de Saulo e da irmã de Álvaro para a pasta seria parte de um pacote político, algo que ela considera inadequado para um cargo tão importante.
“Fica claro que ele não foi nomeado para cumprir uma função de secretário adjunto, que nem deveria ocupar,” afirmou Samanda, que também criticou a nomeação de pessoas pelo ex-prefeito Álvaro Dias para cargos públicos com o objetivo de agir como assessores políticos, e não desempenhar as funções para as quais foram designados.
A vereadora fez um apelo direto ao prefeito Paulinho Freire, cobrando uma postura firme em relação a essas nomeações e práticas. “É ele quem é o prefeito hoje, e deve enfrentar e não aceitar esse tipo de conduta”, destacou. Segundo Samanda, as nomeações têm um custo para o município, uma vez que essas pessoas estão sendo pagas com recursos públicos e não estão cumprindo suas atribuições como deveriam.