O senador Rogério Marinho (PL-RN) fez duras críticas à participação do presidente Lula (PT) na entrega da Barragem de Oiticica, marcada para esta quarta-feira (19), em Jucurutu, no Seridó potiguar. Segundo Marinho, o atual governo tenta se apropriar de uma obra praticamente concluída na gestão anterior, sem ter dado a devida contribuição para sua finalização.
De acordo com o senador, quando o governo Bolsonaro deixou o cargo, a barragem já estava com 93% das obras executadas, incluindo a construção das vilas rurais, estradas e estruturas de contenção. “O governo atual investiu apenas 7% do total. Lula chega agora para inaugurar uma obra praticamente pronta, que só não foi concluída antes por falta de ação do próprio Governo do Estado, responsável pela última etapa”, afirmou Marinho.
O ex-ministro do Desenvolvimento Regional destacou ainda que foram mais de R$ 300 milhões aportados durante sua gestão no MDR, garantindo o avanço significativo da obra. “A barragem vai beneficiar toda a região do Seridó, funcionando como um pulmão hídrico, e também fruto do nosso trabalho foi a Adutora do Seridó, que também deixamos em andamento”, acrescentou.
Marinho também apontou o que considera uma falta de disposição política da gestão estadual. “Não tiveram a competência ou vontade de permitir que concluíssemos a barragem. Fizeram de tudo para dificultar”, criticou.
A Barragem de Oiticica, um projeto antigo do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS), teve sua execução iniciada efetivamente apenas em 2017, após décadas de paralisações e retomadas. Com capacidade para armazenar mais de 550 milhões de metros cúbicos de água, a barragem tem papel estratégico no abastecimento hídrico, irrigação e desenvolvimento econômico do Seridó.
Para Marinho, a tentativa do atual governo de protagonizar a entrega da barragem revela oportunismo eleitoral. “É um esforço de marketing em cima de um trabalho que já estava pronto. O importante é que a população será beneficiada, mas é preciso deixar claro quem realmente se dedicou a essa realização”, concluiu.
*Com informações do “Tribuna do Norte”