A Receita Federal apreendeu, na tarde desta terça-feira (6), 70 canetas contendo o medicamento Mounjaro, utilizadas de forma irregular como “emagrecedores”, no Aeroporto Internacional de Natal. O material estava escondido nas roupas de um casal de passageiros que desembarcava de um voo internacional vindo de Portugal.
De acordo com a Receita, os dois viajantes, com idade estimada em 30 anos, não apresentaram qualquer prescrição médica para o uso do medicamento, cuja comercialização é proibida no Brasil. Além disso, a tentativa de ocultação do produto configura infração aduaneira, uma vez que os itens estavam escondidos propositalmente nas vestimentas.
O Mounjaro é um medicamento de uso controlado, indicado exclusivamente para o tratamento de diabetes tipo 2. Sua utilização exige prescrição médica e autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A importação sem essas exigências é considerada infração sanitária e está sujeita a sanções administrativas e criminais.
As canetas foram retidas para verificação da regularidade e encaminhadas aos procedimentos legais cabíveis. A Receita Federal tem alertado para o aumento das tentativas de entrada irregular desse tipo de produto no país, muitas vezes disfarçado em bagagens pessoais, pacotes de encomendas ou até mesmo escondido no corpo, como ocorreu neste caso.
Segundo apuração do órgão, a importação ilegal de canetas com Mounjaro tem se tornado frequente em aeroportos brasileiros. O alto valor de revenda é um dos principais atrativos: na Europa, uma caneta com dose mínima do medicamento custa cerca de R$ 1.200. No mercado clandestino brasileiro, esse valor pode quadruplicar, chegando a R$ 5 mil.
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