Professores da rede estadual iniciam greve por tempo indeterminado

Ícone de crédito Foto: Reprodução




Professores da rede pública estadual do Rio Grande do Norte deflagraram greve por tempo indeterminado a partir desta quarta-feira (26), após rejeitarem a proposta do governo estadual sobre o reajuste salarial da categoria. A paralisação, que ocorre 15 dias após o início do ano letivo de 2025, foi decidida em assembleia realizada na terça-feira (25) e afeta diversas escolas estaduais em Natal e no interior do estado.

Na manhã desta quarta-feira, escolas como a Floriano Cavalcanti e a Nestor Lima, na capital, amanheceram sem aulas. Na Escola Estadual Professor João Tiburcio, que oferece ensino em tempo integral, as atividades permaneceram normais pela manhã. De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinte), os professores foram orientados a se dirigir às escolas para dialogar com a comunidade escolar e explicar as razões da greve.

A decisão de entrar em greve vem após uma proposta do Governo do Estado, que sugeria o pagamento do reajuste de 6,27% de forma parcelada: 3% a ser aplicado na folha de abril e 3,25% na folha de dezembro. Os professores, no entanto, consideraram a proposta insuficiente e defenderam a aplicação imediata do reajuste, com pagamento retroativo, a partir de março.

Rejeição à proposta do governo

O governo do estado, por meio de uma nota divulgada na noite de terça-feira (25), afirmou que tem tratado o tema do reajuste salarial como uma prioridade e ressaltou a transparência nas negociações. De acordo com a nota, a proposta do governo visa garantir a aplicação do reajuste de 6,27% até o final de 2025, com um ganho acumulado de 98,25% para a categoria, considerando o período de 2019 a 2025. O governo destacou que, desde o início do mandato da governadora Fátima Bezerra, diversas reuniões foram realizadas com o Sinte, com o objetivo de garantir a integralidade e a paridade salarial.

Em suas redes sociais, a governadora Fátima Bezerra se manifestou sobre o assunto, afirmando que houve avanços nas negociações e que determinou à equipe econômica e jurídica do governo que busquem viabilizar o pagamento integral do reajuste para toda a categoria.

Apesar das tentativas de negociação, o Sinte se manteve firme em sua posição, destacando que a proposta do governo não atende às necessidades imediatas dos professores. A categoria exige a aplicação integral do reajuste de 6,27% em março, com o pagamento retroativo. O sindicato também afirmou que continuará a mobilização com assembleias regionais em diversas cidades do interior até a próxima sexta-feira (28).

Próximos passos

Até sexta-feira (28), o Sinte realizará novas assembleias regionais no interior do estado, e a greve permanecerá por tempo indeterminado. A expectativa dos professores é que o governo repense sua posição e busque uma solução rápida para evitar maiores danos ao ano letivo e à qualidade do ensino nas escolas estaduais.

Com a greve em curso, a principal preocupação de alunos, pais e educadores é a continuidade das atividades escolares e o impacto nas avaliações e no calendário letivo. A resolução desse impasse dependerá da mediação entre o governo estadual e os representantes da classe, com foco em uma solução que atenda às necessidades salariais dos professores e assegure a continuidade da educação pública no estado.


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Na manhã desta quarta-feira, escolas como a Floriano Cavalcanti e a Nestor Lima, na capital, amanheceram sem aulas. Na Escola Estadual Professor João Tiburcio, que oferece ensino em tempo integral, as atividades permaneceram normais pela manhã. De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinte), os professores foram orientados a se dirigir às escolas para dialogar com a comunidade escolar e explicar as razões da greve.

A decisão de entrar em greve vem após uma proposta do Governo do Estado, que sugeria o pagamento do reajuste de 6,27% de forma parcelada: 3% a ser aplicado na folha de abril e 3,25% na folha de dezembro. Os professores, no entanto, consideraram a proposta insuficiente e defenderam a aplicação imediata do reajuste, com pagamento retroativo, a partir de março.

Rejeição à proposta do governo

O governo do estado, por meio de uma nota divulgada na noite de terça-feira (25), afirmou que tem tratado o tema do reajuste salarial como uma prioridade e ressaltou a transparência nas negociações. De acordo com a nota, a proposta do governo visa garantir a aplicação do reajuste de 6,27% até o final de 2025, com um ganho acumulado de 98,25% para a categoria, considerando o período de 2019 a 2025. O governo destacou que, desde o início do mandato da governadora Fátima Bezerra, diversas reuniões foram realizadas com o Sinte, com o objetivo de garantir a integralidade e a paridade salarial.

Em suas redes sociais, a governadora Fátima Bezerra se manifestou sobre o assunto, afirmando que houve avanços nas negociações e que determinou à equipe econômica e jurídica do governo que busquem viabilizar o pagamento integral do reajuste para toda a categoria.

Apesar das tentativas de negociação, o Sinte se manteve firme em sua posição, destacando que a proposta do governo não atende às necessidades imediatas dos professores. A categoria exige a aplicação integral do reajuste de 6,27% em março, com o pagamento retroativo. O sindicato também afirmou que continuará a mobilização com assembleias regionais em diversas cidades do interior até a próxima sexta-feira (28).

Próximos passos

Até sexta-feira (28), o Sinte realizará novas assembleias regionais no interior do estado, e a greve permanecerá por tempo indeterminado. A expectativa dos professores é que o governo repense sua posição e busque uma solução rápida para evitar maiores danos ao ano letivo e à qualidade do ensino nas escolas estaduais.

Com a greve em curso, a principal preocupação de alunos, pais e educadores é a continuidade das atividades escolares e o impacto nas avaliações e no calendário letivo. A resolução desse impasse dependerá da mediação entre o governo estadual e os representantes da classe, com foco em uma solução que atenda às necessidades salariais dos professores e assegure a continuidade da educação pública no estado.

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