O ex-presidente Fernando Collor de Mello foi transferido para a Penitenciária Masculina Baldomero Cavalcanti de Oliveira, em Maceió (AL), após audiência de custódia realizada por videoconferência nesta sexta-feira (25). A unidade prisional, segundo relatório recente do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL) enviado ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ), enfrenta grave superlotação e apresenta condições consideradas “péssimas” pela Justiça.
Com capacidade projetada para abrigar 892 detentos, o presídio atualmente mantém 1.324 homens privados de liberdade. O dado é resultado da última inspeção feita pelo juiz corregedor do TJAL no local, em 2 de abril deste ano. Segundo o levantamento, o Baldomero Cavalcanti não possui detectores de metais nem bloqueadores de sinal de celulares, o que agrava a vulnerabilidade da segurança na unidade.

Dos internos, 133 estão detidos de forma provisória e 1.211 cumprem pena no regime fechado. Apesar do cenário precário, Collor ficará em cela individual, em uma ala separada dos demais apenados, conforme determinado pela Justiça.
A prisão do ex-presidente ocorreu por volta das 4h da manhã no aeroporto de Maceió, quando ele tentava embarcar para Brasília para se apresentar à Justiça. Em 2023, Collor foi condenado a 8 anos e 10 meses de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro, em processo derivado da Operação Lava Jato. O Supremo Tribunal Federal (STF) negou o recurso da defesa, tornando a sentença definitiva.

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