Preâmbulo – “Entre Jurisprudências e Dedadas”



Por Ivan Lenzi Jr.
Surfista e advogado nas horas vagas

Costuma-se dizer que a vida forense não é para os fracos. Advogar é, muitas vezes, conviver com o imprevisível: não apenas nas decisões dos tribunais, mas também nas histórias que os clientes trazem para o escritório. Como advogado, já vi de tudo — de heranças disputadas por papagaios até brigas por vagas de garagem. Mas foi em uma tarde comum, em meio à cansativa (e solitária) missão de buscar jurisprudência para embasar a defesa de um cliente, que me deparei com um acórdão que me fez parar.

A decisão era do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul. Um caso singular: o paciente alegava ter sido submetido a um exame de toque retal prolongado e, segundo ele, desnecessário. O médico, claro, alegava que agiu conforme os protocolos clínicos. O curioso — e pasmem! — é que, mesmo sem conseguir provar de forma objetiva que levou as famigeradas “dedadas indevidas”, o paciente venceu a ação. O tribunal reconheceu o desconforto psicológico e o constrangimento como legítimos, e fixou uma indenização razoável a título de danos morais.

Confesso que, após ler o acórdão, fechei o site de pesquisas de jurisprudências, e fiquei alguns minutos olhando para o nada. Há causas que desafiam a lógica, o bom senso e até os limites da técnica jurídica. E há histórias que, de tão insólitas, merecem sair dos autos e entrar para a crônica.

Foi assim que nasceram os dois textos a seguir: “A Segunda Dedada” e “O Caso Muito Profundo”. Não são apenas um exercício de humor, mas também um lembrete de que a realidade — sobretudo no Direito — muitas vezes ultrapassa qualquer ficção. E que, às vezes, até a justiça… entra por onde menos se espera

Crônica 1 – “A Segunda Dedada”

(versão em que o advogado aceita o caso)

Personagens:

  • Joselito da Silva, o sujeito desconfiado.
  • Dr. Leandro Peçanha, advogado criminalista de meia idade e olhar desconfiado.
  • Dr. Murilo Fontes, o primeiro médico.
  • Dr. Altamirando Rocha, o segundo médico.

Era uma tarde abafada quando Joselito da Silva adentrou o escritório de Dr. Leandro Peçanha. De camisa florida, calça de tactel e semblante apertado, sentou-se com um suspiro mais profundo que suas reflexões.

— Boa tarde, doutor. Vim falar de um assunto… delicado.

Dr. Leandro ajeitou os óculos, já acostumado com problemas cabeludos, mas não sabia que dessa vez o problema viria… de outra região.

Joselito contou sua história: o tombo de moto, a dor no saco, o exame de toque retal feito por Dr. Murilo Fontes. Até aí, tudo bem. Médico tem dessas coisas. Mas foi na segunda consulta que a coisa descambou: novo exame de toque. Quinze minutos. Quinze! Joselito cronometrara mentalmente cada segundo de sua agonia anal.

— Doutor, eu fui buscar um alívio e saí… invadido— Invadido? — indagou Dr. Leandro, com as sobrancelhas arqueadas.— Senti como se estivessem tocando na minha alma pelo caminho errado.

Dr. Leandro, tentando manter a compostura, perguntou:

— Você tem certeza de que foram quinze minutos ou estava apenas… emocionalmente dilatado?— Doutor, se eu tivesse pedido uma massagem, teria pago um spa— O senhor emitiu algum gemido durante o exame?— De dor. Gemido de dor!— Havia música ambiente?

Joselito o olhou, ofendido.

— Doutor, isso é sério. Aquilo não foi medicina. Aquilo foi sacanagem com CRM.

Dr. Leandro respirou fundo. Passou a mão na testa e disse:

— Olha, Joselito… esse é um caso… profundamente intrigante. Tem nuances… camadas… e dobras jurídicas. Mas sim — eu topo. Vamos fazer esse médico explicar cada segundo dessa dedada alongada.

Joselito suspirou aliviado.

— Obrigado, doutor. Eu só queria justiça no meu rabo.

Crônica 2 – “O Caso Muito Profundo”

(versão em que o advogado recusa o caso)

Joselito da Silva chegou com cara de quem tinha sido traído pelo próprio corpo — ou por alguém que dele se aproveitou em nome da medicina Dr. Leandro Peçanha, advogado calejado, já lidara com casos de estelionato, adultério, briga de vizinho por cachorro latidor. Mas nada o prepararia para aquela tarde.

— Doutor, é sobre um exame. Ou melhor, DOIS exames. No reto.

— Continue… — disse o advogado, meio arrependido de ter oferecido café.

Joselito explicou com riqueza de detalhes: o acidente de moto, a dor nos bagos, a consulta com Dr. Murilo, o toque retal. Tudo bem. Mas o que o incomodava era o segundo exame. Quinze minutos de invasão.

— Doutor, no segundo toque… ele demorou. Girava o dedo. Respirava.— Respirava?— Sim. Como quem estava em transe.

— O senhor respondeu algum “ah”?— Eu disse “ai”. Alto. Mas ele disse que era normal— Havia luvas? Lubrificante?— Havia. Mas mesmo assim, senti… senti que não era necessário. E sabe como eu sei?

— Como?

— Porque procurei outro médico, Dr. Altamirando. Ele viu os exames e disse: “pra quê toque? Isso aí é só dor referida.”

Dr. Leandro cruzou os braços. Coçou o queixo.

— Joselito, vou ser sincero: isso é um caso muito profundo. Em todos os sentidos.— Mas o senhor acha que posso ganhar?— Olha… a medicina é cheia de subjetividades. E culhões sensíveis nem sempre convencem juízes.

— Mas doutor, foi constrangedor!— Sim, mas… não houve testemunha, não há gravação, e… digamos que… o exame, embora demorado, pode ser defendido como técnica médica.

— Então o senhor não vai me defender?

— Joselito… nesse caso, eu prefiro… não me envolver. É muito difícil provar má-fé num toque bem executado.— Bem executado?— Quero dizer… juridicamente completo.

Joselito se levantou, resignado.

— Então vou ter que viver com essa dedada… impune?— Às vezes, Joselito, a justiça… é analógica. Não digital.

Saíram os dois com passos lentos. Um com dor no traseiro. O outro com dor de cabeça.

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Preâmbulo – “Entre Jurisprudências e Dedadas”

Por Ivan Lenzi Jr.
Surfista e advogado nas horas vagas

Costuma-se dizer que a vida forense não é para os fracos. Advogar é, muitas vezes, conviver com o imprevisível: não apenas nas decisões dos tribunais, mas também nas histórias que os clientes trazem para o escritório. Como advogado, já vi de tudo — de heranças disputadas por papagaios até brigas por vagas de garagem. Mas foi em uma tarde comum, em meio à cansativa (e solitária) missão de buscar jurisprudência para embasar a defesa de um cliente, que me deparei com um acórdão que me fez parar.

A decisão era do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul. Um caso singular: o paciente alegava ter sido submetido a um exame de toque retal prolongado e, segundo ele, desnecessário. O médico, claro, alegava que agiu conforme os protocolos clínicos. O curioso — e pasmem! — é que, mesmo sem conseguir provar de forma objetiva que levou as famigeradas “dedadas indevidas”, o paciente venceu a ação. O tribunal reconheceu o desconforto psicológico e o constrangimento como legítimos, e fixou uma indenização razoável a título de danos morais.

Confesso que, após ler o acórdão, fechei o site de pesquisas de jurisprudências, e fiquei alguns minutos olhando para o nada. Há causas que desafiam a lógica, o bom senso e até os limites da técnica jurídica. E há histórias que, de tão insólitas, merecem sair dos autos e entrar para a crônica.

Foi assim que nasceram os dois textos a seguir: “A Segunda Dedada” e “O Caso Muito Profundo”. Não são apenas um exercício de humor, mas também um lembrete de que a realidade — sobretudo no Direito — muitas vezes ultrapassa qualquer ficção. E que, às vezes, até a justiça… entra por onde menos se espera

Crônica 1 – “A Segunda Dedada”

(versão em que o advogado aceita o caso)

Personagens:

  • Joselito da Silva, o sujeito desconfiado.
  • Dr. Leandro Peçanha, advogado criminalista de meia idade e olhar desconfiado.
  • Dr. Murilo Fontes, o primeiro médico.
  • Dr. Altamirando Rocha, o segundo médico.

Era uma tarde abafada quando Joselito da Silva adentrou o escritório de Dr. Leandro Peçanha. De camisa florida, calça de tactel e semblante apertado, sentou-se com um suspiro mais profundo que suas reflexões.

— Boa tarde, doutor. Vim falar de um assunto… delicado.

Dr. Leandro ajeitou os óculos, já acostumado com problemas cabeludos, mas não sabia que dessa vez o problema viria… de outra região.

Joselito contou sua história: o tombo de moto, a dor no saco, o exame de toque retal feito por Dr. Murilo Fontes. Até aí, tudo bem. Médico tem dessas coisas. Mas foi na segunda consulta que a coisa descambou: novo exame de toque. Quinze minutos. Quinze! Joselito cronometrara mentalmente cada segundo de sua agonia anal.

— Doutor, eu fui buscar um alívio e saí… invadido— Invadido? — indagou Dr. Leandro, com as sobrancelhas arqueadas.— Senti como se estivessem tocando na minha alma pelo caminho errado.

Dr. Leandro, tentando manter a compostura, perguntou:

— Você tem certeza de que foram quinze minutos ou estava apenas… emocionalmente dilatado?— Doutor, se eu tivesse pedido uma massagem, teria pago um spa— O senhor emitiu algum gemido durante o exame?— De dor. Gemido de dor!— Havia música ambiente?

Joselito o olhou, ofendido.

— Doutor, isso é sério. Aquilo não foi medicina. Aquilo foi sacanagem com CRM.

Dr. Leandro respirou fundo. Passou a mão na testa e disse:

— Olha, Joselito… esse é um caso… profundamente intrigante. Tem nuances… camadas… e dobras jurídicas. Mas sim — eu topo. Vamos fazer esse médico explicar cada segundo dessa dedada alongada.

Joselito suspirou aliviado.

— Obrigado, doutor. Eu só queria justiça no meu rabo.

Crônica 2 – “O Caso Muito Profundo”

(versão em que o advogado recusa o caso)

Joselito da Silva chegou com cara de quem tinha sido traído pelo próprio corpo — ou por alguém que dele se aproveitou em nome da medicina Dr. Leandro Peçanha, advogado calejado, já lidara com casos de estelionato, adultério, briga de vizinho por cachorro latidor. Mas nada o prepararia para aquela tarde.

— Doutor, é sobre um exame. Ou melhor, DOIS exames. No reto.

— Continue… — disse o advogado, meio arrependido de ter oferecido café.

Joselito explicou com riqueza de detalhes: o acidente de moto, a dor nos bagos, a consulta com Dr. Murilo, o toque retal. Tudo bem. Mas o que o incomodava era o segundo exame. Quinze minutos de invasão.

— Doutor, no segundo toque… ele demorou. Girava o dedo. Respirava.— Respirava?— Sim. Como quem estava em transe.

— O senhor respondeu algum “ah”?— Eu disse “ai”. Alto. Mas ele disse que era normal— Havia luvas? Lubrificante?— Havia. Mas mesmo assim, senti… senti que não era necessário. E sabe como eu sei?

— Como?

— Porque procurei outro médico, Dr. Altamirando. Ele viu os exames e disse: “pra quê toque? Isso aí é só dor referida.”

Dr. Leandro cruzou os braços. Coçou o queixo.

— Joselito, vou ser sincero: isso é um caso muito profundo. Em todos os sentidos.— Mas o senhor acha que posso ganhar?— Olha… a medicina é cheia de subjetividades. E culhões sensíveis nem sempre convencem juízes.

— Mas doutor, foi constrangedor!— Sim, mas… não houve testemunha, não há gravação, e… digamos que… o exame, embora demorado, pode ser defendido como técnica médica.

— Então o senhor não vai me defender?

— Joselito… nesse caso, eu prefiro… não me envolver. É muito difícil provar má-fé num toque bem executado.— Bem executado?— Quero dizer… juridicamente completo.

Joselito se levantou, resignado.

— Então vou ter que viver com essa dedada… impune?— Às vezes, Joselito, a justiça… é analógica. Não digital.

Saíram os dois com passos lentos. Um com dor no traseiro. O outro com dor de cabeça.


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Preâmbulo – “Entre Jurisprudências e Dedadas”

Por Ivan Lenzi Jr.
Surfista e advogado nas horas vagas

Costuma-se dizer que a vida forense não é para os fracos. Advogar é, muitas vezes, conviver com o imprevisível: não apenas nas decisões dos tribunais, mas também nas histórias que os clientes trazem para o escritório. Como advogado, já vi de tudo — de heranças disputadas por papagaios até brigas por vagas de garagem. Mas foi em uma tarde comum, em meio à cansativa (e solitária) missão de buscar jurisprudência para embasar a defesa de um cliente, que me deparei com um acórdão que me fez parar.

A decisão era do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul. Um caso singular: o paciente alegava ter sido submetido a um exame de toque retal prolongado e, segundo ele, desnecessário. O médico, claro, alegava que agiu conforme os protocolos clínicos. O curioso — e pasmem! — é que, mesmo sem conseguir provar de forma objetiva que levou as famigeradas “dedadas indevidas”, o paciente venceu a ação. O tribunal reconheceu o desconforto psicológico e o constrangimento como legítimos, e fixou uma indenização razoável a título de danos morais.

Confesso que, após ler o acórdão, fechei o site de pesquisas de jurisprudências, e fiquei alguns minutos olhando para o nada. Há causas que desafiam a lógica, o bom senso e até os limites da técnica jurídica. E há histórias que, de tão insólitas, merecem sair dos autos e entrar para a crônica.

Foi assim que nasceram os dois textos a seguir: “A Segunda Dedada” e “O Caso Muito Profundo”. Não são apenas um exercício de humor, mas também um lembrete de que a realidade — sobretudo no Direito — muitas vezes ultrapassa qualquer ficção. E que, às vezes, até a justiça… entra por onde menos se espera

Crônica 1 – “A Segunda Dedada”

(versão em que o advogado aceita o caso)

Personagens:

  • Joselito da Silva, o sujeito desconfiado.
  • Dr. Leandro Peçanha, advogado criminalista de meia idade e olhar desconfiado.
  • Dr. Murilo Fontes, o primeiro médico.
  • Dr. Altamirando Rocha, o segundo médico.

Era uma tarde abafada quando Joselito da Silva adentrou o escritório de Dr. Leandro Peçanha. De camisa florida, calça de tactel e semblante apertado, sentou-se com um suspiro mais profundo que suas reflexões.

— Boa tarde, doutor. Vim falar de um assunto… delicado.

Dr. Leandro ajeitou os óculos, já acostumado com problemas cabeludos, mas não sabia que dessa vez o problema viria… de outra região.

Joselito contou sua história: o tombo de moto, a dor no saco, o exame de toque retal feito por Dr. Murilo Fontes. Até aí, tudo bem. Médico tem dessas coisas. Mas foi na segunda consulta que a coisa descambou: novo exame de toque. Quinze minutos. Quinze! Joselito cronometrara mentalmente cada segundo de sua agonia anal.

— Doutor, eu fui buscar um alívio e saí… invadido— Invadido? — indagou Dr. Leandro, com as sobrancelhas arqueadas.— Senti como se estivessem tocando na minha alma pelo caminho errado.

Dr. Leandro, tentando manter a compostura, perguntou:

— Você tem certeza de que foram quinze minutos ou estava apenas… emocionalmente dilatado?— Doutor, se eu tivesse pedido uma massagem, teria pago um spa— O senhor emitiu algum gemido durante o exame?— De dor. Gemido de dor!— Havia música ambiente?

Joselito o olhou, ofendido.

— Doutor, isso é sério. Aquilo não foi medicina. Aquilo foi sacanagem com CRM.

Dr. Leandro respirou fundo. Passou a mão na testa e disse:

— Olha, Joselito… esse é um caso… profundamente intrigante. Tem nuances… camadas… e dobras jurídicas. Mas sim — eu topo. Vamos fazer esse médico explicar cada segundo dessa dedada alongada.

Joselito suspirou aliviado.

— Obrigado, doutor. Eu só queria justiça no meu rabo.

Crônica 2 – “O Caso Muito Profundo”

(versão em que o advogado recusa o caso)

Joselito da Silva chegou com cara de quem tinha sido traído pelo próprio corpo — ou por alguém que dele se aproveitou em nome da medicina Dr. Leandro Peçanha, advogado calejado, já lidara com casos de estelionato, adultério, briga de vizinho por cachorro latidor. Mas nada o prepararia para aquela tarde.

— Doutor, é sobre um exame. Ou melhor, DOIS exames. No reto.

— Continue… — disse o advogado, meio arrependido de ter oferecido café.

Joselito explicou com riqueza de detalhes: o acidente de moto, a dor nos bagos, a consulta com Dr. Murilo, o toque retal. Tudo bem. Mas o que o incomodava era o segundo exame. Quinze minutos de invasão.

— Doutor, no segundo toque… ele demorou. Girava o dedo. Respirava.— Respirava?— Sim. Como quem estava em transe.

— O senhor respondeu algum “ah”?— Eu disse “ai”. Alto. Mas ele disse que era normal— Havia luvas? Lubrificante?— Havia. Mas mesmo assim, senti… senti que não era necessário. E sabe como eu sei?

— Como?

— Porque procurei outro médico, Dr. Altamirando. Ele viu os exames e disse: “pra quê toque? Isso aí é só dor referida.”

Dr. Leandro cruzou os braços. Coçou o queixo.

— Joselito, vou ser sincero: isso é um caso muito profundo. Em todos os sentidos.— Mas o senhor acha que posso ganhar?— Olha… a medicina é cheia de subjetividades. E culhões sensíveis nem sempre convencem juízes.

— Mas doutor, foi constrangedor!— Sim, mas… não houve testemunha, não há gravação, e… digamos que… o exame, embora demorado, pode ser defendido como técnica médica.

— Então o senhor não vai me defender?

— Joselito… nesse caso, eu prefiro… não me envolver. É muito difícil provar má-fé num toque bem executado.— Bem executado?— Quero dizer… juridicamente completo.

Joselito se levantou, resignado.

— Então vou ter que viver com essa dedada… impune?— Às vezes, Joselito, a justiça… é analógica. Não digital.

Saíram os dois com passos lentos. Um com dor no traseiro. O outro com dor de cabeça.



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