A atleta potiguar Maria Clara Augusto escreveu seu nome na história do atletismo paralímpico brasileiro ao conquistar sua primeira medalha de ouro em Campeonatos Mundiais. Natural de São Paulo do Potengi, ela venceu a prova dos 400 metros da classe T47 para deficientes de membros superiores no Mundial realizado em Nova Déli, na Índia.

Maria Clara estabeleceu novo recorde pessoal ao completar a prova em 56 segundos e 17 centésimos, superando a atleta de país neutro Anastasiia Soloveva, que registrou 57s63, e a alemã Jule Ross, com 57s78. Esta conquista representa sua segunda medalha na competição, seguindo a prata obtida nos 100 metros rasos na última segunda-feira. A trajetória da atleta inclui ainda um bronze conquistado no Mundial de Paris em 2023.

A potiguar, que possui má-formação congênita no braço esquerdo, iniciou sua jornada no atletismo aos onze anos através de um projeto social em sua cidade natal. Seu talento foi identificado no ano seguinte quando participou das seletivas para as Paralimpíadas Escolares. Seu palmarés inclui conquistas expressivas como a medalha de prata nos 400 metros nos Jogos Parapan-Americanos de Santiago 2023 e o ouro nos 100 metros no Open Internacional de atletismo do mesmo ano.

O Rio Grande do Norte celebrou dupla conquista no evento, com Thalita Simplício também subindo ao lugar mais alto do pódio nos 400 metros da classe T11. Com esta vitória, Thalita ingressou no seleto grupo de brasileiros que alcançaram quatro títulos mundiais consecutivos na modalidade.