Potiguar dirige entidade alvo da PF por suspeita de fraudes milionárias no INSS

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Ícone de crédito Foto: Reprodução

A Confederação Brasileira dos Trabalhadores da Pesca e Aquicultura (CBPA), presidida pelo potiguar Abraão Lincoln, é alvo de uma investigação da Polícia Federal (PF) por supostamente integrar um esquema de fraude envolvendo aposentadorias do INSS. Lincoln, ex-líder do Republicanos no Rio Grande do Norte e candidato a deputado federal em 2018, está sob suspeita de comandar uma organização que teria falsificado filiações em massa para obter ganhos ilegais com descontos em benefícios previdenciários. As informações foram publicadas pelo portal Metrópoles.

De acordo com a PF, a CBPA, que não possuía um único filiado em 2022, fechou um acordo com o INSS naquele mesmo ano, passando a ter mais de 340 mil associados em 2023, com arrecadação de R$ 57,8 milhões. No primeiro trimestre de 2024, já eram 445 mil filiados e R$ 41,2 milhões em faturamento. A Controladoria-Geral da União (CGU) aponta que a confederação não tem estrutura para prestar serviços a tantos associados, levantando fortes indícios de fraude nas filiações.

Abraão Lincoln, que mantém laços políticos com figuras influentes do Republicanos — como o presidente nacional Marcos Pereira e o deputado Marcelo Crivella (RJ) —, também manifestou apoio público à candidatura de Hugo Motta à presidência da Câmara dos Deputados.

As investigações apontam que a CBPA teria subornado servidores do INSS, incluindo familiares de altos funcionários, como a esposa do procurador-geral Virgílio Oliveira Filho e o filho do ex-diretor de benefícios André Fidelis. Este último foi afastado após ser revelado que recebeu pagamentos para comparecer a eventos da confederação.

Outro nome envolvido é o de Guilherme Serrano, ex-presidente do INSS no governo Bolsonaro. A PF apurou que ele participou da reunião que aprovou o acordo entre a CBPA e o instituto e, posteriormente, assinou o documento já no cargo, o que pode configurar conflito de interesses.

As denúncias ganharam força após uma série de reportagens do portal Metrópoles, publicadas desde dezembro de 2023, que expuseram o crescimento suspeito de entidades que arrecadavam bilhões por meio de descontos em aposentadorias. O caso levou à Operação Sem Desconto, deflagrada em abril de 2024, que resultou na saída do então presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, e do ministro da Previdência, Carlos Lupi.



Potiguar dirige entidade alvo da PF por suspeita de fraudes milionárias no INSS

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A Confederação Brasileira dos Trabalhadores da Pesca e Aquicultura (CBPA), presidida pelo potiguar Abraão Lincoln, é alvo de uma investigação da Polícia Federal (PF) por supostamente integrar um esquema de fraude envolvendo aposentadorias do INSS. Lincoln, ex-líder do Republicanos no Rio Grande do Norte e candidato a deputado federal em 2018, está sob suspeita de comandar uma organização que teria falsificado filiações em massa para obter ganhos ilegais com descontos em benefícios previdenciários. As informações foram publicadas pelo portal Metrópoles.

De acordo com a PF, a CBPA, que não possuía um único filiado em 2022, fechou um acordo com o INSS naquele mesmo ano, passando a ter mais de 340 mil associados em 2023, com arrecadação de R$ 57,8 milhões. No primeiro trimestre de 2024, já eram 445 mil filiados e R$ 41,2 milhões em faturamento. A Controladoria-Geral da União (CGU) aponta que a confederação não tem estrutura para prestar serviços a tantos associados, levantando fortes indícios de fraude nas filiações.

Abraão Lincoln, que mantém laços políticos com figuras influentes do Republicanos — como o presidente nacional Marcos Pereira e o deputado Marcelo Crivella (RJ) —, também manifestou apoio público à candidatura de Hugo Motta à presidência da Câmara dos Deputados.

As investigações apontam que a CBPA teria subornado servidores do INSS, incluindo familiares de altos funcionários, como a esposa do procurador-geral Virgílio Oliveira Filho e o filho do ex-diretor de benefícios André Fidelis. Este último foi afastado após ser revelado que recebeu pagamentos para comparecer a eventos da confederação.

Outro nome envolvido é o de Guilherme Serrano, ex-presidente do INSS no governo Bolsonaro. A PF apurou que ele participou da reunião que aprovou o acordo entre a CBPA e o instituto e, posteriormente, assinou o documento já no cargo, o que pode configurar conflito de interesses.

As denúncias ganharam força após uma série de reportagens do portal Metrópoles, publicadas desde dezembro de 2023, que expuseram o crescimento suspeito de entidades que arrecadavam bilhões por meio de descontos em aposentadorias. O caso levou à Operação Sem Desconto, deflagrada em abril de 2024, que resultou na saída do então presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, e do ministro da Previdência, Carlos Lupi.


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