Petroleiros do RN aderem à greve nacional contra mudanças na Petrobrás e lutam por melhores condições

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Ícone de crédito Foto: SIndipetro RN

Trabalhadores paralisam atividades contra cortes na PLR, riscos com benzeno e entrega da Margem Equatorial a multinacionais; home office também faz parte das reinvidicações

“Essa greve é um grito de alerta. A Petrobrás está sendo desmontada e nós, trabalhadores, somos os primeiros a sentir”. A fala de Marcos Brasil, coordenador do SINDIPETRO-RN, sintetiza o clima da paralisação nacional dos petroleiros desde a última quarta-feira (26), e que teve forte adesão no Rio Grande do Norte.

Enquanto funcionários do Edifício Sede (Edirn) ocupavam as escadarias do prédio em Natal, quem estava em home office aderiu à greve de forma inédita: “A gente busca a retomada do diálogo entre a diretoria e as entidades sindicais e a categoria.”, afirmou o coordenador do sindicato.

“Outra coisa que a gente reivindica é a liberação da licença para Petrobras produzir petróleo na margem equatorial. Já tem empresas lá dos Estados Unidos, da França, da Noruega, por exemplo, tirando nosso petróleo a partir da Guiana e o Brasil a Petrobras não tem a liberação para tirar. Então são nossas riquezas sendo saqueadas para outros países, sendo que a gente tem uma empresa nacional que poderia produzir essa riqueza para o Brasil.”, disse o coordenador do SINDIPETRO RN a O Potengi.

PLR cortada em 31%

O principal gatilho da mobilização foi o anúncio da redução da Participação nos Lucros e Resultados (PLR). “A diretoria tá reduzindo a PLR 2024, paga agora em 2025, em 31%. Em dezembro, a diretoria liberou um simulador para os petroleiros, quando eles fizeram a simulação, deu um valor bem elevado. Quando foi agora para pagar o real, ela disse que vai ser 31% a menos, ela enganou toda a categoria, enganou os sindicatos e enganou as federações, a FUP e FNP.” acusa Brasil.

Benzeno: “Estão brincando com nossa vida”

O risco químico também unificou os protestos. “o benzeno, que é aquele produto químico que é liberado pela gasolina, o cheiro da gasolina. Os estudos médicos mostram que o ser humano não pode ser exposto ao benzeno. Eles estão querendo criar uma norma federal estabelecendo um limite máximo de exposição seguro, só que não existe limite de exposição seguro. Qualquer exposição do ser humano ao benzeno é mortal, ele é venenoso, então queremos que seja mantida a regra de hoje, exposição zero ao benzeno.”

Autoritarismo e condições de trabalho

Brasil criticou a imposição de mudanças sem diálogo, como a troca de refeitórios por cartões-alimentação em unidades remotas e o aumento de dias presenciais no teletrabalho. “São decisões autoritárias que impactam milhares de vidas”, disse.

Acidentes fatais em instalações da Petrobrás também motivam o protesto. Trabalhadores exigem investimentos em segurança após mortes recentes.

A greve ocorre em meio a tensões entre sindicatos e a gestão Chambriard, acusada de esvaziar negociações coletivas. A FUP (Federação Única dos Petroleiros) reforça que a mobilização deve pressionar a empresa a retomar o diálogo.

No próxima quarta-feira (02) haverá reunião entre a direção da estatal com representantes dos trabalhadores.



Petroleiros do RN aderem à greve nacional contra mudanças na Petrobrás e lutam por melhores condições

Ícone de crédito Foto: SIndipetro RN

Trabalhadores paralisam atividades contra cortes na PLR, riscos com benzeno e entrega da Margem Equatorial a multinacionais; home office também faz parte das reinvidicações

“Essa greve é um grito de alerta. A Petrobrás está sendo desmontada e nós, trabalhadores, somos os primeiros a sentir”. A fala de Marcos Brasil, coordenador do SINDIPETRO-RN, sintetiza o clima da paralisação nacional dos petroleiros desde a última quarta-feira (26), e que teve forte adesão no Rio Grande do Norte.

Enquanto funcionários do Edifício Sede (Edirn) ocupavam as escadarias do prédio em Natal, quem estava em home office aderiu à greve de forma inédita: “A gente busca a retomada do diálogo entre a diretoria e as entidades sindicais e a categoria.”, afirmou o coordenador do sindicato.

“Outra coisa que a gente reivindica é a liberação da licença para Petrobras produzir petróleo na margem equatorial. Já tem empresas lá dos Estados Unidos, da França, da Noruega, por exemplo, tirando nosso petróleo a partir da Guiana e o Brasil a Petrobras não tem a liberação para tirar. Então são nossas riquezas sendo saqueadas para outros países, sendo que a gente tem uma empresa nacional que poderia produzir essa riqueza para o Brasil.”, disse o coordenador do SINDIPETRO RN a O Potengi.

PLR cortada em 31%

O principal gatilho da mobilização foi o anúncio da redução da Participação nos Lucros e Resultados (PLR). “A diretoria tá reduzindo a PLR 2024, paga agora em 2025, em 31%. Em dezembro, a diretoria liberou um simulador para os petroleiros, quando eles fizeram a simulação, deu um valor bem elevado. Quando foi agora para pagar o real, ela disse que vai ser 31% a menos, ela enganou toda a categoria, enganou os sindicatos e enganou as federações, a FUP e FNP.” acusa Brasil.

Benzeno: “Estão brincando com nossa vida”

O risco químico também unificou os protestos. “o benzeno, que é aquele produto químico que é liberado pela gasolina, o cheiro da gasolina. Os estudos médicos mostram que o ser humano não pode ser exposto ao benzeno. Eles estão querendo criar uma norma federal estabelecendo um limite máximo de exposição seguro, só que não existe limite de exposição seguro. Qualquer exposição do ser humano ao benzeno é mortal, ele é venenoso, então queremos que seja mantida a regra de hoje, exposição zero ao benzeno.”

Autoritarismo e condições de trabalho

Brasil criticou a imposição de mudanças sem diálogo, como a troca de refeitórios por cartões-alimentação em unidades remotas e o aumento de dias presenciais no teletrabalho. “São decisões autoritárias que impactam milhares de vidas”, disse.

Acidentes fatais em instalações da Petrobrás também motivam o protesto. Trabalhadores exigem investimentos em segurança após mortes recentes.

A greve ocorre em meio a tensões entre sindicatos e a gestão Chambriard, acusada de esvaziar negociações coletivas. A FUP (Federação Única dos Petroleiros) reforça que a mobilização deve pressionar a empresa a retomar o diálogo.

No próxima quarta-feira (02) haverá reunião entre a direção da estatal com representantes dos trabalhadores.


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