A Petrobras anunciou, em 31 de outubro de 2025, uma redução média de 1,7% no preço do gás natural fornecido às distribuidoras, com efeito a partir de 1º de novembro. Embora o percentual pareça modesto, a medida é considerada estratégica para o setor energético e industrial brasileiro, com potencial de aliviar custos e estimular novos investimentos.
A redução segue os contratos trimestrais firmados pela estatal, que ajustam os valores com base nas variações do preço internacional do petróleo Brent e na taxa de câmbio. No trimestre mais recente, o Brent registrou alta de 2,18%, mas a valorização de 3,83% do real frente ao dólar compensou o aumento, resultando na queda do preço do gás natural.
A medida não afeta o preço do gás liquefeito de petróleo (GLP), o gás de botijão, que segue outra dinâmica de mercado. O impacto será sentido principalmente pelas distribuidoras e pela indústria, que utiliza o gás natural como fonte de energia e insumo produtivo em segmentos como siderurgia, cerâmica, papel e celulose, alimentos e bebidas.
Especialistas avaliam que a redução pode fortalecer a competitividade das empresas brasileiras, diminuindo custos operacionais e abrindo espaço para o aumento da produtividade. No setor elétrico, a queda do preço do gás também pode baratear a geração termoelétrica, ampliando a viabilidade econômica de usinas movidas a gás, especialmente em períodos de escassez hídrica.
A Petrobras destacou que a política de reajustes trimestrais visa garantir previsibilidade e transparência ao mercado, permitindo que distribuidores e consumidores industriais planejem melhor suas operações. A estatal reforçou ainda o compromisso de manter equilíbrio entre rentabilidade e acesso à energia.
Em um cenário internacional marcado por instabilidades geopolíticas e flutuações no preço do petróleo, a valorização do real foi o fator determinante para a redução atual. Analistas indicam que, caso essa tendência se mantenha, novas reduções poderão ocorrer nos próximos trimestres.
A decisão da Petrobras reforça o papel do gás natural como um componente estratégico na matriz energética nacional. Ao alinhar sua política de preços às condições de mercado e manter previsibilidade nas revisões, a empresa busca consolidar o setor como um pilar de desenvolvimento econômico e segurança energética no Brasil.






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