Todo ano, a mesma coisa acontece: desde 1992, a ONU recoloca o tema do bloqueio a Cuba em votação na Assembleia Geral das Nações Unidas, e, como já é praxe, a resolução “Necessidade de pôr fim ao bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto pelos Estados Unidos contra Cuba” é aprovada, com pouquíssimos votos contrários.
Neste ano, a votação resultou em 165 votos favoráveis a Cuba, contra 12 abstenções e 7 votos contrários. Essa última posição só costumava ser assumida pelos Estados Unidos e Israel, com presenças eventuais de outros países. Neste ano, o número cresceu: Argentina, Paraguai, Ucrânia, Macedônia do Norte e Hungria, que costumavam votar pró-Cuba mudaram suas posições. Os cubanos alegam que os EUA exerceram uma pressão intimidatória sobre países menores para que eles votassem contra a resolução ou se abstivessem.
O documento aprovado afirma que somente entre março de 2023 e fevereiro de 2024, o bloqueio provocou em Cuba perdas materiais estimadas em 7,5 bilhões de dólares. Cuba está bloqueada no âmbito comercial, econômico e financeiro por meio de vários dispositivos há décadas, dentre os quais se destacam a Lei Torriceli e a Lei Helms-Burton, ambos estabelecendo restrições e punições a governos, países e cidadãos que mantiverem relações comerciais com cubanos.






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