O ex-presidente dos Estados Unidos Jimmy Carter faleceu neste domingo (29), aos 100 anos, em sua cidade natal de Plains, na Geórgia. A informação foi confirmada pelo Carter Center, que destacou que Carter estava cercado por sua família no momento de sua morte. Ele foi o 39º presidente dos EUA, governando de 1977 a 1981, e deixou um legado notável como defensor dos direitos humanos.
Jimmy Carter é amplamente reconhecido por seu compromisso com a diplomacia e a paz global. Durante sua presidência, foi fundamental na mediação dos Acordos de Camp David, em 1978, que estabeleceram um marco histórico ao promover a paz entre Egito e Israel. Por esse e outros esforços, recebeu o Prêmio Nobel da Paz em 2002, em reconhecimento a décadas de trabalho em prol da resolução de conflitos internacionais e da promoção dos direitos humanos.
Após deixar a Casa Branca, Carter intensificou suas atividades humanitárias, fundando o Carter Center ao lado de sua esposa, Rosalynn Carter. A organização se destacou por sua atuação em questões como a promoção da paz, o monitoramento de eleições em países em desenvolvimento e o combate a doenças tropicais negligenciadas.
A vida de Carter foi marcada por desafios de saúde nos últimos anos. Ele superou um câncer cerebral em 2015 e enfrentou complicações graves em 2019, incluindo uma cirurgia para aliviar a pressão no cérebro. Esses problemas acabaram forçando-o a encerrar sua longa tradição de ensinar na escola dominical da Igreja Batista Maranatha, em Plains.
Mesmo assim, Carter manteve seu espírito resiliente e continuou inspirando gerações com sua dedicação ao serviço público e à fé.