Melhor prevenir que remediar



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Uma resposta para “Melhor prevenir que remediar”

  1. Avatar de Ana Regina

    Amei esse texto! Assunto muito pertinente e abordado com coerência e na medida certa. Parabéns!

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Olá, queridos! Como vão?

Geralmente, a escolha do tema da nossa conversa quinzenal não é algo que planejo com muita antecedência. Pelo contrário. Como meu ponto de vista é de quem está no caminho do autoconhecimento, os acontecimentos diários e as lições que podem surgir de cada situação vivida é que vão determinar a maioria dos assuntos que trago aqui.

Desde o início deixei claro a vocês que falo não com o respaldo de quem tem formação acadêmica na área, mas sim que o que conheço vem do meu aprendizado no dia a dia. Posso até ler e me informar sobre isso, mas tenho o conhecimento empírico como uma significativa fonte de ideias e inspirações para os temas dos textos dessa coluna.

O texto dessa semana me ocorreu por conta de uma questão de saúde que tive, nada grave, e que me fez lembrar algo há muito aprendido: que meu corpo fala comigo e eu preciso estar atenta para ouvir e entender o que ele quer dizer.

(É sério que ela disse isso? Endoidou de vez!)

É isso mesmo que eu disse. Nosso corpo fala conosco, sim. Em sua própria linguagem, por vezes gentil, por vezes duro, mas ele encontra sua forma de nos dizer o que precisa e indicar o que devemos fazer.

Por acaso, já aconteceu com vocês, alguma vez, de estar sentindo um mal estar físico e do nada bate aquela vontade de comer algo bem específico? Pode até ser algo que nem têm o costume de comer. Comigo, isso acontece quando me ataca a gastrite. Sinto uma vontade enorme de comer pão, que é algo que não como com frequência.

Nunca fui atrás de saber o motivo, nem tenho comprovação científica alguma disso, mas sei que todas as vezes que atendo a esse desejo específico, o alimento em questão ajuda muito quanto ao mal estar do meu corpo.

Essa fome por determinado alimento eu considero uma forma gentil do meu corpo de se dirigir a mim. Um aviso que ele me dá quando preciso ficar bem e ele sabe exatamente como me ajudar.

Não muito gentil é a forma que ele se manifesta quando, provavelmente, já me deu vários avisos antes e eu não notei, ou simplesmente ignorei. Ou quando questões mal resolvidas, sejam elas de qual origem for, terminam por se manifestar com a mesma dureza.

Eu vivi uma situação, certa vez, que não me fazia bem. Era uma dessas situações que dizemos ser atraso de vida. Mas, eu me recusava, por vários motivos, a encarar o quão mal aquilo estava me fazendo e fui empurrando com a barriga. Vez por outra me vinha um pensamento, questionando se eu devia continuar onde estava, mas eu abafava aquilo. Não queria encarar de frente o que estava acontecendo.

Resultado? Sem nem perceber, a princípio, comecei a coçar a lateral do meu braço, quase como um tique nervoso. A pele não coçava, não havia nada lá, nenhuma alergia ou qualquer coisa do tipo. Eu fazia esse movimento de forma automática, inconsciente do que estava fazendo.

Sempre que pensava na tal situação ou me deparava com ela, minha mão ia direto para o mesmo local do braço e o coçava. Minha pele ficou bastante marcada e irritada. E eu sem ter a menor ideia, até então, do que era aquilo.

Certo dia, ao ver como estavam fortes as marcas deixadas por esse tique nervoso, fiquei realmente preocupada e pensando o que poderia ser. Eu não tinha mudado o sabão nem o amaciante de roupas. Não tinha perfume novo. Não tinha entrado em contato com nada que pudesse desencadear uma alergia, por exemplo.

Refleti por alguns instantes entre tentativas de lembrar se tinha encostado em algo que não devia e visualizando minha agenda para ver onde encaixaria uma consulta médica, quando me veio a ideia de que aquilo poderia não ter uma origem física.

Eu já tinha consciência de que somatizava muito minhas questões internas, ou seja, muitos dos meus assuntos mal resolvidos manifestavam-se como sintomas físicos. Daí comecei a desconfiar que esse péssimo novo hábito podia ter fundo emocional/psicológico.

Fiz uma análise do que estava acontecendo na minha vida naquela época e quando lembrei da tal situação ruim que eu fazia questão de ignorar, foi como se tivesse se acendido uma luz na minha cabeça. Entendi que era aquela a origem.

Finalmente encarei a situação de frente e pus um fim nela. O nefasto novo hábito de ficar coçando o braço sem motivo desapareceu instantaneamente. Do mesmo jeito que surgiu, desapareceu. Rápido assim. Tanto que eu nem cheguei a consultar qualquer profissional ou utilizar medicação.

Da mesma forma, já manifestei sintomas físicos dos mais diversos por conta de questões emocionais/psicológicas. Já tive taquicardia, dores na lombar, dores de cabeça, enxaqueca, tontura, alergia, febre alta, dores no corpo, gastrite e até mesmo excesso de sono.

E, não. Não foi auto diagnosticado. Exames e profissionais de saúde estavam envolvidos na identificação desses sintomas e nenhum problema físico foi encontrado. Tenho certeza que isso já aconteceu com vocês também, de se deparar com alguma doença ou algum sintoma físico sem qualquer causa aparente.

São as conhecidas doenças psicossomáticas. A medicina classifica como sendo doenças físicas causadas por sofrimento emocional. Existem extensos estudos e pesquisas sobre isso. Uma leitura que recomendo.

Muitas doenças são desenvolvidas fisicamente em nós por conta de atitudes nossas, às quais não nos atentamos. Um trauma não tratado, um problema não resolvido, uma situação que deveria ter fim e continua. Isso tudo pode acabar tendo como consequência doenças ou sintomas físicos.

É claro que vocês já podem ter ouvido falar disso antes e que tudo isso pode não ser novidade alguma para vocês. E podem até estar se questionando o que isso tudo teria a ver com autoconhecimento. Pois eu digo que tem tudo a ver. As duas coisas estão bastante ligadas.

Auto observação é a melhor forma de prevenir e de colocar fim a essas manifestações físicas causadas por questões emocionais/psicológicas. Saber identificar o que faz mal para nossa saúde mental e nos resguardar para que, dentro do que for possível evitar, não nos afete a esse ponto.

Olhar sempre para nossos padrões de comportamento, olhar para aquele incômodo que deixamos para resolver depois, olhar para tudo que nos rodeia e perceber, de fato, o que nos faz bem ou não.

Assim, poderemos entender melhor como nosso corpo reage às mais diversas situações e identificar, com cada vez mais precisão, o que pode ser uma doença de origem física ou emocional/psicológica.

Mas, por favor, que fique bem claro: não estou sugerindo uma forma de auto diagnóstico. Jamais! Sempre consultem profissionais da área para tratar doenças e sintomas.

O que estou dizendo é que aprender sobre como nosso corpo funciona, especialmente como ele reage aos estímulos emocionais ou psicológicos, é importantíssimo para saber identificar quais são e como evitar.

O que me acometeu essa semana, foi uma situação pontual de origem física mesmo. Mas que me fez pensar sobre a saúde do meu corpo e lembrar de tantas vezes que padeci fisicamente por conta de problemas mal resolvidos. Achei importante tratar sobre isso e chamar a atenção para esse poder que temos sobre nós mesmos. Capaz de causar uma doença ou um sintoma. Ora, se podemos causar, também podemos evitar.

E só conseguiremos usar essa força do nosso cérebro ao nosso favor se nos dispusermos a conhecer como ele funciona. Se nos dispusermos a nos observar e observar nossos problemas mal resolvidos e como eles podem estar afetando nossa saúde mental e física.

Prevenir sempre vai ser melhor que remediar. Mas, caso se mostre preciso, busque ajuda de profissionais da medicina, da especialidade cabível para o mal físico que se manifeste, e também da psicologia e da psiquiatria, para ajudar a desenvolver ferramentas que podem evitar ou eliminar essas somatizações.

Fiquem atentos a vocês, ao que lhes cerca, a como o corpo reage em cada situação, e lembrem-se: o corpo fala conosco, sim! E o que ele mais quer é manter a nossa saúde, como um todo, no melhor estado possível. Basta escutar o que ele tem a dizer.

Até a próxima!



Melhor prevenir que remediar






Olá, queridos! Como vão?

Geralmente, a escolha do tema da nossa conversa quinzenal não é algo que planejo com muita antecedência. Pelo contrário. Como meu ponto de vista é de quem está no caminho do autoconhecimento, os acontecimentos diários e as lições que podem surgir de cada situação vivida é que vão determinar a maioria dos assuntos que trago aqui.

Desde o início deixei claro a vocês que falo não com o respaldo de quem tem formação acadêmica na área, mas sim que o que conheço vem do meu aprendizado no dia a dia. Posso até ler e me informar sobre isso, mas tenho o conhecimento empírico como uma significativa fonte de ideias e inspirações para os temas dos textos dessa coluna.

O texto dessa semana me ocorreu por conta de uma questão de saúde que tive, nada grave, e que me fez lembrar algo há muito aprendido: que meu corpo fala comigo e eu preciso estar atenta para ouvir e entender o que ele quer dizer.

(É sério que ela disse isso? Endoidou de vez!)

É isso mesmo que eu disse. Nosso corpo fala conosco, sim. Em sua própria linguagem, por vezes gentil, por vezes duro, mas ele encontra sua forma de nos dizer o que precisa e indicar o que devemos fazer.

Por acaso, já aconteceu com vocês, alguma vez, de estar sentindo um mal estar físico e do nada bate aquela vontade de comer algo bem específico? Pode até ser algo que nem têm o costume de comer. Comigo, isso acontece quando me ataca a gastrite. Sinto uma vontade enorme de comer pão, que é algo que não como com frequência.

Nunca fui atrás de saber o motivo, nem tenho comprovação científica alguma disso, mas sei que todas as vezes que atendo a esse desejo específico, o alimento em questão ajuda muito quanto ao mal estar do meu corpo.

Essa fome por determinado alimento eu considero uma forma gentil do meu corpo de se dirigir a mim. Um aviso que ele me dá quando preciso ficar bem e ele sabe exatamente como me ajudar.

Não muito gentil é a forma que ele se manifesta quando, provavelmente, já me deu vários avisos antes e eu não notei, ou simplesmente ignorei. Ou quando questões mal resolvidas, sejam elas de qual origem for, terminam por se manifestar com a mesma dureza.

Eu vivi uma situação, certa vez, que não me fazia bem. Era uma dessas situações que dizemos ser atraso de vida. Mas, eu me recusava, por vários motivos, a encarar o quão mal aquilo estava me fazendo e fui empurrando com a barriga. Vez por outra me vinha um pensamento, questionando se eu devia continuar onde estava, mas eu abafava aquilo. Não queria encarar de frente o que estava acontecendo.

Resultado? Sem nem perceber, a princípio, comecei a coçar a lateral do meu braço, quase como um tique nervoso. A pele não coçava, não havia nada lá, nenhuma alergia ou qualquer coisa do tipo. Eu fazia esse movimento de forma automática, inconsciente do que estava fazendo.

Sempre que pensava na tal situação ou me deparava com ela, minha mão ia direto para o mesmo local do braço e o coçava. Minha pele ficou bastante marcada e irritada. E eu sem ter a menor ideia, até então, do que era aquilo.

Certo dia, ao ver como estavam fortes as marcas deixadas por esse tique nervoso, fiquei realmente preocupada e pensando o que poderia ser. Eu não tinha mudado o sabão nem o amaciante de roupas. Não tinha perfume novo. Não tinha entrado em contato com nada que pudesse desencadear uma alergia, por exemplo.

Refleti por alguns instantes entre tentativas de lembrar se tinha encostado em algo que não devia e visualizando minha agenda para ver onde encaixaria uma consulta médica, quando me veio a ideia de que aquilo poderia não ter uma origem física.

Eu já tinha consciência de que somatizava muito minhas questões internas, ou seja, muitos dos meus assuntos mal resolvidos manifestavam-se como sintomas físicos. Daí comecei a desconfiar que esse péssimo novo hábito podia ter fundo emocional/psicológico.

Fiz uma análise do que estava acontecendo na minha vida naquela época e quando lembrei da tal situação ruim que eu fazia questão de ignorar, foi como se tivesse se acendido uma luz na minha cabeça. Entendi que era aquela a origem.

Finalmente encarei a situação de frente e pus um fim nela. O nefasto novo hábito de ficar coçando o braço sem motivo desapareceu instantaneamente. Do mesmo jeito que surgiu, desapareceu. Rápido assim. Tanto que eu nem cheguei a consultar qualquer profissional ou utilizar medicação.

Da mesma forma, já manifestei sintomas físicos dos mais diversos por conta de questões emocionais/psicológicas. Já tive taquicardia, dores na lombar, dores de cabeça, enxaqueca, tontura, alergia, febre alta, dores no corpo, gastrite e até mesmo excesso de sono.

E, não. Não foi auto diagnosticado. Exames e profissionais de saúde estavam envolvidos na identificação desses sintomas e nenhum problema físico foi encontrado. Tenho certeza que isso já aconteceu com vocês também, de se deparar com alguma doença ou algum sintoma físico sem qualquer causa aparente.

São as conhecidas doenças psicossomáticas. A medicina classifica como sendo doenças físicas causadas por sofrimento emocional. Existem extensos estudos e pesquisas sobre isso. Uma leitura que recomendo.

Muitas doenças são desenvolvidas fisicamente em nós por conta de atitudes nossas, às quais não nos atentamos. Um trauma não tratado, um problema não resolvido, uma situação que deveria ter fim e continua. Isso tudo pode acabar tendo como consequência doenças ou sintomas físicos.

É claro que vocês já podem ter ouvido falar disso antes e que tudo isso pode não ser novidade alguma para vocês. E podem até estar se questionando o que isso tudo teria a ver com autoconhecimento. Pois eu digo que tem tudo a ver. As duas coisas estão bastante ligadas.

Auto observação é a melhor forma de prevenir e de colocar fim a essas manifestações físicas causadas por questões emocionais/psicológicas. Saber identificar o que faz mal para nossa saúde mental e nos resguardar para que, dentro do que for possível evitar, não nos afete a esse ponto.

Olhar sempre para nossos padrões de comportamento, olhar para aquele incômodo que deixamos para resolver depois, olhar para tudo que nos rodeia e perceber, de fato, o que nos faz bem ou não.

Assim, poderemos entender melhor como nosso corpo reage às mais diversas situações e identificar, com cada vez mais precisão, o que pode ser uma doença de origem física ou emocional/psicológica.

Mas, por favor, que fique bem claro: não estou sugerindo uma forma de auto diagnóstico. Jamais! Sempre consultem profissionais da área para tratar doenças e sintomas.

O que estou dizendo é que aprender sobre como nosso corpo funciona, especialmente como ele reage aos estímulos emocionais ou psicológicos, é importantíssimo para saber identificar quais são e como evitar.

O que me acometeu essa semana, foi uma situação pontual de origem física mesmo. Mas que me fez pensar sobre a saúde do meu corpo e lembrar de tantas vezes que padeci fisicamente por conta de problemas mal resolvidos. Achei importante tratar sobre isso e chamar a atenção para esse poder que temos sobre nós mesmos. Capaz de causar uma doença ou um sintoma. Ora, se podemos causar, também podemos evitar.

E só conseguiremos usar essa força do nosso cérebro ao nosso favor se nos dispusermos a conhecer como ele funciona. Se nos dispusermos a nos observar e observar nossos problemas mal resolvidos e como eles podem estar afetando nossa saúde mental e física.

Prevenir sempre vai ser melhor que remediar. Mas, caso se mostre preciso, busque ajuda de profissionais da medicina, da especialidade cabível para o mal físico que se manifeste, e também da psicologia e da psiquiatria, para ajudar a desenvolver ferramentas que podem evitar ou eliminar essas somatizações.

Fiquem atentos a vocês, ao que lhes cerca, a como o corpo reage em cada situação, e lembrem-se: o corpo fala conosco, sim! E o que ele mais quer é manter a nossa saúde, como um todo, no melhor estado possível. Basta escutar o que ele tem a dizer.

Até a próxima!


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  1. Avatar de Ana Regina

    Amei esse texto! Assunto muito pertinente e abordado com coerência e na medida certa. Parabéns!

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