A sessão da Câmara Municipal de Natal desta segunda-feira, 18 de março, trouxe à tona a divergência sobre os espelhos d’água formados na engorda de Ponta Negra. O vereador Léo Souza, do Republicanos, defendeu que a formação de espelhos d’água é uma consequência natural da obra e que os natalenses precisam se adaptar a essa nova realidade na área.
“Os espelhos d’água são uma característica prevista, a água vai continuar se formando devido às condições do local. A população tem que entender que isso é normal. Outros lugares, como a Barra da Tijuca no Rio de Janeiro, também enfrentam essa situação”, destacou Léo Souza, que também mencionou que os dissipadores de água, instalados para reduzir a força das águas, estão funcionando conforme o planejado.
Porém, a vereadora Brisa Brachi, do PT, discordou veementemente da postura do colega e rebateu as declarações. Para ela, a situação é insustentável e prejudica tanto os moradores quanto os turistas que frequentam a região.
“Eu me nego a aceitar que a população tenha que se acostumar com esse cenário. A água não está limpa e a presença de ratos nas pedras de Ponta Negra é um problema real. Não podemos simplesmente afirmar que está tudo bem e que a população precisa aceitar isso”, afirmou Brisa, que também criticou a obra de drenagem, apontando que ela deveria ter sido feita paralelamente à engorda e não de forma subsequente, como ocorreu.
A discussão entre os vereadores ilustra a divisão de opiniões sobre os impactos da obra de engorda de Ponta Negra. Enquanto Léo Souza acredita que a adaptação à nova realidade é necessária, Brisa Brachi defende uma abordagem mais crítica e a busca por soluções que melhorem as condições de limpeza e segurança da área.