Um laudo pericial confirmou que o açaí consumido por uma mulher de 50 anos e uma bebê de 8 meses, em Natal, estava envenenado. A informação foi divulgada nesta segunda-feira (5) pela Polícia Civil ao g1. O caso, que causou comoção na capital potiguar, segue sendo investigado, e a principal linha de apuração aponta que o alimento foi entregue como presente de origem desconhecida.
As vítimas são Geisa de Cássia Tenório Silva, de 50 anos, e sua prima de segundo grau, a bebê Yohana Maitê Filgueira Costa, de apenas 8 meses. Segundo familiares, a criança morreu no dia 14 de abril, após consumir a granola do açaí recebido por Geisa. No dia seguinte, Geisa passou mal e foi internada em estado grave. Ela teve alta da UTI apenas em 30 de abril.
A polícia ainda não divulgou o tipo de veneno identificado nem detalhes do laudo técnico. Também não se sabe quem teria enviado os alimentos envenenados. O documento pericial ainda não foi tornado público.
Três entregas em três dias
De acordo com o relato do filho de Geisa, Yago Smith, a família recebeu três entregas diferentes entre os dias 13 e 15 de abril, todas feitas por motoentregadores no bairro Felipe Camarão, Zona Oeste de Natal. As remessas não tinham remetente identificado.
Confira a cronologia das entregas:
- 13 de abril: Geisa recebeu um urso de pelúcia e chocolates. Ela consumiu os alimentos, mas não teve reações.
- 14 de abril: chegou um açaí com granola. Geisa comeu o açaí e dividiu a granola com a bebê Yohana. Pouco tempo depois, ambas passaram mal. A criança não resistiu e morreu na ambulância. Geisa foi medicada e teve alta.
- 15 de abril: sem associar a morte da bebê às entregas, Geisa consumiu outra porção de açaí recebida naquele dia. Minutos depois, passou mal novamente e foi internada em estado grave.
Segundo Yago, os sintomas da mãe chamaram atenção da equipe médica: “Ela estava suando bastante, tremendo, sem força pra falar, espumando… Foi aí que os médicos começaram a desconfiar de envenenamento e nos orientaram a procurar a polícia.”
A Delegacia Especializada em Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) está à frente das investigações. A família aguarda justiça e pede celeridade na identificação dos responsáveis.
*Com informações do g1RN
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