O Hospital Universitário Onofre Lopes informou que a apuração interna sobre a troca de pacientes em um transplante de rim realizado na unidade deverá ser concluída em sessenta dias.
O caso, ocorrido há aproximadamente um mês, envolveu a implantação de um órgão incompatível com o tipo sanguíneo do receptor devido a uma confusão entre nomes similares de dois pacientes na fila de espera. De acordo com o Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Norte, o erro foi comunicado às autoridades competentes no dia 13 de setembro.
O hospital emitiu nota afirmando que todas as providências necessárias foram imediatamente adotadas, incluindo notificação aos órgãos reguladores, acompanhamento clínico integral do paciente afetado e suporte psicológico à família.
A unidade destacou sua trajetória como referência em transplantes desde 1998, com oitocentos e cinquenta e quatro procedimentos realizados. O paciente que recebeu o rim incompatível apresentou rejeição e precisou ser submetido a nova cirurgia para remoção do órgão, passando pela Unidade de Terapia Intensiva antes de ser transferido para a enfermaria, onde se encontra em estado estável.
O Conselho Regional de Medicina enfatizou que o caso não caracteriza erro médico, mas sim uma falha administrativa no processo de transplante, ressaltando a importância do rigoroso cumprimento dos protocolos de segurança. O órgão removido não pôde ser reaproveitado para o destinatário original.
A Central de Transplantes do Rio Grande do Norte, responsável pelo gerenciamento da fila de espera, não se manifestou sobre o ocorrido até o fechamento das informações.
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