O governo dos Estados Unidos revogou o visto de entrada no país do advogado-geral da União, Jorge Messias, de acordo com informações da agência de notícias Reuters. A medida, que teria ocorrido nesta segunda-feira, também atingiria outras cinco autoridades brasileiras, em uma nova onda de retaliações contra membros do governo e do Poder Judiciário do Brasil. A Advocacia-Geral da União e o governo norte-americano ainda não se pronunciaram oficialmente para confirmar as sanções.
Entre os nomes citados pelas fontes da agência internacional estão o ex-procurador-geral da República José Levi, o ex-juiz eleitoral Benedito Gonçalves e o juiz auxiliar do Supremo Tribunal Federal Airton Vieira. A lista inclui ainda o ex-assessor eleitoral Marco Antonio Martin Vargas e o assessor judicial de alto escalão Rafael Henrique Janela Tamai Rocha.
Esta não é a primeira ação do gênero; em julho, o governo de Donald Trump já havia suspendido os vistos do ministro do STF Alexandre de Moraes e de outros sete ministros da Corte, além do procurador-geral da República e de outras autoridades.
O contexto das medidas é marcado por tensões diplomáticas. Em junho passado, a Advocacia-Geral da União determinou que seu escritório nos Estados Unidos apurasse informações sobre uma ação judicial movida pelo Trump Media, grupo de mídia de Donald Trump, e pela rede social Rumble contra o ministro Alexandre de Moraes.
As sanções de visto são interpretadas como retaliações relacionadas ao julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e a decisões do Supremo Tribunal Federal.
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