Entidades empresariais criticam proposta de aumento de ICMS durante audiência pública na Assembleia Legislativa do RN



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Na manhã desta terça-feira (3), uma audiência pública realizada na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte reuniu representantes de entidades empresariais, governo e deputados para debater o projeto de lei que propõe o aumento da alíquota básica do ICMS de 18% para 20%. A medida, defendida pelo governo estadual como essencial para equilibrar as contas públicas, foi alvo de críticas de setores do comércio, turismo e combustíveis, que alertaram para impactos negativos na economia.

O ICMS é a principal fonte de arrecadação do estado e incide sobre o valor de praticamente todos os produtos e serviços. Caso o aumento seja aprovado, produtos que hoje recolhem 18% de imposto passarão a pagar 20%, como exemplificou o presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes no RN (Abrasel/RN), Paolo Passarielo. “Aumento de imposto a gente não pode ser a favor. O maior problema do nosso setor é o impacto na matéria-prima, que com certeza ficará mais caro”, declarou.

Setores como combustíveis e alimentação fora do lar destacaram que o aumento da alíquota deverá refletir diretamente nos preços ao consumidor. Segundo Maxwell Flor, presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do RN (Sindipostos), o impacto será significativo. “Na gasolina, o consumidor hoje paga R$ 1,37 de ICMS e passará a pagar R$ 1,47. Já no diesel, o valor passará de R$ 1,06 para R$ 1,12. Isso impacta toda a cadeia de transportes e bens.”

Carlos Eduardo Xavier, secretário estadual de Fazenda, defendeu o reajuste como indispensável para a manutenção de serviços públicos e destacou que o estado tem a menor alíquota básica do Nordeste. “A situação da saúde, por exemplo, é reflexo das dificuldades financeiras que enfrentamos. Com essa majoração, esperamos melhorar o fluxo de financiamento, especialmente para hospitais e fornecedores”, afirmou. Ele também ressaltou que o aumento visa repor perdas de arrecadação registradas desde 2022.

Debate político e tramitação

O projeto, que já foi aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça, aguarda agora análise da Comissão de Finanças antes de ser votado em plenário. O debate desta terça-feira foi promovido pela comissão, que é composta majoritariamente por deputados da oposição. O deputado José Dias, um dos opositores da medida, foi enfático ao criticar a proposta: “É um desastre. Vai retirar recursos do povo que já não pode pagar e incentivar a inflação. O problema do estado não é receita, é controle de despesa.”

O presidente da Comissão de Finanças, deputado Tomba Farias, destacou que a decisão sobre o projeto deve ser tomada no próximo dia 11 de dezembro, com previsão de votação em plenário no dia 17, junto à Lei Orçamentária do Estado para 2025. “Este debate permite que o governo e os empresários exponham seus argumentos, dando aos deputados mais clareza para votar com consciência tranquila”, afirmou.




Entidades empresariais criticam proposta de aumento de ICMS durante audiência pública na Assembleia Legislativa do RN



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Na manhã desta terça-feira (3), uma audiência pública realizada na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte reuniu representantes de entidades empresariais, governo e deputados para debater o projeto de lei que propõe o aumento da alíquota básica do ICMS de 18% para 20%. A medida, defendida pelo governo estadual como essencial para equilibrar as contas públicas, foi alvo de críticas de setores do comércio, turismo e combustíveis, que alertaram para impactos negativos na economia.

O ICMS é a principal fonte de arrecadação do estado e incide sobre o valor de praticamente todos os produtos e serviços. Caso o aumento seja aprovado, produtos que hoje recolhem 18% de imposto passarão a pagar 20%, como exemplificou o presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes no RN (Abrasel/RN), Paolo Passarielo. “Aumento de imposto a gente não pode ser a favor. O maior problema do nosso setor é o impacto na matéria-prima, que com certeza ficará mais caro”, declarou.

Setores como combustíveis e alimentação fora do lar destacaram que o aumento da alíquota deverá refletir diretamente nos preços ao consumidor. Segundo Maxwell Flor, presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do RN (Sindipostos), o impacto será significativo. “Na gasolina, o consumidor hoje paga R$ 1,37 de ICMS e passará a pagar R$ 1,47. Já no diesel, o valor passará de R$ 1,06 para R$ 1,12. Isso impacta toda a cadeia de transportes e bens.”

Carlos Eduardo Xavier, secretário estadual de Fazenda, defendeu o reajuste como indispensável para a manutenção de serviços públicos e destacou que o estado tem a menor alíquota básica do Nordeste. “A situação da saúde, por exemplo, é reflexo das dificuldades financeiras que enfrentamos. Com essa majoração, esperamos melhorar o fluxo de financiamento, especialmente para hospitais e fornecedores”, afirmou. Ele também ressaltou que o aumento visa repor perdas de arrecadação registradas desde 2022.

Debate político e tramitação

O projeto, que já foi aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça, aguarda agora análise da Comissão de Finanças antes de ser votado em plenário. O debate desta terça-feira foi promovido pela comissão, que é composta majoritariamente por deputados da oposição. O deputado José Dias, um dos opositores da medida, foi enfático ao criticar a proposta: “É um desastre. Vai retirar recursos do povo que já não pode pagar e incentivar a inflação. O problema do estado não é receita, é controle de despesa.”

O presidente da Comissão de Finanças, deputado Tomba Farias, destacou que a decisão sobre o projeto deve ser tomada no próximo dia 11 de dezembro, com previsão de votação em plenário no dia 17, junto à Lei Orçamentária do Estado para 2025. “Este debate permite que o governo e os empresários exponham seus argumentos, dando aos deputados mais clareza para votar com consciência tranquila”, afirmou.


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