Três homens foram presos na manhã desta sexta-feira (29) em Campinas, interior de São Paulo, acusados de financiar um plano do Primeiro Comando da Capital (PCC) para assassinar o promotor Amauri Silveira Filho, integrante do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO).

As prisões foram realizadas durante a Operação Pronta Resposta, conduzida pelo GAECO em conjunto com o 1º Batalhão de Ações Especiais de Polícia (BAEP). Entre os detidos estão os empresários José Ricardo Ramos e Maurício Silveira Zambaldi, conhecido como “Dragão”. Um terceiro indivíduo foi preso em flagrante ao tentar descartar um aparelho celular durante as ações policiais.

De acordo com as investigações, os suspeitos, que atuam nos setores de comércio de veículos e transporte, teriam fornecido recursos financeiros para a aquisição de armamentos, veículos e contratação de executores para a emboscada planejada. O objetivo seria impedir o avanço das investigações contra o PCC por crimes como tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e associação criminosa.

As autoridades identificaram como mandante do plano Sérgio Luiz de Freitas Filho, conhecido como “Mijão”, considerado o principal líder do PCC em liberdade e integrante da facção “Sintonia Final”. Ele é investigado como um dos principais operadores do tráfico internacional de drogas da organização criminosa e estaria foragido na Bolívia, de onde comandaria o envio de cocaína para o Brasil e Europa.

Além das prisões, foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão, resultando na apreensão de aparelhos celulares e de uma pistola calibre .380, que possivelmente seria utilizada no crime. As investigações continuam para identificar outros envolvidos no esquema criminoso.